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sábado, 1 de outubro de 2016

Quarteirões pobres mas orgulhosamente honrados

Prédios degradados Lisboa

Quem é de Lisboa sabe que a Baixa esteve décadas em acentuado processo de desertificação e que os proprietários dos prédios alfacinhas do centro se viram obrigados a deixar os imóveis ao abandono por impossibilidade financeira de lhes fazerem obras de manutenção.

Conheço bem quem tenha despachado, por tuta e meia, prédios na zona do Cais do Sodré dado não ter forma de satisfazer sentenças de obras coercivas impostas pela CML apesar de serem os senhorios que já substituíam o Estado no apoio social que prestavam aos seus inquilinos com rendas miseráveis, insuficientes para pagar ligeiros rebocos ou reparações nas canalizações.

Pasmo agora ao ouvir e a ler de quem se desabituou a ver vida no centro da cidade, principalmente à noite dada a ausência de residentes, críticas fortes contra o “turismo” que invadiu Lisboa e sobre os alugueres locais de casas recuperadas, “hostels” e outras formas de recuperar, rentabilizar e reanimar o centro até aqui entaipado e/ou em ruínas.

Dizem que a cidade se desvirtuou, se descaracterizou, mas prefiro aquilo que agora vejo à miséria e abandono em que a Capital tinha mergulhado.

Não nos conseguimos livrar do chavão salazarista dos “pobrezinhos mas honrados”, coisa que sempre foi dito por quem tinha a barriga cheia e que nunca se apoquentou com a desgraça alheia.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.050/2016]

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

E a liberdade de circulação?

Honda PorscheJá está. Quem te manda ser pelintra, pá! A partir de hoje o meu fantástico e em óptimo estado CRV de 1998 fica interdito de circular na zona nobre da cidade que me viu nascer e onde vivo desde então.

Em tempos tão defensores de todas as liberdades, comprova-se que a liberdade de circulação fica excluída. Se ao menos não me obrigassem a ter as emissões de escape controladas com as inspecções anuais obrigatórias... (pelo visto a idade dos veículos prevalece sobre o controlo de emissões)

Vale já estar eminente a entrega da minha encomenda do Porsche Panamera deste ano.

Lisboa não é para velhos (nem para tesos), é o que é.
LNT
[0.024/2015]
Lisboa

quinta-feira, 27 de março de 2014

En-Fados

Cais das ColunasDesço a Rua Augusta em direcção ao vento gélido que anda pelo Terreiro do Paço e vejo Salgueiro Maia a enfunar-se no Arco Triunfal deixando o Rei José e o seu imponente Lusitano a olharem de soslaio.

Parece que Maia está vivo e que os lanceiros andam por ali a entregar-se entre o Ministério da Justiça, o Supremo da mesma e a placa evocativa do regicídio.

Evocações, só isso.

Entretanto no Caldas fazem-se obras de melhoria para o estacionamento de cilindradas que substituem lambretas e ouve-se dizer que a miudagem dos 15 aos 18 anos tem como adquirido que o seu futuro terá de se concretizar lá fora, agora que o Cais das Colunas deixou de ser o de embarque para conquistas e se transformou num outro para abandono e fugas.
LNT
[0.115/2014]

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Lisboa das naus a ver navios

Cais das ColunasVivo numa cidade em que o Outono de hoje festeja 30º centígrados. Perto do local onde aguardo que me reformem, estende-se um mar de pedra até ao Tejo e adivinha-se uma alteração profunda à qualidade de vida no local. Tive oportunidade de hoje, em dia de greve do Metropolitano de Lisboa, ter feito por aí uma caminhada forçada e ter ficado magnificamente agradado com a abertura daquele passeio ribeirinho.

O senão, e não é pouco senão, duas reentrâncias feitas no percurso pedestre que não apresentam qualquer protecção e se revelam armadilhas fatais. Complementa-se o senão com um outro relativo ao caminho de escape aos estaleiros de obra que mereciam, por parte das empresas construtoras, melhor cuidado e sinalização.

Reparo feito, fica o convite ao passeio ainda incompleto na Ribeira das Naus.

É um percurso fantástico de descontração e contemplação que se estende do Terreiro do Paço até ao Cais do Sodré, tão agradável que até consegue amortizar os imensos incómodos que a greve selvagem do Metro produzem aos alfacinhas e aos milhares de visitantes de Lisboa.

Nota: O direito à greve é inquestionável. O direito ao transporte que os utentes do Metro de Lisboa têm também o deveria ser, até porque a grande maioria desses utentes tem o passe antecipadamente pago e não recebe nestes dias qualquer contrapartida, nem reembolso.
LNT
[0.363/2013]

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nem com os santinhos

Santos Feira da Luz

Topete, é preciso ter um grande topete, Nando.

