Mostrar mensagens com a etiqueta Qualidade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Qualidade. Mostrar todas as mensagens

sábado, 31 de maio de 2014

O que faz falta

VotarTambém eu que não apoiei a proposta de Assis, na altura em que foi necessário pegar nos destroços do PS esmagado pela maioria absoluta da coligação no poder, entendo que, perante os sinais dados pelos cidadãos que se abstiveram, votaram branco ou anularam os seus votos nas Europeias, é necessário equacionar formas de melhorar a qualidade da democracia representativa em Portugal com soluções mais participativas.

Vai ser um trabalho hercúleo porque exigirá muita imaginação e esforço.

É este o essencial que os cidadãos esperam porque já se aperceberam que a seu alheamento da política não está dependente de aparições salvíficas e milagreiras.

Como é evidente, sempre que um incidente é criado, há que encontrar uma solução urgente que evite a sua transformação em problema. No caso do Partido Socialista, o incidente milagreiro está criado e há que resolvê-lo com celeridade para o mitigar e voltar às questões sérias relacionadas com o estado da democracia e, principalmente, com o bem-estar dos portugueses.

Espero que, até ao fim da Comissão Nacional de hoje, seja também aberto o caminho para encerrar celeremente a questão que está a inviabilizar a concentração da atenção política naquilo que diz respeito aos cidadãos.
LNT
[0.194/2014]

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sobre a velha estorieta da produtividade e flexibilização

Via VerdeSempre que se trata de deitar as culpas para o estado em que estamos, avança, à cabeça, a estorieta da produtividade, do custo dos trabalhadores e da flexibilização.

Nunca esta gente se refere à gestão imbecil que continua a fazer, principalmente quando se trata de grandes empresas e, principalmente, quando falamos de organizações monopolistas.

Vejamos um caso Via Verde:

Todos os que fazemos uso da Via Verde temos esse serviço associado a uma conta bancária. Todos somos clientes fidelizados (que remédio) que pagam, por débito directo e em conta corrente, os serviços que nos são prestados.

Os aparelhos instalados nos nossos automóveis funcionam com uma bateria sem qualquer indicador do seu estado. O alerta para que essa bateria pode estar esgotada é uma luz amarela que se acende ao passar por uma portagem. No entanto, o registo da passagem é efectuado pela Via Verde e o cliente é identificado.

O caso:
Fui notificado para fazer o levantamento de uma carta registada com aviso de recepção na estação de correio da minha zona. Esta notificação decorreu do facto de, no dia X e às tantas horas, não estar alguém em casa para receber o correio, situação normal numa casa onde as pessoas saem para trabalhar. No dia seguinte dirigi-me à estação dos CTT para fazer o seu levantamento. Aberta a carta constatei que continha três páginas (carregadas de ameaças) para me informar que tinha o montante de 2.64 euros para pagar, referente a uma portagem de 0.55 euros e a taxas administrativas no valor de 2.09 euros.

As razões da “infracção” já foram explicadas antes: Um dispositivo da Via Verde (que não tenho forma de monitorizar) montado no meu carro não emitiu um sinal que a Via Verde necessitava para executar um seu procedimento.

A má gestão:
A Via Verde sabe quem eu sou (notificou-me correctamente).
A Via Verde tem uma conta corrente comigo (tenho recebido os extractos mensais dos saques que faz na minha conta).
A Via Verde sabe que fui a uma sua loja fazer a mudança da bateria (já me mandou a factura e o recibo e já sacou o dinheiro respectivo da minha conta bancária).
A Via Verde é incompetente, gere mal os seus interesses.
A Via Verde não respeita os seus clientes.

As consequências:
Perdi uma hora de trabalho para levantar uma carta registada.
Paguei quase cinco vezes aquilo que tinha de pagar por um problema que me foi criado pela própria Via Verde.
Utilizei desnecessariamente os serviços dos CTT.
Utilizei um recurso multibanco absolutamente despropositado (um pagamento insignificante).
A Via Verde gastou mais a notificar-me (em portes e tempo de trabalho) do que aquilo que cobrou.
A Via Verde fez-me gastar todo este tempo em que estou a contar a estória da imbecilidade da sua má gestão e da má qualidade da sua prestação de serviços.
A Via Verde pôs-me de mau humor.
A Via Verde irritou-me e deixou-me com vontade de os mandar para a pata que os pôs.

A simplicidade da solução:
A Via Verde tinha feito este registo na minha conta corrente (tal como faz com todos os outros).
O cliente ficava satisfeito e sem prejuízos adicionais. A empresa ficava com o lucro.

