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domingo, 29 de novembro de 2015

Je ne suis pas

Ron MueckNão sou homem para tapar a cara com uma qualquer bandeira quando um anormal terrorista decide despejar a sua anormalidade em chumbo ou explosivos.

Nem sequer sou homem para um “je suis” qualquer coisa, porque Je suis moi même, coisa adquirida por berço e por muita formação e informação já sem cueiros.

Recuso, sempre, expressões do tipo “não aceito lições de ninguém” porque aceito lições de alguém dado não me julgar mais do que aquilo que sou e por ter sempre dúvidas razoáveis reconhecendo que, por vezes, me engano (todas as vezes que forem precisas).

Talvez por todas estas coisas e sujeito a mais uma vez estar a errar (o que me fará aprender de novo), olho com a maior desconfiança para as vitórias que os animalescos terroristas conseguem, quando vejo os gorilas, de preto, soltos nas ruas de Paris a interceptar e agredir a liberdade dos cidadãos usando as máscaras, os lacrimogéneos, os bastões e todas as outras armas que lhes foram confiadas para defenderem as liberdades desses mesmos cidadãos.

O terrorismo, venha de onde vier, vai fazendo o seu caminho que só será barrado pelo nosso antiterrorismo e pela nossa vontade de nunca nos rendermos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.300/2015]

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Da liberdade

RespirarNão é fácil sair-se à rua. Principalmente é difícil para quem participou activamente na construção da democracia e sabe que uma saída à rua, não enquadrada, pode ser sentida como um acto de rebelião contra a democracia representativa.

No entanto, há um outro sentir que, embora associado à ideia de democracia, é um valor superior à própria democracia, porque é algo de mais profundo e único e que ao contrário da democracia não tem significados vários, nem formas interpretativas diversas. A liberdade é um bem maior e, embora normalmente associada à democracia, não precisa dela para existir.

Foi em nome dessa liberdade (e num contexto democrático que talvez tenha extravado o conceito de democracia que sinto ter ajudado a construir em Portugal) que fui à Praça de Espanha no último sábado. Sabia o que lá iria encontrar e senti-me bem acompanhado pela liberdade dos outros.

Na rua, como em tudo na vida, há e haverá sempre quem esteja com intuitos diferentes dos nossos, inclusivamente com intuitos de se aproveitar da nossa liberdade para chamar a si o que não lhe compete. Mal de nós se não soubermos que assim é e mal de quem se convence poder-se apropriar da liberdade dos outros.

Das centenas de milhar de cidadãos livres que se juntaram na Praça de Espanha, seguiram o seu rumo uns poucos de milhares para o confronto militante. Foi uma vontade de uns quantos e uma lição de que os cidadãos não se deixam manipular pelo hooliganismo. Já o deveriam ter aprendido nos campos de futebol.

Quanto à democracia representativa chegou a altura dos Partidos anotarem que a liberdade e a cidadania já são bens intrínsecos. É bom que, mesmo não havendo tempo para parar, os Partidos Políticos reflictam profundamente sobre aquilo que se passou no último Sábado e possam arrepiar caminho.

Se insistirem que a Nação é um conceito abstracto e a cidadania só um conjunto de votos e não de pessoas, podem vir a ser surpreendidos por um futuro que nunca entenderão.
LNT
[0.434/2012]

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Das barbas e dos barbeiros

João Espinho - BarbeiroDizia o Pedro Correia, aqui há uns dias, que a abertura democrática em Cuba era evidente perante a liberalização e a privatização das barbearias, desde que não tivessem mais do que três cadeiras. Quer isto dizer que, se esta barbearia estivesse sob o manto democrático cubano e dado que nela existem quase 300.000 cadeiras (exagero do sitemeter), não lhe restava outra solução senão a estatal e aqui andaria este miserável barbeiro, que nada ganha com isto a não ser amores e ódios dos seus clientes, às ordens de um qualquer Bernardino, ou quejando.

O escrito de PC (Pedro Correia, leia-se) fez-me deixar lá um comentário a informar que haveria de pegar no assunto, mas agora que o assunto fica presente, apetece-me só dizer que a grande democracia de Cuba e o povo cubano mereciam mais dos manos Castro.

Merecia, por exemplo, que deixassem barbeiros como Yoani Sánchez cortar a eito o cabelo de cabeludos sem que lhe travassem a tesoura.

É que, até mesmo os últimos dinossáurios, merecem ser devidamente escanhoados e tosquiados sem que o Estado intervenha.

Por este andar, ainda havemos de ver, em Cuba, policiais armados em políticos e uma Assembleia Nacional a fazer o papel interrogador de uma polícia política (mesmo que encalhada, como diz o barbudo nacional).
LNT
[0.157/2010]

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Pachequismos

EscherA consolidação da democracia passa pela desformatação das mentalidades passadistas e pela abertura para a liberdade cívica. Este passo, determinante na maturação do próprio conceito de democracia, não é penoso mas é de difícil concretização e comporta em si disciplina que não vem da educação no sentido da aquisição de habilitações, mas da educação civilizacional que implica a abertura da mente para a tolerância ao diferente, para a aprendizagem, para a desmontagem dos interesses camorranos, para a solidariedade na ética, para a honestidade intelectual e para o respeito pelo pensar alheio.

