LNT
[0.160/2010]
sábado, 24 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
puff!
Triste sina, a das formigas.
Depois de terem expulso a casta maior para os campos da Argentina, entre churrascos de picanha e de filé, padecem esmagadas por um polegar mais robusto assim que tocam a pele de um homem.
Até para elas a realidade é tramada, acreditem!
LNT
[0.158/2010]
Das barbas e dos barbeiros
O escrito de PC (Pedro Correia, leia-se) fez-me deixar lá um comentário a informar que haveria de pegar no assunto, mas agora que o assunto fica presente, apetece-me só dizer que a grande democracia de Cuba e o povo cubano mereciam mais dos manos Castro.
Merecia, por exemplo, que deixassem barbeiros como Yoani Sánchez cortar a eito o cabelo de cabeludos sem que lhe travassem a tesoura.
É que, até mesmo os últimos dinossáurios, merecem ser devidamente escanhoados e tosquiados sem que o Estado intervenha.
Por este andar, ainda havemos de ver, em Cuba, policiais armados em políticos e uma Assembleia Nacional a fazer o papel interrogador de uma polícia política (mesmo que encalhada, como diz o barbudo nacional).
LNT
[0.157/2010]
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Repouso
Vejo estas comissões de inquérito, dizem que para apurar a responsabilidade política, a questionar para saberem o que os seus interrogados “acham” ou “entendem” e aumenta-me a azia, acresce-me a descrença e assalta-me a dúvida se valerá a pena o trabalho de escolher, nas urnas e em voto secreto, interrogadores que não são policiais, nem juízes, para lhes pagar por inútil trabalho o dinheiro que deveria ser gasto em profissionais policiais ou judiciais especializados.
Isto cansa.
LNT
[0.155/2010]
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Não está fácil
Tal como o Eyjafjallajökull explica, a vida não está fácil para os europeus.
LNT
[0.153/2010]
[0.153/2010]
terça-feira, 20 de abril de 2010
E de repente emudeceram
Se for um vulcão, ou um ataque terrorista, algo que faça os pássaros de ferro não voar, ai aqui d’ el-rei que a economia fica de pantanas. Se há um terramoto e as ligações terrestres são interrompidas, não faltarão vozes a reclamar a falta de alternativa.
No entanto, quando se fala de planos ou de modernização de infra-estruturas, mil vozes gritam esquecendo que a sua inexistência, normal ou extraordinária, poderá criar constrangimentos extremos.
A face visível, tal como quando se falava de um novo aeroporto internacional, são os passageiros e todos se esquecem que as cargas são tão ou mais importantes e criam tão grandes ou muito maiores problemas à economia.
As vozes, sempre mais que as nozes, falam agora que os aeroportos fecharam por excesso de zelo. O que diriam se algum avião se despenhasse em virtude de ter sido entupido pelas cinzas do Katla ou do seu vizinho?
Esta dualidade é o primeiro problema português (depois da inveja). Impossibilitar o avanço, bloquear o desenvolvimento, discutir até à exaustão aquilo que se não entende para, quando chegar a altura, malhar, ou dando voz ao hino, contra os canhões, malhar, malhar. Quando acontece o desmascarar desses comportamentos, o resultado é silêncio.
Já assim tinha sido com a guerra do Iraque, p.e.
LNT
[0.151/2010]
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Colaborador da Semana [ XCV ]
Senhoras de tino, esticadas e com implantes, as tias mansas Soe Crátes e Lou Cã, são famosas neste estabelecimento depois de terem sido evocadas em pleno circo representativo, após algumas trocas de galhardetes que muito agradaram à clientela e que deixam imaginar a linguagem mais comum que usarão quando, fora do plenário, falam das tias de umas e outras, certamente evocando as suas partes mais íntimas.
Manso é a sua tia, pá! É a frase mais elegante que nesta barbearia se usa quando se pretende, com elevo, satisfazer a clientela ansiosa por mais um bom discurso das colaboradoras especiais que foram chamadas a representar o povão e que por isso se esforçam para usar terminologia de caserna.
Sempre agradecidos às colaboradoras que inovam e que com isso atraem a clientela, desta vez até a clientela das docas, fica a distinção para as tias mansas e recheadas de silicone.
É para elas o galardão da semana.
LNT
[0.149/2010]
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Põe os corninhos ao Sol
Sem o saber, promovia a baba dos animais e a mistela que resultava de um ou outro encontrão que algum dos maninhos fazia acontecer para que o esmagamento dos moluscos gastrópodes me provocassem uma lágrima de desalento e o raspanete da criada ao ver o estado deplorável em que o asseio da fardamenta ficava.
Era assim. Não havia caracol grande, pequeno, listado, ou liso que não fosse arrancado das folhas da planta de flor branca com um pirilau amarelo no meio para o recatado mundo que coabitava no tal bolso da frente do meu bibe. Dali eram retirados, com as enroladas cobras-de-café e os berlindes bichos-de-conta, para todo o tipo de brincadeiras, torturas e batalhas de morte travadas com as guardiãs do buraco das formigas gigantes da base do pinheiro existente no fim do quintal.
Caracol, caracol, põe os corninhos ao Sol, música que guardo para estes dias de início de Primavera chuvosa e ameaçada pelas cinzas do Katla islandês que fazem milhões de indígenas do velho continente esquecer voos rápidos e regressar aos pouca-terra.
Canto para dentro a musiqueta aguardando pacientemente vê-los, em manada e comprimidos em saquinhos rendados, para que lha cante de novo enquanto os instruo na brincadeira do estrafegamento pelo estrugido de orégãos e piripiri.
LNT
[0.147/2010]
Subscrever:
Mensagens (Atom)