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domingo, 11 de outubro de 2009

Autárquicas

Votos Autárquicas 2009 CarnideAqui por Carnide, Lisboa, onde fui botar o meu voto, as eleições parecem estar a correr com toda a normalidade e com uma afluência muito semelhante à anterior.

A democracia está em funcionamento e importa que ninguém deixe para os outros a escolha do fato que vai ter de vestir nos próximos quatro anos.

As habituais campanhas pela abstenção ou pelo voto branco ou nulo só servem quem as promove uma vez que o voto desses irá valer por todos aqueles que eles conseguirem convencer a não exprimir uma escolha.

Os boletins de voto estão disponíveis até às 19 horas e as urnas para os depositar também. Está nas nossas mãos decidir e lutar por uma vida melhor.
LNT
[0.646/2009]

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Todos por Lisboa

Mafalda Arnauth, no fim, faz votos para que o António tenha força, para que Viva Lisboa.

Concordo com ela.

É preciso que António Costa tenha força para que Lisboa viva.

Está nas vossas mãos.
LNT
[0.641/2009]

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Apelo Voto - Referências ->
VOTEM EM MIM

-> Unir Lisboa

Na rua

Vieira da SilvaPara que a campanha esteja completa falta-nos um último contacto forte com os cidadãos de Lisboa.

Um último esforço para Unir Lisboa.

Vai ser daqui a pouco, com concentração na Paiva Couceiro às 16:30 horas e a habitual descida da Morais Soares.
LNT
[0.640/2009]

Unir forças

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bom dia, República

Bandeira da República de PortugalViva a República e a unidade nacional!

Com o pretexto de estarmos em campanha eleitoral para as autarquias quebraram-se as tradições que são antigas de quase 100 anos. A Bandeira de Portugal, símbolo adoptado após a implementação da república, não foi içada na Câmara Municipal de Lisboa pelo Presidente da República como se as eleições tivessem sido marcadas antes da república ser república e como se a democracia celebrada em votos não fosse coisa da própria república.

Dir-me-ão que já antes outros tinham feito coisa semelhante, mas também lhes digo que o entendi errado porque a demonstração de independência partidária que se pretendeu transmitir mais não foi do que desviar as atenções da unidade dos portugueses à volta das suas referências de regime.

O modelo seguido hoje distanciou, uma vez mais, os diversos poderes que se reúnem neste dia na varanda dos Paços de Concelho de Lisboa e não foi um discurso de circunstância ditado do vulnerável bunker de Belém que ajudou a superar a ideia de que o Presidente da República se isola dos outros poderes.

A República e os conceitos de igualdade e fraternidade que lhe são inerentes revêem-se na nossa Constituição onde os deveres de unidade do Estado são carga especial do mais alto magistrado da Nação.

Foi lamentável que se perdesse a oportunidade de demonstrar essa unidade num dia em que todas as instituições da república e o seus símbolos, Bandeira, Hino, Presidente, Legislativo, Executivo, Autárquico, Justiça, têm por praxe reunirem-se no mesmo espaço para falarem à República Portuguesa e ao nobre povo desta Nação valente e imortal.
LNT
[0.629/2009]

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sábado, 3 de outubro de 2009

Em fim de ciclo

Bordalo PinheiroDentro de uma semana estaremos a concluir o ciclo eleitoral de 2009. Excluindo a eleição do Presidente da República, elegeu-se tudo o que havia para eleger, confirmou-se o desencanto do eleitorado através de elevadas percentagens de abstenção e consolidou-se a ideia de que Portugal ainda não está receptivo a mudar de actores.

As eleições autárquicas que se realizam no próximo Domingo serão a prova final do estado do regime, agora que já houve lugar à censura pública com as Europeias e ao protesto com as Legislativas onde os votos descontentes preferiram aninhar-se nos extremos.

Portugal está em expectativa. Os resultados das eleições deixaram o País à beira de um ataque de nervos, o principal Partido da oposição no desatino habitual, os acordos de governação em suspenso das negativas permanentes dos outros parceiros e o Presidente da República em contenda exacerbada que faz perigar o "normal funcionamento das instituições" que já por si não funcionam bem.

