terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Merdas

NavalhaIsto não anda fácil, mas há-de melhorar.

Dizem que a medula está estrangulada e preparam-se as facas para lhe arranjar espaço. Coisa de nada, coisa de miaúfa, como dizia quando tinha vida curta e gostava de dizer coisas.

Barbeiro sem força na direita para tosquiar mas com a esquerda a cem por cento, sempre a considerar-vos, ou não fosse barbeiro de navalha.

E viva a ADSE que, tal como as facturas que não exijo, é uma forma de me garantir que sobreviverei para além dos fdp que nos sugam.

PS. Gostei do discurso de Obama. Fez-me inspirar para escrever este post.
LNT
[0.006/2013]

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A nata do passismo

MaizenaInteressante saber o que os Moedas deste mundo pensam daqueles que são por eles governados.

Ficámos a saber que aquela malta que está reunida no Palácio Foz, despesas pagas por nós - pelo menos as de cedência do espaço – é a nata intelectual do passismo/portismo e que o debate público promovido se destina somente a essa mesma nata, embora os seus resultados sejam para aplicar ao leite magro desnatado que a sustenta.

É por isso que o debate público é privado e à porta fechada.

Pena que a coisa não se tenha processado ali ao lado, no Palácio da Independência.

Não seriam os primeiros vendidos a serem defenestrados.
LNT
[0.005/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXXXI ]

Ostras
Cacela Velha - Algarve - Portugal
LNT
[0.004/2013]

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Surdinas [ LXXIV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Não se percebe qual o espanto de quem agora afirma que o relatório do FMI é da autoria da linha dura do Governo que terá pedido o papel timbrado ao FMI para se esconder debaixo das saias da sigla e dar credibilidade à doutrina que rege este poder.

Parece que só agora acordam para a realidade e que não sabiam que a cartilha dessa irmandade neoliberal que sequestrou o PSD é a mesma que timbra o papel do actual relatório.

Parece que não sabiam de onde eram oriundos os Borges, os Gaspares, os Moedas e restante camarilha.

Parece que nunca tinham visto Passos Coelho a servir de capacho e a transformar este País numa Nação cada vez menos valente.
LNT
[0.003/2013]

Legitimidade e mandato

CoelhoUm dos sinónimos de legitimidade é legalidade. Assim sendo, este Governo é manifestamente ilegítimo por ser manifestamente ilegal. Já o foi no ano transacto (o Tribunal Constitucional assim o decretou) e irá ser este ano, como veremos depois da apreciação do Orçamento do Estado.

Outra das definições de legitimidade é a do “direito que assiste” e por aqui a ilegitimidade é colossal porque o direito que assiste a um Governo é aquele que decorre dos seus programas eleitoral e de governo e este executivo subverte-os todos os dias.

Um milhão de vezes já nos recordámos da expressão chocada de Passos Coelho quando se abespinhou com a miúda que, em campanha, lhe perguntou se era verdade que ele iria acabar com os subsídios de férias e Natal, outro milhão de vezes nos confrontámos com todas as mentiras e trapaças com que o governo Coelho/Portas esmifra permanentemente o cidadão comum para o transformar num servo desprovido de qualquer cidadania.

Este governo, por estar à margem da legitimidade, do direito e da legalidade, insiste na chantagem, no temor e no terrorismo social. Este governo tem de ser confrontado com a censura que a Constituição determina até porque legisla contra a própria Lei Fundamental.

Este Governo perdeu o seu tempo constitucional e, porque insiste em viver para além das nossas posses cada vez mais depauperadas, esgotou o seu mandato.
LNT
[0.002/2013]

domingo, 6 de janeiro de 2013

2013

Retorno com os Reis Magos embora assinale um porque não gosto de retornar na sua companhia.

Para todos ficam os votos de feliz 2013 e os de que o mago assinalado regresse ainda este ano a pé para Bruxelas porque estou cansado de ser o seu camelo.
LNT
[0.001/2013]








sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nota aos leitores

BarbeiroDecidi fazer um pequeno interregno neste Blog, em princípio até ao final do ano, para diversos balanços introspectivos. Coisa de escrevinhador, telha de barbeiro.

Observei que os aderentes ao concurso de Natal responderam em grande estilo ao desafio, mas confesso não estar em condições de corresponder a essa participação com o habitual humor e disponibilidade.

Assim sendo e apelando à vossa boa vontade, as coisas ficarão como estão deixando a promessa de que em 2013 haverá concurso de Natal e também um concurso de Páscoa que terá coelhos e coelhices como pano de fundo. Não será grande coisa, mas é o que agora posso prometer.

Fica o abraço para todos os meus leitores e os votos sinceros de Festas Felizes com a esperança de que tenham o melhor em 2013.
LNT
[0.611/2012]

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Percepções erradas

No lote das percepções erradas que todos temos há uma para que é preciso estar alerta e que é a de que as Mães são eternas.

Não são, pelo menos em forma material, e por isso tratem-nas bem em vida.

Dito isto ao sétimo dia, a vida continua.
Obrigado a todos pelas vossas mensagens.
LNT
[0.610/2012]

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mãe

Este blog é a forma que decidi ter para comunicar publicamente. Umas vezes é político, outras é sentimental, outras é brincadeira, outras é sério e, algumas poucas vezes, é também o local de transcrição de outras escritas públicas e de publicação de outras expressões (pintura, música, gravura, etc.) que me tocam em especial.