"Residências sociais para os mais carenciados"

Palpita-me que nem com a intercessão de São Francisco e de São Lourenço te safas de que digam que estás a cometer mais numa incorrecção factual, Nando!
LNT
[0.311/2013]

António de Lisboa

António CostaNa recta final desta campanha para Lisboa tudo se encaminha para que António Costa venha a ser reeleito Presidente da Câmara Municipal. Helena Roseta será a Presidente da Assembleia Municipal e o nº 2 de Lisboa será Fernando Medina.

Pode-se dizer que a nossa capital ficará em boas mãos e ficará melhor ainda se nas Juntas de Freguesia (Assembleias de Freguesia), que foram reestruturadas e objecto de uma verdadeira reforma da administração local alfacinha no mandato anterior, se conseguir um resultado que permita a gestão harmoniosa do nosso Concelho.

No entanto, para lá chegarmos, há que dar satisfação ao apelo de Costa que, directamente, se dirige aos seus eleitores dizendo que Precisa do seu voto no próximo Domingo. A abstenção não basta e as eleições só se ganham com votos favoráveis. As sondagens só têm valor no dia anterior e a nossa participação é fundamental.

Todos passamos por um momento especialmente difícil mas está na nossa mão, pelo menos naquilo que nos é mais próximo, tentar dar-lhe a volta.
LNT
[0.309/2013]

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Galerias romanas de Lisboa

Galerias Romanas

Oh menina não saia ainda que vem aí o 28.

A fila vai até à Praça da Figueira. Tudo para ver as galerias romanas que todos os dias são ignoradas debaixo dos nossos pés nesta baixa pombalina a aguardar eleições.

Na recolha das imagens um curto circuito pela Rua da Conceição, Rua da Prata, Rua do Comércio , Rua dos Fanqueiros e Rua dos Bacalhoeiros que agora tem, de vez em quando, um paquete de cruzeiro a servir de topo.

Desembarcam aos milhares de pernas ao léu em busca dos cheiros, cores e latas de sardinha.

Vêm ver a crise sem saberem que os monos do capital internacional estão ali ao lado, no Terreiro, para nos acertarem o passo. Também pouco lhes interessa, assim fica mais barato.

Oh menina, cuidado com o 28.

Cuidado, duplamente, com os carteiristas. Os da gravata e os outros.
PS: O gato e a paisagem do Tejo são só para disfarçar.

Galerias Romanas
LNT
[0.304/2013]

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Lisboa antonina

ManjericoO que mais gosto nestes dias de vésperas do Santo António de Lisboa é do cheiro a fumo de sardinhas que vem dos pátios de Alfama e o que menos aprecio são as marchas pindéricas que, tarda nada, transformarão a capital no pior do chulé bairrista que são as invejas portuguesas.

Ainda assim tenho pena de não ver a desfilar, a caminho do Tejo, o Coelho de arco e balão / o Portas com os submarinos na mão / o palhaço com o seu narigão / o Alvarinho a dizer que sim e o Gaspar a responder-lhe que não.

Gosto do Santo António de Lisboa. (até tenho uma medalha comprada e benzida no Sacré Coeur que só não uso porque a cicatriz que me deixaram no pescoço ainda desaconselha o fio de prata em que a penduro).

Gosto da minha Lisboa dos contrastes, dos turistas, da arruaça, do fedorin das naus de então que entretanto se continua a espalhar pelos túneis do metro que aqui, ao contrário do Porto, toupeira pelas catacumbas da cidade.

Gosto dos manjericos e das miúdas que neles escrevem quadras de amor. Gosto deste calor que as faz mostrar as carnes e gosto do faducho, património mundial do destino a que nos rendemos.
LNT
[0.172/2013]

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Empalado


Será uma vingança dos Távoras ou um branqueamento histórico de António Costa agora que na rotunda de Sebastião José já se circula com fluidez?
LNT
[0.475/2012]

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sem medo

Cimeira da Nato/Otan Lisboa 2010Lá fora os policiais fazem valer a segurança que é exigida às democracias para que as democracias sobrevivam à fúria dos príncipes da liberdade.

Exagerada, diz o cidadão que não conseguiu arrumar o carro no perímetro de segurança do hotel aqui ao lado, adequada, diz o homem de fato cinzento que passa com um pingarelho atarraxado na orelha.

Portugal, terra de brandos costumes que já viu morrer um líder no hall de um hotel do Algarve e que já viu muitas outras coisas barbaramente brandas acontecerem, é o anfitrião das principais democracias mundiais.

