sexta-feira, 27 de maio de 2011

Abruptamente

Pacheco PereiraFazendo de conta que aquilo que Pacheco Pereira diz tem (nesta altura) alguma importância, dou-lhe razão quando reconhece "falta de solidez" (termo meu) a Passos Coelho.

Na verdade assistir a um líder partidário que na recta final de uma campanha política dirigida só para as suas clientelas (o homem não consegue um voto dos povos de esquerda...) perde energias em guerrilhas pessoais e de vendetta em vez de se concentrar naquilo que interessa ao País, demonstra bem ao que estaremos sujeitos caso venha a ser Primeiro-Ministro.

JPP, como se sabe, não é homem para se ficar. Reconheço-lhe argúcia e sabedoria suficiente para 10 Passos Coelho, assim como lhe reconheço frontalidade e coerência (ainda me lembro da sua recusa para ocupar o cargo na UNESCO). Estou à-vontade porque poucas vezes concordei com ele e a maior parte delas não me limito a ser indiferente, por discordar frontalmente não só do que ele diz mas também dos métodos que usa.

Considero que Passos Coelho tinha todas as razões para não o ter proposto nas listas de deputados uma vez que JPP, para além de lhe ter sido sempre hostil, nunca foi acrescento de valor para o PSD (o seu Spin com Ferreira Leite foi definitivo para chegar a esta conclusão). No entanto, envolver-se em tricas deste tipo a uma semana das eleições, deixa ficar pistas importantes para comportamentos futuros.
LNT
[0.191/2011]

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