Mostrar mensagens com a etiqueta e outros submersíveis. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta e outros submersíveis. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Submarinos - Mais blindado não há

EscafandroOs submarinos são como as bruxas. Não se vêem, mas lá que os há, há.

Sei que esta é uma daquelas matérias que, quando tocadas neste blog, fazem logo aparecer a contra-informação nas caixas de comentários, coisa que não tem qualquer importância, ou pelo menos que não tem mais importância do que aquela que se pode ler num cantinho qualquer e sem relevância da comunicação social:
A queixa-crime é omissa quanto a eventuais contactos com membros do governo português da altura ou outros responsáveis portugueses que Adolff tenha propiciado à Ferrostaal para que os alemães pudessem vencer o concurso para aquisição dos dois submarinos do tipo 209 PN, já entregues à marinha portuguesa.
LNT
[0.597/2011]

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Necessidades

PenicosQuando há pouco espreitei o Tejo no meio da borrasca e avistei a torre de um dos submarinos de Paulo Portas lembrei-me ternamente dele, das saudades que tenho de o ver e ouvir na televisão a dizer aquelas coisas que ele gosta de dizer.

Imagino-o atarantado dentro da lata de sardinhas no Mar da Palha, escondido do Orçamento de Estado que não é seu mas que lhe dá um jeitão, a meditar sobre as vantagens de ter o Magalhães para negociar com o Chavéz e a pensar no prato que recebeu na Líbia, com pena de que não lhe tenha sido oferecido com um chazinho da tenda no deserto, no meio das odaliscas e dos eunucos.

É a long and winding road que cantavam John e Paul. Necessidades passadas por um caminho de cabras e de pedras, neste calvário que Portas suporta para que, calhaus vencidos e agruras passadas, se abram os acessos ao paraíso e se dê o transbordo dos três táxis para um autocarro privatizado por meia dúzia de tostões.

Olho de novo o Tejo e reparo que o submarino já lá não está. Deve ter regressado ao Alfeite para instalação do kit da classe económica como estipula a praxe demagogó-cómica que também já o fez instalar nos carros de alta cilindrada e no Falcon do Governo.

Olho o Tejo, hoje especialmente carregado de cinzento, e imagino o Adamastor a usar o Tridente como papel para as suas Necessidades como se elas fossem as de um povo inteiro já de cócoras.
LNT
[0.532/2011]

quarta-feira, 20 de abril de 2011

We all live in a yellow submarine

TridenteA argumentação de que estávamos em desafogo quando Portas se meteu a fazer o negócio dos submarinos é tão válida como o lastro das contrapartidas que na altura fez questão de insinuar.

Faz-me lembrar aquelas coisas que o guru Medina diz, depois de se ter lambuzado toda a vida no pote de mel, enquanto chupa os dedos para ver se arranca o ferrão da abelha-mestra que ajudou a matar. Ou os mega sonhos dos patos-bravos e das gentes do betão e do aço.

São as chafurdices habituais de quem sempre se safou, governando-se com o esforço de todos aqueles a quem hoje apontam o dedo dizendo-lhes que têm de mudar de vida para que eles usufruam o direito adquirido per omnia saecula seculorum, ou até que o mafarrico os leve.

Os desperdícios dos tempos de “desafogo” foram a causa do nosso sufoco de hoje. Se os tivessem rentabilizado e lhes tivessem dado utilidade poderíamos ser muito mais felizes.

E na loucura pedimos sempre mais para pagar o que pedimos anteriormente. Uma espécie de suicídio colectivo que vai acumulando juros com empréstimos. A lógica das “engenharias financeiras” que tanto varreram para debaixo dos tapetes que agora impossibilitam que se lhes passe por cima.

Vivemos num submarino amarelo despressurizado e em águas profundas a aguardar que o peso da coluna de água não escancare a lata que percepcionamos protecção da inevitável morte afogada. Ou largamos os contrapesos para emergir ou vamos (com eles) servir de repasto dos tubarões.
LNT
[0.136/2011]