O que se vai discutir é do âmbito do conceito democrático. O que se vai decidir é o que os eleitos pelos seus povos estão universalmente mandatados para decidir. Teremos de estar de acordo com todas as decisões? Não, seguramente não. Teremos direito a manifestar o nosso desacordo? Certamente. Sabemos quem paga aos grupos internacionais profissionais da agitação que já abancaram por cá há uns dias? Temos uma ideia.

A democracia também se faz na rua. Para a fazer e para assegurar a sua sobrevivência temos de montar um esquema de segurança destes? Claro que sim.

Oxalá todos (forças de segurança e cidadãos) se saibam comportar como democratas. Oxalá os meios que passaram a equipar as forças de segurança sirvam, agora e sempre, para defender os cidadãos.
LNT
[0.420/2010]

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lis Boa

Lisboa e Creoula

Gosto desta Lisboa assim, desta brisa de mar, deste fresco que desanuvia. Hoje consigo ver a Arrábida ao fundo, o Cristo-Rei, as pontes – 25 de Abril (ou Salazar, se quiserem, uma vez que já está morto há muito) e Vasco da Gama.

Depois de semanas de abafamento onde nem faltaram aguaceiros de lama, hoje respira-se em Lisboa. Esse facto associado à redução do trânsito (resultado da crise que leva os automóveis para o Algarve onde a vida é mais económica), ao período de férias dos políticos profissionais e dos outros que sendo amadores ocupam lugares profissionais, transforma a minha cidade num dos lugares mais aprazíveis do Mundo.

Gosto de Lisboa assim, mesmo que os passeios continuem encocozados e os pombos sarnentos.
LNT
[0.289/2010]

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Descerramento do busto de Tito de Morais



Só uma amostra do descerramento do busto de Tito de Morais que nenhuma televisão passou.

É pena que a assistência apresentada no início seja a que estava muito antes de se ter iniciado a cerimónia. Fica-se com uma ideia errada do número de pessoas presentes.

Igualmente é pena que, dos 4 oradores, só tenham dado imagens de 3 tendo excluído o Manuel Tito de Morais, filho do homenageado, que contou muito do percurso de exílio que teve de fazer com o seu pai.

Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.229/2010]

Homenagem dos cidadãos de Lisboa

Câmara Municipal de Lisboa - Descerramento do busto de Tito de Morais


Quando ao meio-dia se descerrou o busto de Tito de Morais na confluência da Rua das Amoreiras com a Dom João V, ao Largo do Rato, os cidadãos de Lisboa passaram a ter mais memória para a necessidade de nunca cruzarem os braços perante as adversidades e o fatalismo. Por outras palavras igualmente sentidas foi isto que António Costa quis dizer.

Antecedido por Manuel Alegre que num forte discurso descreveu Tito de Morais como um Homem de símbolos e simbologias, um Homem de princípios de que nunca abdicou em toda a sua vida, mesmo quando foi confrontado com o pior e mais brutal que o regime do Estado Novo tinha para oferecer a quem dele discordava.

Já antes Manuel Tito de Morais, filho do homenageado, tinha feito a demonstração da têmpera de seu pai ao relatar a vida de exílio em que o acompanhou.

O escultor Francisco Simões que iniciou as alocuções com um discurso onde frisou o carácter de combatente de Tito de Morais e a resistência que Tito sempre fez às derivas da Declaração de Princípios do PS, fez questão em frisar o orgulho que sentia por ter deixado o seu cunho na arte pública que fica de atalaia ao muro da Sede Nacional Do Partido Socialista.

Presentes, para além do Presidente do Partido Socialista, Almeida Santos, muitos vereadores da CML, diversas entidades e individualidades e muitos cidadãos de Lisboa e também militantes do Partido Socialista que não quiseram deixar de se associar a esta homenagem.

Oradores no descerramento do busto de Tito de Morais

Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.228/2010]

Memória em bronze

Busto de Tito de Morais


Blog da Comissão Executiva das CCTM
LNT
[0.227/2010]

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tenho de pagar as quotas

Cartão PSEste é meu objectivo imediato, embora atrasado. Tenho de pagar as quotas para poder votar, porque quero ir votar um dia destes quando chegar a hora de escolher o próximo líder da concelhia de Lisboa que tudo leva a crer venha a ser o homem de quem Cavaco não gosta.

Pagar as quotas de militante do Partido Socialista pode parecer um duplo crime nos dias que correm por razões que se prendem com o démodé da vida cívica e política e com outras ligadas aos novos conceitos de asfixia democrática, decorrentes da teoria de que as trinta moedas de Judas e as suas pequenas traições (nunca percebi porque é que foram precisos aquele beijo e a prata se não havia Romano que não soubesse quem era o Profeta) são a nova doutrina social da Igreja.

