A formatação começa cedo, os meninos e as meninas de hoje já brincam com carrinhos e bonecas, embora o controlo parental se continue a manter atento, principalmente quanto à manipulação das bonecas pelos meninos, e para eles prefira a iniciática brincadeira dos doutores ou coisas verdadeiramente masculinas como jogar à bola, amontoar-se no rugby ou outras acções violentas de contacto.
Desviei-me da conversa. Voltando:
Coisas sérias são tratadas por sex by surprise, por legitimate rape e por muitas outras expressões anglófonas tentando dar-lhes um sentido em português mesmo correndo o risco de ficarem lost in translation. No fundo andamos numa roda viva para chegar ao conceito de violação (interessantemente centrada no hetero, como se não acontecesse no homo, e na violação sobre o feminino, como se sobre o masculino não existisse) rodopiando sobre a questão do consentimento, incluindo os sim-sins e os não-nãos pronunciados com mais ou menos ruído e mais ou menos convicção no decurso do acto, para já não falar nos apelos divinos que muitas vezes nele são proferidos.
Sei que esperavam que agora iniciasse uma tese e retirasse a conclusão, porque o assunto é sério, mas é Agosto e fico-me pelo enunciado deixando esse trabalho para quem sabe da poda (linguagem casual-passista).
LNT
[0.385/2012]
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