Claro que perdiam a oportunidade de ameaçar, de castigar, de sancionar, de chatear e de amedrontar e sem isso poderiam perder a oportunidade de, um dia, serem Governo de Portugal.

Depois virão estes gestores da treta com as conversas da flexibilização e dos altos custos do trabalho?
LNT
[0.256/2012]

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Testes de stress

Ponte para o nadaO que se está a passar em Portugal é em tudo semelhante a um teste de stress. Quem já os fez na informática ou na pilotagem sabe muito bem daquilo que estou a falar.

Há um número de procedimentos que tem de ser executado em cada situação de risco e há o desencadear de emergências sucessivas para testar se esses procedimentos são eficazes. No entanto, a maior parte das situações de ruptura que ocorrem nesses testes não se fica a dever à eficácia dos procedimentos, mas sim à sua má execução, seja por deficiência de entendimento das causas o que faz escolher o procedimento errado, seja por não executar o procedimento certo no tempo correcto o que provoca o acumular de erros e os torna inultrapassáveis.

Quando se atingem estes estados, colapsa-se na informática e morre-se na pilotagem.

Se se for português, o finar é antecedido do recurso ao "desenrasca". Pelo menos "ganha-se algum tempo" dizem os mais eruditos que gostam de morrer com a esperança nos lábios.
LNT
[0.373/2011]

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mais qualidade (alt)

Diário Económico- LNTDeixo mais abaixo o meu texto que foi hoje publicado no DE.

A diferença que existe no segundo parágrafo entre o texto aqui reproduzido e o que foi publicado no DE deve-se única e exclusivamente a um problema de transmissão.

Mais qualidade

Em resposta aos que entendem que em tempos de crise basta gerir a crise, temos de agir proactivamente na construção do futuro e no combate à apatia.

Os gurus americanos da qualidade do final do século passado deixaram-nos boa base de trabalho. Não é o local nem o tempo para desenvolver os princípios por eles enunciados (recursos, formação, prevenção, custos totais, produção, liderança, equipa, desempenho, etc.) mas podemos retirar a essência dos seus ensinamentos nos quatro pontos do ciclo da qualidade de W. Edwards Deming e adaptá-los à nossa realidade política, sem nunca esquecer que a política é feita para e com os cidadãos.

Planear/Projectar para o futuro, sem medos geracionais. Planear não é rabiscar meia-dúzia de intenções mas sim analisar os riscos, medir os recursos e projectar custos e benefícios. Implica encargos de geração? Certamente, mas é imprescindível ter visão e objectivo em tudo que operamos. Se as gerações anteriores tivessem feito o mesmo por nós estaríamos hoje melhor, como acontece em todos os países desenvolvidos.

Fazer, porque conceber não basta. Temos de avançar com o planeado, construindo, deixando obra. Aos imobilistas e resistentes, aos eternos estudo-dependentes, temos de responder com a realização do planeado envolvendo-os, gerindo a mudança, informando-os, comunicando-lhes a evolução e a inovação e demonstrando-lhes a exequibilidade e a utilidade do planeado.

Verificar, através de objectivos tangíveis. Temos de determinar indicadores fiáveis com metas concretas para os monitorizar e avaliar os resultados. Há que entender o que corre bem e mal, há que acompanhar a execução, controlar os custos e apurar onde se devem afinar as mecânicas de fazer melhor e percepcionar a satisfação daqueles com quem e para quem se está a construir. Teremos melhor gestão da mudança e melhor reforma.

Agir/Corrigir para eliminar os pontos fracos, lançando o ciclo num tempo de aperfeiçoamento sem-fim, em busca da eficácia e da rentabilização do esforço para se atingir mais e melhor vida.

O objectivo da melhoria contínua é um modelo inconciliável com a estagnação pretendida pelos que se deixam ficar na expectativa de que a crise passe até descobrirem que as crises não passam per si. O imobilismo que rasga e destrói, bem como o vanguardismo revolucionário que não vai além da demagogia e do populismo, nunca conseguirão transformar ameaças em oportunidades.

Pelo que já ouvimos, as mudanças que se anunciam resumem-se a novas rupturas, novos recomeços. Percebe-se que pretendem o pior para se justificarem das suas insuficiências sem que ao mesmo tempo nos digam ao que vêm. Fazem parte dos problemas, não das soluções.


Luís Novaes Tito
Sistemas de Informação e de Gestão da Qualidade
LNT
[0.568/2009]

Rastos:
USB Link ->
Diário Económico ≡ Luís Novaes Tito - Mais Qualidade
-> Eleições2009/o Público
-> SIMpleX