Também se sabe que, tirando o período em que ele foi líder do PPD-PSD, Cavaco nunca gostou em especial de qualquer outro líder do Partido fundado por Sá Carneiro e que por eles sempre mostrou uma sobranceria que culminou com a ordem de retirarem
Cavaco, tirando o seu próprio reinado, nunca conseguiu ver gente sua a ascender ao trono laranja, pelo menos em alturas em que esses seus fiéis pudessem exercer o poder, melhor, esses seus fiéis pudessem, em seu nome e sobre as suas orientações, exercer o poder.
Marques Mendes e Ferreira Leite, por exemplo, andaram pela Buenos Aires mas nunca mandaram mais do que nas paredes onde se moveram. Já Durão Barroso, Santana Lopes e Passos Coelho chegaram à liderança de executivos portugueses sem que a mão do arbusto conseguisse apontar-lhes o caminho, até que agora, a dois anos e picos de Cavaco abandonar a Presidência da República deixando para a História a imagem do Presidente da República eleito democraticamente menos amado de sempre, exigiu a um seu sucessor que trilhasse o sentido por si apontado.
Sendo verdade que as pedradas catapultadas pela fisga que empunhou se destinavam a devolver o veneno que Portas lhe injectou com as setas disparadas quando andou barricado no Independente e que também tinham por objectivo acertar em cheio no lombo do Partido Socialista, Partido que ele sempre odiou, fazendo-o chafurdar no charco que as teorias “além-da-troika” escavaram, o seu alvo mais apetecível neste momento é o homem que derrotou a sua primeira escolha, Ferreira Leite, a quem pretende ultrajar devolvendo-lhe em dobro todos os ultrajes que Coelho lhe tem feito.
Andamos nisto, e enquanto a mesquinhez tem o seu curso, vamos levando com as pedras perdidas como se os danos colaterais não nos estivessem a matar matados.
LNT
[0.232/2013]
1 comentário:
Infelizmente, para o País, há muito de verdade no seu post.
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