Dentro de uma semana teremos, ou não, a confirmação de que se soma à crise económica a crise do regime, caso os cidadãos não dêem um sinal claro de que, passado o tempo das penalizações, continuam adeptos da democracia.
LNT
[0.625/2009]

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Também publicado no Eleições2009/o Público

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tempo de escolhas

Corvo - Paula RêgoSabe-se que estamos em campanha eleitoral e que este é o tempo de angariação de votos. Sabe-se que a democracia obriga, neste tempo, a apresentar opções, para depois, consoante o peso dos resultados obtidos, ser possível negociar consensos de satisfação dos eleitores.

Estas negociações não são "traição" aos eleitores. Nem tudo o que desejamos é concretizável e quando negociamos, fazemo-lo para poder concretizar o fundamental e, como não vivemos em regime de partido único, o peso das escolhas quantifica o fundamental deixando para o acessório a complementaridade.

Neste momento reconhecem-se para Lisboa duas visões distintas e várias nuances entre as forças de apoio a cada uma delas.
Por um lado as pessoas. Por outro lado o fogacho, as luzes e o espectáculo.
Por um lado o social, a vida e a qualidade. Por outro lado o interesse, a massificação e o lucro.
Por um lado o desenvolvimento sustentado, a riqueza do multiculturalismo e a inclusão. Por outro lado o lúdico dirigido a quem lhe tem acesso, a exclusão do diferente e a segregação.

No dia 11 de Outubro vamos, em primeiro lugar, escolher qual das duas opções entendemos mais importante para depois flexibilizarmos com base no peso obtido.

Já que as esquerdas continuam a revelar incapacidade em fazer confluir as vontades no essencial quando se apresentam a votos, coisa que as direitas já ultrapassaram há muito, é imprescindível que consigam entender-se depois para que os alfacinhas venham a ter a metrópole que merecem e os portugueses a capital com que se identificam.
LNT
[0.618/2009]

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Constatações

Bandeira PortugalPara quem ainda tinha dúvidas fica a constatação. O PS ganhou as eleições. A comprová-lo está o facto do Presidente da República vir a convidar Sócrates para formar o próximo Governo.

Para quem ainda tinha dúvidas fica a constatação. O PSD perdeu as eleições. Não só para o PS, como para o CDS/PP. A demagogia da mentira da verdade, o conservadorismo de Ferreira Leite, a intriga, a conspiração, a maledicência, a falsidade e a arrogância foram fortemente penalizados pelos eleitores.

Para quem ainda tinha dúvidas fica a constatação. O CDS/PP ganhou o prestígio da direita que há mais de duas décadas não tinha. Derrotou o PSD retirando-lhe uma boa fatia do eleitorado, contribuiu para esvaziar a maioria absoluta ao Partido Socialista e marcou a diferença entre a direita civilizada e a outra que estava convencida que tudo valia para atingir os seus fins.

Para quem ainda tinha dúvidas fica a constatação. O BE ganhou o prestígio da extrema-esquerda. Nunca em Portugal, nem sequer no tempo do PREC, a extrema-esquerda tinha conseguido tão bons resultados. Passou o PCP em importância e implementação, contribuiu para retirar a maioria absoluta ao Partido Socialista e demonstrou que o enquistamento do PCP num modelo recusado em todo o Mundo é o corolário das doutrinas retrógradas que os comunistas insistem em considerar como válidas.

Para quem ainda tinha dúvidas fica a constatação. O PCP é o grande derrotado da esquerda. Perdeu posições para todos, deixou de ser a referência da esquerda das esquerdas.

Para quem ainda tinha dúvidas fica a constatação. A democracia é, continua a ser, o regime de preferência da esmagadora maioria dos portugueses. Derrota os abstencionistas, derrota a extrema-direita, derrota os defensores do não-voto. Confirma que o poder está nas nossas mãos, ainda que seja só no momento das escolhas.
LNT
[0.608/2009]
Simultaneamente publicado nos:
a Barbearia do Senhor Luís (a minha casa); SIMpleX (de quem me despeço já com saudades); Eleições2009/o Público (onde ainda faltam as autárquicas); Cão com tu (onde estarei em força após os períodos eleitorais) e numa outra coisinha que ainda não posso divulgar (mas falta pouco para o fazer).