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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Aqui ao lado


Se me faz confusão que haja presos políticos onde quer que seja, mais me faz se eles forem decretados em democracias.

Embora não tenha a certeza de que ser secessionista (e não estou a falar de ideias, mas sim de actos e incitações) seja considerado, na sua essência, como uma divergência política passível de caracterizar a pena judicial como “prisão política”, - e assim evito confrontar-me com um duplo critério quando, em tempos, me referi às FLAMA e FLA, apesar das diferenças históricas, sociais e etnográficos dessas duas realidades e desta em apreço - desgosta-me profundamente que, no reino vizinho, o Monarca nada venha a fazer para indultar a pena na primeira oportunidade.

Wishful thinking” meu, como é evidente, até porque não asseguro que la Constitucion de España preveja tal situação.

Estou de acordo, com uma excepção, com o texto que Seixas da Costa publicou no Facebook, onde se lê:
CATALUNHA
Sinto ter muito pouco a dizer, a propósito da decisão dos tribunais espanhóis sobre os secessionistas da Catalunha. A decisão não me surpreendeu, à luz das leis espanholas, que são as relevantes na matéria. Um gesto de atenuação da pena por parte do rei, que se mostrou muito inábil no início deste processo, seria, contudo, bem vindo, para provocar alguma acalmia nas tensões. Oficialmente, por parte de Portugal, só espero uma atitude: contenção no discurso e respeito absoluto pela unidade espanhola. O nosso único interlocutor peninsular é Madrid. Ponto. Espero, aliás, que as pessoas tenham sentido da medida nas suas reações, preocupando-se talvez um pouco mais com o drama curdo, onde morre gente “como tordos” a toda a hora, em face da inércia palavrosa da Europa. (...)”
A exepção que referi no parágrafo anterior é a que, e sem respeito pelo acordo ortográfico como sempre faço, refere: “que as pessoas tenham sentido da medida nas suas reações” porque o sentido da medida nas reacções das pessoas não tem de ser o mesmo que é utilizado no discurso de Estado e “as pessoas”, se no texto pretende significar “os cidadãos”, têm total liberdade de expressão e estão isentas da diplomacia que um Embaixador deve manter.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.021/2019]

domingo, 20 de novembro de 2011

O contra-senso

Bomba máscaraO projecto europeu é uma ideia social-democrata. Baseia-se nos princípios sociais-democratas europeus (Internacional Socialista) e consiste numa federação social e económica das nações europeias.

A direita (que agora se diz liberal) sempre foi contra este projecto e mesmo os eurocépticos só admitiram que ele pudesse andar porque o viam como uma forma de suportar a globalização.

A direita sempre detestou que as sopeiras se vestissem como as meninas da casa e que os pobres pudessem engarrafar as auto-estradas onde eles queriam circular sem impedimento.

Os pobres, os ex-remediados que gostam de ser considerados classe média, perdem-se de amores pela aparência e, ao vestirem as camisolas da moda - laranjas e azuis, sentem-se em pé de igualdade. Pensam que o canudo e o cartão de crédito resolvem o resto.

Nunca repararam, como os espanhóis estão à beira de não reparar, que é um contra-senso ter uma Europa com um projecto social-democrata (em Portugal e em Espanha, PS e PSOE, respectivamente) e ter um poder que o odeia e tudo fará para o destruir e, tal como já aconteceu em França, na Alemanha, na Grã-Bretanha, em Portugal e por aí fora, vão dar mais uma ajuda ao fim do projecto social fazendo também a Espanha voltar à direita.

É um contra-senso que fará a Europa continuar no retrocesso humanista e civilizacional e que só terminará quando se voltar a reconhecer na rua, pela indumentária, quem é o assalariado e quem é o patrão.
LNT
[0.528/2011]

terça-feira, 11 de março de 2008

Botão Barbearia[0.237/2008]
España
Bandeira Espanha
Os nuestros hermanos conseguiram uma coisa que em Portugal já se não consegue há anos. Concentraram os seus votos nos dois partidos do poder, exercendo aquilo que vulgarmente chamamos “voto útil”.

Compreenderam que os votos inúteis e a abstenção servem para pouco, certamente por reconhecerem no PSOE e no PP competência para levar a bom termo aquilo que prometem.

Apostaram no poder, responsabilizaram-no e deixaram-se de folclores inconsequentes.

Elegeram a maior maioria do PSOE dos últimos anos, reforçaram, embora menos, a oposição do PP e montaram nas Cortes e no Senado um esquema inteligente para o suporte ao governo e para a sua fiscalização.

Por cá vamos vendo e aprendendo.
LNT

segunda-feira, 10 de março de 2008

Botão Barbearia[0.235/2008]
Zapatero – e a Espanha aqui tão perto
Zapatero
Afinal, e apesar do pensar da nossa habitual intelectualidade, a Europa ainda não está disposta a abandonar o social.

Comprovam esta teoria a vitória de Zapatero em Espanha e a derrota de Sarkosy em França. Mais tarde veremos o que acontecerá a Berlusconi, sendo certo que as meias tintas inglesas começadas por Blair e continuadas pelo seu herdeiro acabarão como se espera.

Quando os eleitores são confrontados com uma escolha entre um Partido de esquerda que faz política de direita e um de direita que a pretende fazer, na dúvida, optam pelo segundo.

José Luis Rodríguez Zapatero marcou a diferença entre uma e outra coisa. O povo espanhol reconheceu a diferença.
LNT