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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Tudo se vende, nada se transforma

Colaboradora NotaComo os nossos governantes são muito avançados em termos de “para além de” tentando com isso dar lições de vanguarda ao Mundo, espera-se que peguem no exemplo grego e, para além de extinguirem postos de trabalho e desligarem o sinal dos canais estatais de comunicação, façam o mesmo com os serviços de finanças e da segurança social.

Mal por mal, quando repararem que não estão a arrecadar impostos por ter extinguido quem os recolhia (coisa que até não é inédita depois de já se terem habituado a perder receita pela impensada voracidade do agravamento das taxas dos impostos indirectos), deixavam-nos um pouco em paz, pelo menos até ao momento em que uma angolana ou um chinês tomasse conta do negócio e o transformasse em mais uma empresa exportadora de sucesso (neste caso, como noutros já existentes, exportadora de dinheiro).

Se os gregos já estão em black out (falta de irrigação sanguínea do cérebro) pouco falta para que os portugueses entrem em red out (excesso de sangue no cérebro) o que em termos de abordagem é potencialmente mais radical com "as gorduras" do Estado e evita desmaios e desperdícios paliativos.
LNT
[0.170/2013]

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Bonito, bonito

BeijinhosBonito é ver de fora aquilo que se chama o "ajustamento português" sem especificar a que é que os portugueses se ajustam.

Bonito é ver esta gente a não sair à rua com medo que algum "desajustado" não esteja pelos ajustes e lhe acerte o passo.

Bonito é ter uma manada sem pasto nem ração a deambular pelas falências, a perder a energia e o alento enquanto o conceito de humanidade se reduz ao beijo no dinheiro e o conceito de Nação se traduz em empobrecimento submisso.

Bonito é sentir um Rosalino quando se mete a mão bolso. Bonito é esfrangalhar o músculo em vez de penetrar na gordura.

Bonito é, no Ribatejo, um nome vulgar que se dá aos bois.

Bonito, bonito é o início de uma expressão que usávamos em pilotagem militar para distinguir o bonito, bonito do bom, bom.

1.000.000 de desempregados é o bonito serviço com que esta gente tão feia transformou cidadãos em farrapos.
LNT
[0.101/2013]

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

No limite da tolerância

CabeçaVinha com vontade de perguntar ao Ministro Gaspar se ele acha que os chineses da EDP, ou os seus pentelhos (confirma-se que os chineses os têm), terão ficado convencidos de que a conversa de ontem na televisão era para ser levada a sério e que, na sua sequência, irão olhar para a factura da electricidade para fazerem reflectir os milhões que lhes vão sobrar depois da benesse dos 5,5%. Nós sabemos que o regime chinês é muito atento a esses pormenores como ficou provado pelas lagartas que cirandaram por Tiananmen.

Vinha com vontade, mas passou-me porque a paciência que ontem tive para o ouvir a soletrar a lengalenga do temos pena, mas isto irá a eito, custe o que custar” está a esgotar-se no limite da tolerância.

Vejo para aí escrito que haveria outras formas de fazer as coisas e sei que haveria, mas não há forma diferente de se implementar a selvajaria fundamentalista que a dupla Gaspar/Borges quer implementar. Bem podem os Coelhos, os Relvas e os Mendes fazer crer que continuamos a trilhar o caminho do estado social que já todos percebemos ao que vêm.

O PSD foi tomado de assalto por ideologias que nada têm a ver com a social-democracia. Esta gente mentiu a todos, vestiu a pele de cordeiro e está a comer o rebanho sem dó nem piedade. A carneirada só irá acordar quando já não houver força para pegar no cajado.
LNT
[0.421/2012]

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sakineh Ashtiani

PedrasQuando hoje a pendurar pelo pescoço, o regime iraniano estará a enforcar todo o Mundo Ocidental que se movimentou para evitar que lhe fossem desferidas as noventa e nove chicotadas e lhe atirassem as pedras da selvajaria machista.

O regime iraniano vai assim terminar uma mulher que não cometeu qualquer crime, em nome da demonstração do seu poderio prepotente, alarve e desumano.

Pouco podemos fazer mas aqui ficam os caminhos para o nosso repúdio:

iranembassy@emb-irao.pt
21 3010 871; 21 3010 706
LNT
[0.385/2010]