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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mais qualidade (alt)

Diário Económico- LNTDeixo mais abaixo o meu texto que foi hoje publicado no DE.

A diferença que existe no segundo parágrafo entre o texto aqui reproduzido e o que foi publicado no DE deve-se única e exclusivamente a um problema de transmissão.

Mais qualidade

Em resposta aos que entendem que em tempos de crise basta gerir a crise, temos de agir proactivamente na construção do futuro e no combate à apatia.

Os gurus americanos da qualidade do final do século passado deixaram-nos boa base de trabalho. Não é o local nem o tempo para desenvolver os princípios por eles enunciados (recursos, formação, prevenção, custos totais, produção, liderança, equipa, desempenho, etc.) mas podemos retirar a essência dos seus ensinamentos nos quatro pontos do ciclo da qualidade de W. Edwards Deming e adaptá-los à nossa realidade política, sem nunca esquecer que a política é feita para e com os cidadãos.

Planear/Projectar para o futuro, sem medos geracionais. Planear não é rabiscar meia-dúzia de intenções mas sim analisar os riscos, medir os recursos e projectar custos e benefícios. Implica encargos de geração? Certamente, mas é imprescindível ter visão e objectivo em tudo que operamos. Se as gerações anteriores tivessem feito o mesmo por nós estaríamos hoje melhor, como acontece em todos os países desenvolvidos.

Fazer, porque conceber não basta. Temos de avançar com o planeado, construindo, deixando obra. Aos imobilistas e resistentes, aos eternos estudo-dependentes, temos de responder com a realização do planeado envolvendo-os, gerindo a mudança, informando-os, comunicando-lhes a evolução e a inovação e demonstrando-lhes a exequibilidade e a utilidade do planeado.

Verificar, através de objectivos tangíveis. Temos de determinar indicadores fiáveis com metas concretas para os monitorizar e avaliar os resultados. Há que entender o que corre bem e mal, há que acompanhar a execução, controlar os custos e apurar onde se devem afinar as mecânicas de fazer melhor e percepcionar a satisfação daqueles com quem e para quem se está a construir. Teremos melhor gestão da mudança e melhor reforma.

Agir/Corrigir para eliminar os pontos fracos, lançando o ciclo num tempo de aperfeiçoamento sem-fim, em busca da eficácia e da rentabilização do esforço para se atingir mais e melhor vida.

O objectivo da melhoria contínua é um modelo inconciliável com a estagnação pretendida pelos que se deixam ficar na expectativa de que a crise passe até descobrirem que as crises não passam per si. O imobilismo que rasga e destrói, bem como o vanguardismo revolucionário que não vai além da demagogia e do populismo, nunca conseguirão transformar ameaças em oportunidades.

Pelo que já ouvimos, as mudanças que se anunciam resumem-se a novas rupturas, novos recomeços. Percebe-se que pretendem o pior para se justificarem das suas insuficiências sem que ao mesmo tempo nos digam ao que vêm. Fazem parte dos problemas, não das soluções.


Luís Novaes Tito
Sistemas de Informação e de Gestão da Qualidade
LNT
[0.568/2009]

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