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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Reformas

Cadeira avariadaPara o governo PortasCoelho, reformar significa espoliar, subtrair, cortar. Para esta gente, reformar é empobrecer, é destruir, é acabar.

Para eles só existem esses significados, seja em relação àquilo que as pessoas têm direito após uma vida de trabalho, seja em relação à remodelação necessária dos diversos sectores.

A palavra reforma, que deveria querer dizer melhoria e correcção de deficiências, ou querer dizer abrigo de quem deixou de estar no activo depois de ter contribuído para a Nação, perde o sentido com a leviandade com que encaram os direitos dos cidadãos, tanto os que respeitam à qualidade dos serviços públicos para os quais esses cidadãos contribuem, como aos outros decorrentes da compensação dos esforços por eles feitos para criar o pote onde os ditos governantes agora chafurdam.

Isto, os cortes, as subtrações, as espoliações, a destruição e o empobrecimento, não significam reformas porque senão significariam qualidade, funcionalidade, eficácia, eficiência, coisas que todos os dias estão a ser banidas.

O que estes senhores estão a fazer por ideologia, escudados na ideia de o fazer por imposição dos credores, é somente um ajuste de contas com todos nós e um afinar de agulhas para meter na ordem todos os que se haviam convencido que a Lei da Selva estava abolida.
LNT
[0.262/2013]

segunda-feira, 27 de maio de 2013

O inverso

MagritteAté poderá ser possível que se tenha de despedir.

Reorganizar, reestruturar e reformar estruturas pode provocar a necessidade de excluir pessoas (embora haja que demonstrar que elas não são necessárias ao objecto reformado).

Isto é o inverso de manter estruturas inoperacionais como lixo improdutivo e obsoleto despedindo só com o pretexto de excluir pessoas. Todos sabemos que manter um carro velho parado numa garagem não evita que ele tenha custos de seguro e de circulação, embora não constitua qualquer risco a ser segurado, nem circule. É a teoria das armas químicas que abatem seres vivos sem provocar a destruição das matérias inertes.

Por isso identificar como reforma da Administração uma catrefada de despedimentos que só decorrem do ódio ideológico e que nada de vantajoso trazem para os restantes cidadãos é muito mais do que um mau serviço público e revela-se um crime de lesa-pátria. Se esse crime for praticado para benefício de entidade externa assume ainda o cariz de traição. Se acabar por reverter em vantagem do prevaricador é considerado como corrupção.
LNT
[0.134/2013]