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sábado, 2 de julho de 2016

Reparação histórica

Salgueiro Maia Ordem Infante D Henrique
"Pode demorar tempo. Pode haver quem, por distracção, pode considerar que é mais importante o que não é, não preste a homenagem devida no tempo devido. Mas há sempre a hipótese de reparar. Essa reparação histórica, esse reconhecimento histórico está feito"
Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República
2016.06.30
Tardou e foi necessário que Marcelo Rebelo de Sousa fosse eleito Presidente da República para que Salgueiro Maia fosse condecorado (a título póstumo) com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Foram necessárias quatro décadas para finalmente se atribuir, ao então Capitão que primeiro fez sair para a rua as forças que restauraram a democracia, a distinção que ele sempre mereceu por ter “prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”.

O Tenente Coronel Fernando José Salgueiro Maia já tinha sido anteriormente condecorado por dois Presidentes da República:

- em 1983.09.24 por Ramalho Eanes, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (que se destina a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade); e

- em 1992.06.28 por Mário Soares, como Grande Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (que se destina a galardoar méritos excepcionalmente distintos no exercício das funções dos cargos supremos dos órgãos de soberania ou no comando de tropas em campanha. Da mesma forma, premeia feitos excepcionais de heroísmo militar ou cívico e actos ou serviços excepcionais de abnegação e sacrifício pela Pátria e pela Humanidade).
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.039/2016]

quinta-feira, 27 de março de 2014

En-Fados

Cais das ColunasDesço a Rua Augusta em direcção ao vento gélido que anda pelo Terreiro do Paço e vejo Salgueiro Maia a enfunar-se no Arco Triunfal deixando o Rei José e o seu imponente Lusitano a olharem de soslaio.

Parece que Maia está vivo e que os lanceiros andam por ali a entregar-se entre o Ministério da Justiça, o Supremo da mesma e a placa evocativa do regicídio.

Evocações, só isso.

Entretanto no Caldas fazem-se obras de melhoria para o estacionamento de cilindradas que substituem lambretas e ouve-se dizer que a miudagem dos 15 aos 18 anos tem como adquirido que o seu futuro terá de se concretizar lá fora, agora que o Cais das Colunas deixou de ser o de embarque para conquistas e se transformou num outro para abandono e fugas.
LNT
[0.115/2014]

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Botão Barbearia[0.275/2009]
Evocar Fernando José Salgueiro MaiaSalgueiro Maia

Faz amanhã 17 anos que Salgueiro Maia morreu com honra e sem honrarias.

Num tempo em que se invocam os bafientos em disfarçadas e romanciadas estorietas que lhes pretendem dar vida humana para além das galinhas criadas nos jardins de São Bento e em que todos os dias dá à estampa mais um livro, um folheto ou um panfleto a tentar convencer ter sido normal uma ditadura que nos atrasou irremediavelmente no tempo e no pensamento, tem de se evocar quem, sem nada pedir para si, ajudou a banir com determinação e coragem essa gente do mal, da guerra, da ignorância e da intolerância.

Evocar Salgueiro Maia ajuda a combater quem se julga em plano superior e entende ser impossível e intolerável a convivência entre diferentes de pensamento, entre diversos, mesmo que opostos, e que possivelmente teriam sido capazes de ter fuzilado o poder cessante em vez de o exilar se tivessem tido a coragem de o (ao poder demitido) enfrentar.

Evocar Salgueiro Maia é apelar à participação nos actos eleitorais que aí vêm, é justificar a sua realização, é apelar à resistência e à valentia, ao combate ao pensamento único e é fundamentar a ideia de que a democracia se constrói com todos por igual – um ser humano, um voto -, independentemente do estado a que as coisas chegaram.
LNT