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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Descerramento do busto de Tito de Morais



Só uma amostra do descerramento do busto de Tito de Morais que nenhuma televisão passou.

É pena que a assistência apresentada no início seja a que estava muito antes de se ter iniciado a cerimónia. Fica-se com uma ideia errada do número de pessoas presentes.

Igualmente é pena que, dos 4 oradores, só tenham dado imagens de 3 tendo excluído o Manuel Tito de Morais, filho do homenageado, que contou muito do percurso de exílio que teve de fazer com o seu pai.

Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.229/2010]

Homenagem dos cidadãos de Lisboa

Câmara Municipal de Lisboa - Descerramento do busto de Tito de Morais


Quando ao meio-dia se descerrou o busto de Tito de Morais na confluência da Rua das Amoreiras com a Dom João V, ao Largo do Rato, os cidadãos de Lisboa passaram a ter mais memória para a necessidade de nunca cruzarem os braços perante as adversidades e o fatalismo. Por outras palavras igualmente sentidas foi isto que António Costa quis dizer.

Antecedido por Manuel Alegre que num forte discurso descreveu Tito de Morais como um Homem de símbolos e simbologias, um Homem de princípios de que nunca abdicou em toda a sua vida, mesmo quando foi confrontado com o pior e mais brutal que o regime do Estado Novo tinha para oferecer a quem dele discordava.

Já antes Manuel Tito de Morais, filho do homenageado, tinha feito a demonstração da têmpera de seu pai ao relatar a vida de exílio em que o acompanhou.

O escultor Francisco Simões que iniciou as alocuções com um discurso onde frisou o carácter de combatente de Tito de Morais e a resistência que Tito sempre fez às derivas da Declaração de Princípios do PS, fez questão em frisar o orgulho que sentia por ter deixado o seu cunho na arte pública que fica de atalaia ao muro da Sede Nacional Do Partido Socialista.

Presentes, para além do Presidente do Partido Socialista, Almeida Santos, muitos vereadores da CML, diversas entidades e individualidades e muitos cidadãos de Lisboa e também militantes do Partido Socialista que não quiseram deixar de se associar a esta homenagem.

Oradores no descerramento do busto de Tito de Morais

Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.228/2010]

Memória em bronze

Busto de Tito de Morais


Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.227/2010]

Busto de Tito de Morais

Busto em implementaçãoAo fim da tarde de ontem, faziam-se os últimos preparativos para que Manuel Tito de Morais passe a ter, a partir de hoje ao meio-dia, a homenagem que Lisboa lhe deve.

Perto, quase encostado ao muro da Sede Nacional do PS, como um marco em reconhecimento de uma vida dedicada às ideias da liberdade, da solidariedade, da fraternidade e de igualdade de oportunidades que o Tito sempre quis que fossem as bases do seu Partido Socialista.

O busto que António Costa vai descerrar numa sessão onde Manuel Alegre não deixará de evocar essas ideias defendidas com enormes custos por Tito de Morais, é uma memória em bronze para que nunca se esqueça que esses princípios são um bem que exigem luta e conquista todos os dias.

Usarão ainda da palavra o escultor Francisco Simões e Manuel Tito de Morais, filho do homenageado.

Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.226/2010]

Homenagem de Lisboa - Descerramento do busto

Convite CML - Busto de Tito de Morais


Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.225/2010]

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.119/2009]
TribunosManuel Tito de Morais

Quando esta noite publiquei o "Já fui feliz aqui" recordei-me da razão por ali ter sido feliz há uns anos.

Aquela estátua de José Estêvão foi removida do espaço público antes da liberdade, (para os mais novos e para os esquecidos é sempre bom recordarem que a liberdade não é um estado mas sim uma conquista) e arrecadada nas catacumbas do Convento de São Bento (Assembleia da República). Depois do 25 de Abril foi colocada no átrio interno da AR. Quando Manuel Tito de Morais foi Presidente da Assembleia propôs e fez vingar a sua vontade de devolver José Estêvão ao espaço público e engendrou um evento solene com entidades, fanfarra e populares colocando José Estêvão onde ele ainda hoje está para que os deputados conseguissem ter referência do que é ser um tribuno.

Nesse dia fui feliz com o Tito e com os que sentiram que, mesmo depois de mortos, ainda há a possibilidade de ter alguém bom que nos faça justiça.

O "Já fui feliz aqui" de ontem foi igualmente feliz por ter coincidido com a sessão vergonhosa que se realizou no Plenário do Parlamento, talvez uma das mais rascas sessões plenárias realizadas naquela casa, uma vez que os nossos deputados terão tido a oportunidade de, à saída, passarem por José Estêvão e reflectirem sobre a sua dignidade, caso ainda façam alguma ideia sobre quem foi o homem que está ali representado.

Lembro-me que uma das dúvidas de Tito de Morais foi a de saber se a estátua devia ficar de costas ou de frente para o Convento.

Ficou de costas. Manuel Tito de Morais, homem perspicaz, lá soube porquê.
LNT