Por isso escrevo aqui, neste meu caderno, que tenho de pagar as quotas, as minhas quotas de socialista do Partido Socialista, já que a militância tem andado muito por baixo.
LNT
[0.080/2010]

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

É agora Europa!

Cinema EuropaO Pedro Cegonho pede-me que divulgue esta iniciativa e um pedido do Pedro é para mim uma ordem, principalmente sendo de uma acção na Freguesia onde ele é Presidente:

A proposta de um espaço cultural no Cinema Europa vai a votos no Orçamento Participativo da CML.
O movimento "SOS Cinema Europa" nasceu em Fevereiro de 2005, na sequência de notícias sobre a demolição daquele edifício para a construção de um condomínio.

Apesar das reuniões públicas efectuadas, das acções de sensibilização junto da população, da distribuição de panfletos e cartazes pelo bairro, de um abaixo-assinado com cerca de 2 200 assinaturas, de intervenções na Assembleia Municipal e nas sessões públicas do executivo, não foi possível travar a demolição do edifício e a construção de um condomínio que, segundo consta, será iniciada dentro de um mês.
No entanto, no projecto aprovado para o local, a Câmara reservou por dois anos o rés-do-chão do novo edifício, com cerca de 1000m2, para a instalação de um equipamento cultural, embora sem ter tomado ainda uma decisão definitiva “quanto à oportunidade e conveniência de tal reserva”.

Não é o projecto com que todos/todas sonhámos, que idealizámos e que Campo de Ourique, os seus habitantes e vizinhos, mereciam. Ainda assim, é uma oportunidade que não se pode perder e que é indispensável ver concretizada.

Neste sentido apresentámos uma candidatura ao Orçamento Participativo de 2009, da iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, para a instalação de um “Espaço Cultural de Base Local” no piso reservado pela Câmara no novo edifício, que conta também com o apoio empenhado da Junta de Freguesia de Santo Condestável. A candidatura encontra-se em fase de votação, a qual termina impreterivelmente no dia 15 de Janeiro.

É chegado o momento de todos/todas os que apoiam este projecto darem o seu contributo e votarem na instalação de um “Espaço Cultural de Base Local” em Campo de Ourique. Todos os votos são essenciais pois apenas os 5 projectos mais votados serão seleccionados e concretizados. Assim, apelamos ao voto de todos os cidadãos, vizinhos e amigos desta ideia.

O processo é simples:
1. Fazer o registo
aqui:
2. Fazer o login
aqui:
3. Votar na
proposta 386 - Centro Local de Base Local - Cinema Europa
O seu voto é indispensável.
Melhor informação: http://soscinemaeuropa.blogspot.com
LNT
[0.023/2010]

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Registo

Câmara Municipal de LisboaGostei de ter visto o nosso alcaide e vereação na Praça do Município de Lisboa a serem empossados pelo prazo que a democracia lhes concedeu, numa cerimónia solene mas popular.

Olhando para o ecrã assim de repente e sem muita atenção de início, até pensei que a coisa se passava num qualquer país civilizado das democracias consolidadas europeias.

Se António Costa e Helena Roseta estiveram bem, também Santana Lopes dignificou o papel da oposição.

Lisboa merece esta gente.
LNT
[0.702/2009]

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Povo sábio de Lisboa [ II/II ]

Rossio - JanelaComo dizia no texto anterior desta série:
"Aquilo que os Partidos políticos continuam a ser incapazes de fazer, será feito pelos cidadãos-eleitores à medida que se vão despegando da pele aparelhista e da política clubista".

Esta realidade resulta da maturidade da democracia, da evolução do conceito de participação política e do enquistamento das forças políticas estabelecidas.


Alcântara
No passado Domingo foram entregues três boletins de voto a cada um dos eleitores de Lisboa que se dispôs a exercer a sua soberania. Cartolinas brancas, amarelas e verdes.

No tempo da obediência qualquer cidadão teria assinalado a sua opção de forma igual em todos eles mas o povo de Lisboa, ainda na ressaca da sua vontade de penalizar o PS por aquilo que considerou "arrogância da maioria", soube discernir o importante do supérfluo e na cartolina branca inviabilizou o mal maior, mandatando o executivo de Costa para decidir, retirando-lhe argumentos futuros para desculpas de falta de poder.

