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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sucessos estrondosos

Beijo notaVamos imaginar que lá em casa não precisamos de dinheiro para fazer face às nossas despesas mas que estamos a ser pressionados por entidades que emprestam dinheiro a alto juro (digamos a 5,669%) e, por isso e por sermos pacóvios, resolvemos aceder às pressões e contratar um empréstimo de 1.000 euros.

Como não precisamos desse dinheiro que nos é emprestado vamos coloca-lo numa conta a prazo que nos dá um juro baixo (digamos simpaticamente 1.5%) e que rende ao banco onde o depositamos, digamos, simpaticamente, 10%.

Como as entidades que negociaram esse empréstimo terão de se fazer pagar dos serviços que prestaram (digamos simpaticamente 1%) calculamos (malditas folhas Excel) que o dinheiro que colocámos a prazo foi 990 Euros.

Este negócio desnecessário que acabámos de realizar deu, logo à partida, 10 euros de lucro aos nossos intermediários, 56.99 euros de lucro a quem nos emprestou o dinheiro, 84.15 euros de lucro ao banco onde depositamos o empréstimo e a nós criou-nos uma dívida desnecessária de 1.052,14 euros.

Agora imaginemos que em vez de fazer esta tontaria com o nosso dinheiro o fazíamos com o dinheiro dos outros. Não tínhamos qualquer prejuízo (porque o dinheiro não era nosso) e ainda podíamos anunciar um sucesso estrondoso nos mercados.
LNT
[0.098/2013]

sábado, 6 de outubro de 2012

Protofascistas

BoteroDizem, os que sabem, que o comunismo nada mais é do que o capitalismo de Estado. Nós, que nada sabemos, também achamos que assim seja embora façamos uma pequena destrinça. No capitalismo, capitalismo, o dinheiro concentra-se nas mãos dos capitalistas e todos, menos eles, ficam piores porque esse capital não tem qualquer distribuição e, no comunismo, cria-se algum bem-estar público com o que sobra do capitalismo das elites.

Vivemos tempos diferentes, Mário. Quando fomos contigo até ao Técnico, fomos fazer saber que não nos agradava nem uma coisa nem outra. Havia, na altura, uma noção diferente e uma ambição que fazia com que os provincianos e os filhos de gente alguma se sentissem como classe média e pretendessem parecer-se com os citadinos ou com filhos de algo.

Neste momento, Mário, quem tem medo já não compra um cão. Quando muito, ladra, ou melhor, gane, e vê fugir-lhe a prosápia de se querer equivaler. Há agora uma máxima nas elites que se consubstancia na ideia de que toda essa classe baixa viveu de forma média porque acima das possibilidades gastando aquilo que devia estar a pagar de tributo à classe alta.

Por isso, Mário, temos dois caminhos. Ou voltamos à Fonte Luminosa e tentamos dar algum sentido ao protesto que essa imaginária classe média esbraceja, ou regressamos à monarquia sem Rei, coisa de fidalgos, de burgueses merceeiros e de provincianos que chegaram ao canudo por obra e graça da especulação de terrenos e dos patos bravos.

Lembro-me de ti, Mário, com o socialismo na gaveta e a social-democracia (que era aquilo que sempre quisemos) em cima da mesa e lamento que neste momento não haja um outro Mário que meta estes protofascistas na gaveta e consiga agregar o nosso sacrifício com a esperança para que possamos sair do miserável gueto onde nos continuam a mergulhar.
LNT
[0.481/2012]

Capitalismo de Estado

Bandeira de Xadrez
A primeira prova que já estamos no fascismo de estado é a apropriação que está a ser feita do nosso património e que nos obriga a pagar a renda de uma casa, em sede de IMI, embora teoricamente a casa continue a ser nossa.

A segunda prova já se tinha quando fizerem a apropriação dos nossos ordenados.
LNT
[0.480/2012]

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

No limite da tolerância

CabeçaVinha com vontade de perguntar ao Ministro Gaspar se ele acha que os chineses da EDP, ou os seus pentelhos (confirma-se que os chineses os têm), terão ficado convencidos de que a conversa de ontem na televisão era para ser levada a sério e que, na sua sequência, irão olhar para a factura da electricidade para fazerem reflectir os milhões que lhes vão sobrar depois da benesse dos 5,5%. Nós sabemos que o regime chinês é muito atento a esses pormenores como ficou provado pelas lagartas que cirandaram por Tiananmen.

Vinha com vontade, mas passou-me porque a paciência que ontem tive para o ouvir a soletrar a lengalenga do temos pena, mas isto irá a eito, custe o que custar” está a esgotar-se no limite da tolerância.

Vejo para aí escrito que haveria outras formas de fazer as coisas e sei que haveria, mas não há forma diferente de se implementar a selvajaria fundamentalista que a dupla Gaspar/Borges quer implementar. Bem podem os Coelhos, os Relvas e os Mendes fazer crer que continuamos a trilhar o caminho do estado social que já todos percebemos ao que vêm.

O PSD foi tomado de assalto por ideologias que nada têm a ver com a social-democracia. Esta gente mentiu a todos, vestiu a pele de cordeiro e está a comer o rebanho sem dó nem piedade. A carneirada só irá acordar quando já não houver força para pegar no cajado.
LNT
[0.421/2012]