Pode um intelectual defender o mesmo que defendeu no passado, verificando que as premissas se transformaram, só para manter a coerência aparente? Poder, pode, se quiser sobrepor a retórica ao evidente e, em nome da solidariedade para além da ética, preferir o silêncio ou a cumplicidade, à honestidade intelectual. É aqui que o povo diz que: “tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta”.

Vem isto a propósito das reacções de blogs alinhados, à direita e à esquerda, leia-se: - blogs enquistados em objectos de direita e de esquerda, e não em ideias – que arregalam os olhos e não se poupam a juízos, que os caracterizam mais a eles do que aos alvos a quem se dirigem, que retiram conclusões absurdas por incapacidade de observarem que o mundo evolui e os cenários têm de projectar as consequências dos actos que, em cada momento, os actores praticam.

Há gente que não consegue consolidar-se na democracia, não entende a liberdade e julga sempre os outros em função do bloqueio que o seu acantonamento gera.

Há bandos suicidas que preferem amar mal e mal serem amados até à morte do que evitarem a sua morte e a dos outros que amam usando a inteligência para avisar que o suicídio está perto.

Há muita democracia por cumprir, muita abertura de mente por desenrolhar, muita bolha por explodir.
LNT
[0.050/2010]

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nem mas, nem meio-mas

Spencer Tunick
Dá-se uma volta pelas escritas que hoje referem os vinte anos do derrube do muro de Berlim e pressente-se, em muitas delas, um "mas..." como se o bem mais importante da vida, a liberdade, o pudesse ter.

Confundir a liberdade com o que fazer com ela ou com as consequências de não a saber tratar bem é esquecer todos aqueles que pela liberdade morrem diariamente, ou morreram, e todos os outros que, por a não terem, são perseguidos, presos, torturados ou mortos.

A liberdade não tem "mas..."

A liberdade é, por si própria, um bem inquestionável e a sua (re)conquista um motivo de regozijo sem espaço para reticências.
LNT
[0.711/2009]

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sempre, um objectivo

Jornais 25/4Salto na memória a dois dias da data da Liberdade e, plageando Pedro Correia, descubro o Passado presente (disto já não há).

O Vinte e Cinco de Abril não é uma data porque senão seria coisa morta como é a imagem reproduzida e o conceito de um passado recente em que os jornais subsistiam das tiragens e eram dirigidos por pessoas com unhas de chumbo e o sangue das rotativas nas veias.

Lembro-me de Raúl Rego (que é feito dele?), de Piteira Santos, de António Tinoco e de Francisco Sousa Tavares, lembro-me dos títulos que se deixaram de publicar, das notícias que se deixaram de transmitir e dos ardinas que já não as apregoam.

Confirmo que as datas são coisas mortas mas as memórias não e que o Vinte e Cinco de Abril não sendo uma data nem uma memória, é um obtectivo de hoje, sempre!
LNT
[0.330/2009]

Boa visão

VisãoA espantosa ideia da Visão ao apresentar-se, esta semana, como Edição Censurada é um dos mais relevantes exercícios de sensibilização e educação que vi ser praticada por um órgão da Comunicação Social portuguesa.

Para todos aqueles que nunca souberam, nunca se aperceberam, já esqueceram, ou fazem por esquecer, é útil explicar uma vez mais que a liberdade, sendo uma coisa normal do nosso quotidiano é uma conquista de todos os dias e que todos os dias tem alguém disposto a reduzi-la.

A Visão está decididamente de parabéns pela iniciativa e esta edição deveria ter sido adquirida pelo Ministério da Educação para ser distribuída gratuitamente a todos os educandos. Seria um investimento muito mais útil do que muitos outros que se têm feito nos últimos anos.
LNT
[0.329/2009]

Rastos:
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->
Visão

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Botão Barbearia[0.323/2008]
Blog por trás do muro
Generación Y
Vale a pena visitar e linkar o Generación Y, um Blog de Yoani Sánchez, porque vale a pena marcar presença quando se impõe a resistência aos totalitarismos.

Por Cuba haverá certamente algum censor atento ao incremento de mais um link, de mais uma referência e pouco importa se existe ou não Yoani Sánchez, porque nos basta a existência do Generación Y.

Ficam feitos o link e o convite para que, com a vossa visita, se some mais um acesso às estatísticas dos controleiros cubanos.
LNT
Rastos:
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-> Generación Y
-> via Água Lisa (6)

sábado, 8 de março de 2008

Botão Barbearia[0.228/2008]
Guerra da Informação – Competitive Intelligence

Cartões«Afinal, caro Luís, o teu blogue e a tal de Barbearia são, tão somente, ao que parece, uma fachada partidária. Não entendo essa actual tendência pungente... Ele é Alegre - o que se compreende - e ele é agora Miguel Coelho - o que não se compreende -, difundido com um fervor militante invulgar de quem ainda acredita que a Branca de Neve vai ficar grávida, ter gémeos anões e ser a milionária do bosque.
Repito: não entendo


Assim corre a prosa do pintor Perdigão, a fazer de cura Perdigão.

Como se fosse verdade que a Branca de Neve não tivesse engravidado, não tivesse tido gémeos anões e não fosse a milionária do bosque.

Como se a minha liberdade estivesse confinada ao seu entendimento.

Santa inocência, a do meu amigo Perdigão.
LNT
Já agora e em primeira mão:
o Miguel Coelho ganhou a Concelhia com 1006 votos (38 eleitos) contra 615 (23 eleitos)
é da vida... das coisas.
Rastos:

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-> Vida das Coisas - Rui Perdigão
-> Perdigão Art