Depois pegou no voto verde, observou o que o rodeava e premiou ou penalizou os responsáveis, ao mesmo tempo que excluiu a possibilidade de ter à frente da sua Junta de Freguesia gente que pouco mais faz do que pregar e atrapalhar. Lembrou-se certamente de que "palavras, leva-as o vento" e que estavam a eleger gente para concretizar o seu bem-estar de todos os dias e moderar na Assembleia Municipal qualquer veleidade absolutisma.

Elegeu 25 Presidentes de Junta pela coligação de centro-direita, outros 23 pelo coligatório de centro-esquerda e mais 5 pela coligação vermelha-verde.

Finalmente escreveu no impresso amarelo como queria apimentar a Assembleia Municipal onde o executivo absoluto terá de fazer aprovar o mais relevante.

Elegeu 23 DMs do centro-direita, outros tantos do centro-esquerda, 5 fiéis da balança para que a balança pendesse para a esquerda e 3 animadores.

O resultado de tudo isto foi o equilíbrio notável que obriga uma maioria absoluta sem desculpa de falta de quórum para aplicar o projecto de governação sufragado, a negociar com as minorias.

Digam lá se este povo é sábio, ou não e se as forças políticas não têm de começar a entender que os votos que lhes são atribuídos e de que eles têm de cuidar durante a vigência do mandato se resumem a fichas de avaliação onde as pessoas-poder classificam o desempenho dos seus mandatários.

É a civilidade e a cidadania a tomar conta da coisa. Os Partidos e os abstencionistas que se cuidem.
Resumo de mandatos na Câmara Municipal de Lisboa:
PS: 9 vereadores (Um é o Presidente da CML)
PSD: 7 vereadores
CDU: 1 vereador
BE: 0 vereadores

Resumo de mandatos na Assembleia Municipal de Lisboa:
PSD: 23 deputados municipais eleitos + 25 PJF = 48
PS: 23 deputados municipais eleitos + 23 PJF = 46
CDU: 5 deputados municipais eleitos + 5 PJF = 10
BE: 3 deputados municipais eleitos

Juntas de Freguesia de Lisboa por Partidos
PSD: 25 Presidentes de Junta
PS: 23 Presidentes de Junta
CDU: 5 Presidentes de Junta
BE: 0 Presidentes de Junta
Nota 01: Para simplificar onde se lê (acima e em anexo) PS, leia-se Unir Lisboa e onde se lê PSD, leia-se Lisboa com sentido.
Nota 02:
Anexo com detalhes da composição da AML e AF por presidências
LNT
[0.654/2009]

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Povo sábio de Lisboa [ I/II ]

Janela RossioAquilo que os Partidos políticos continuam a ser incapazes de fazer, será feito pelos eleitores à medida que se vão despegando da pele aparelhista ou da política clubista.

Como dizia no final do texto de Balanço final do Votem em mim , "O povo de Lisboa é um povo esperto e sabedor" e comprovou-o. Abdicou da camisola política para inviabilizar a tomada do poder na Câmara Municipal por Santana Lopes. Para a Assembleia Municipal votou como entendeu e escolheu as Freguesias conforme melhor achou.

Fazendo contas e olhando as outras duas votações do dia, verifica-se que a desobediência foi forte, uma desobediência de cidadania baseada no bom senso e na vontade de indicar às lideranças que é tempo de convergir forças e de aliviar o entrincheiramento com que as esquerdas protegem os redutos, sempre mais interessadas na crítica destrutiva do que na construção de soluções.

A votação em Lisboa revela um sério aviso às forças de contra-poder. Ou tratam de defender os interesses dos seus eleitores assumindo as responsabilidades da governação e aplicando as teorias que defendem, ou perdem a sua confiança. Santana Lopes até fez o raciocínio correcto na noite das eleições mas, como não podia deixar de ser e na mesma onda romanceada de Manuela, Aníbal e José, preferiu perder-se em fantasias de espionagem e de conspiração e deixou escapar o "acordo secreto" para dramatizar a deslocação dos votos assertivos.

Povo sábio, este de Lisboa, que talvez tocado pelos antigos invocados por Alegre na Rua Augusta, soube distinguir e discernir garantindo que os Paços do Concelho não caíssem em mãos erradas.
LNT
[0.649/2009]

Rastos:
USB Link ->
Votem em mim
-> Cão como tu
-> Eleições2009/o Público

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Todos por Lisboa

Mafalda Arnauth, no fim, faz votos para que o António tenha força, para que Viva Lisboa.

Concordo com ela.

É preciso que António Costa tenha força para que Lisboa viva.

Está nas vossas mãos.
LNT
[0.641/2009]

Rastos:
Apelo Voto - Referências ->
VOTEM EM MIM

-> Unir Lisboa