segunda-feira, 27 de maio de 2013

O inverso

MagritteAté poderá ser possível que se tenha de despedir.

Reorganizar, reestruturar e reformar estruturas pode provocar a necessidade de excluir pessoas (embora haja que demonstrar que elas não são necessárias ao objecto reformado).

Isto é o inverso de manter estruturas inoperacionais como lixo improdutivo e obsoleto despedindo só com o pretexto de excluir pessoas. Todos sabemos que manter um carro velho parado numa garagem não evita que ele tenha custos de seguro e de circulação, embora não constitua qualquer risco a ser segurado, nem circule. É a teoria das armas químicas que abatem seres vivos sem provocar a destruição das matérias inertes.

Por isso identificar como reforma da Administração uma catrefada de despedimentos que só decorrem do ódio ideológico e que nada de vantajoso trazem para os restantes cidadãos é muito mais do que um mau serviço público e revela-se um crime de lesa-pátria. Se esse crime for praticado para benefício de entidade externa assume ainda o cariz de traição. Se acabar por reverter em vantagem do prevaricador é considerado como corrupção.
LNT
[0.134/2013]

1 comentário:

Janita disse...

Ora aqui está uma teoria muito objectiva que me deixa a pensar seriamente neste tipo de inversão.
Como já é muito tarde e hoje passei uma tarde horrível no dentista, vou dormir sobre o assunto e amanhã quiçá venha dizer-lhe o quanto tudo o que escreveu me parece certíssimo. Se não vier, fica dito.
Estas noitadas blogueiras, andam a roubar-me horas preciosas de sono. Amanhã às 8h00 tenho de saltar da cama. Não, não me estou a queixar.:-)