Mais estranho ainda quando Miguel Albuquerque substitui Alberto João Jardim dando assim por concluído um ciclo de quatro décadas de poder democrático musculado numa região de Portugal que agora, com o novo líder eleito, se disponibiliza para ser mais dialogante com as políticas nacionais.
São estas estranhezas que não se entranham e que deixam preocupação quanto à atitude política pós-legislativas e quanto à afirmação necessária de alternativas à postura política que tem sido seguida em Portugal desde a noite eleitoral em que Cavaco destruiu a ideia de que os órgãos de soberania de topo não o são do todo, mas só da parte que os elege.
Por muito que o Partido Socialista esteja enxofrado com a primeira derrota eleitoral conseguida nos últimos quatro anos, não se justifica que a praxe democrática de saudação dos vencedores seja quebrada.
No fundo, em democracia, há sempre que desejar bom desempenho e sucesso aos vencedores porque é desse sucesso que depende o bem-estar de todos os cidadãos, sejam eles nacionais ou regionais.
LNT
[0.172/2015]