Não é um diário do autor mas pretende ser um caderno de apontamentos.

O João M. Vidal entendeu fazer uma homenagem pública, muito sentida, à minha Mãe. É um texto de coração nas mãos do qual pedi autorização para extrair o que realmente interessa e republicar no meu blog, exactamente nos termos em que o faço de seguida, ao que o João Vidal acedeu de imediato.

É um acto de intimidade mas o orgulho de ter tido uma Mãe assim descrita obriga-me a partilhar o texto convosco. Obrigado João.
Luís Novaes Tito


Maria José NovaesNa “viagem da vida” todos nós sempre encontramos obstáculos e perder alguém a quem muito se quer não será dos mais fáceis: A Senhora Dona Maria José de Bragança Souza e Mello Gomes d’Abreu Novaes partiu para o Além!

Os mais novos só se lembrarão de uma “velha ranzinza” que, a todo o custo, tentava endireitar as pessoas e o mundo. Pois não saberão quem acabam de perder!

Esta Grande Dama, nobre dos quatro costados, de sangue mais azul que um céu de Verão, de uma coragem moral ilimitada e de grande beleza mental e física, foi das maiores e melhores Pessoas que tive o privilégio de conhecer em toda a minha vida. Filha de Pais abastados que lhe providenciaram a melhor e mais sofisticada das educações, viajou meio mundo, conheceu e conviveu de igual forma com príncipes e pobres e nunca perdeu uma oportunidade de se cultivar. Mas a vida não lhe foi generosa! Grandes dramas foram transformando esta gentil Senhora numa Dama de aço: Ainda em tenra idade perdeu a Mana querida, vítima de doença e, muito nova ainda, viu o seu casamento fracassar. Muitos foram os pretendentes à sua mão, com as maiores e mais sinceras promessas de amor e conforto, mas todas rejeitou: apesar de muito jovem ainda, nunca deixou que os filhos a vissem com outro homem que não fosse o pai deles.

Não me lembro do tempo em que ainda a não conhecia. No Colégio Manuel Bernardes, quando vinha buscar os manos Tito, com a sua beleza de estrela de cinema, sempre elegantemente vestida, era conhecida, entre nós, como uma das “Mães Brasa”. E não me lembro de nenhuma que fosse mais bonita! Mas cedo descobri que a beleza interna era ainda muito maior: Na Rua Sousa Loureiro as portas estavam sempre abertas para toda a miudagem e raras seriam as refeições em que só estivessem os da casa. Como, entre os filhos mais velhos, frequentemente, a conversa era sobre aviação, poucos meses após a morte do meu irmão Frederico em 1964, tinha eu 14 anos, muito tipicamente, resolveu passar das palavras à acção: Organizou com o famoso Coronel Cerqueira e levou-nos aos três a Sintra para voarmos. E assim ajudou a inspirar a carreira de três pilotos da Força Aérea: O Pedro em 1967, eu em 1968 e o Zé em 1969.

Sempre cumpriu da melhor forma que sabia o recado da vida: Educou todos os Filhos nos melhores colégios de Portugal e nunca deixou que lhes faltasse nada. O que certamente nunca esperou foi que o maior desgosto que alguém possa ter na vida lhe viesse bater à porta e acabasse por a quebrar: O António, o seu “menino pequenino”, encontrou a morte da forma mais terrível e descabida. Os mais novos só se lembrarão da Pessoa que sobrou desta tragédia: Amarga, revoltada e a querer mudar o mundo e as pessoas que a rodeavam. Mas não caiu!

Desde muito novo sempre mantive contacto muito próximo com a Tia Maria José, a Tia Zé ou a minha “Querida Zezinha”, como eu, por brincadeira e carinho, por vezes, a tratava. Fosse como simples “amigo dos miúdos”, genro ou ex-genro, em momento algum deixou que as circunstâncias afectassem o nosso contacto e relacionamento: Sempre tive nela uma amiga e confidente com quem sobre qualquer assunto poderia falar ou desabafar. Se hoje choro não é por ela que, finalmente, dorme em paz: é por mim, que, na minha alma, acabei de ficar muito mais pobre!

Adeus Zezinha Querida. Até qualquer dia!
João M. Vidal

[0.609/2012]

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Concurso Natal 2012-Estrelas de Presépio [ III ]

Concurso de Natal 2012As estrelinhas vão surgindo no firmamento concurseiro a ritmo acelerado. O júri redobra o esforço para manter a informação actualizada e publica de seguida mais duas participações das quatro que tem em carteira.

O Francisco Clamote do blog A terra dos Espantos ficará surpreso quando verificar que afinal ainda há muitas estrelas no céu, confirmando que o júri, na abertura do concurso deste ano, estava certo com os tema e lema escolhidos.

Afinal as estrelas continuam no firmamento embora sejam pouco visíveis, a olho nu, devido a luminosidade dos habituais pontos de observação.

Ariel3 – Ariel, do blog Cirandando é outra das presenças habituais deste certame e este ano apresenta-se com uma imagem pisca-pisca que neste post fica estática devido à inabilidade do barbeiro (mas que no blog de origem pode consultar-se no seu esplendor).

Diz Ariel que lhe pareceu difícil desencantar uma estrela guia no meio da escuridão deste pais conduzido para o abismo por um asno colonizado por um camelo, mas que acabou por se inspirar num poema Alegre na voz do Adriano tendo assim reunido as condições para vir a concurso com a qualidade com que já nos habituou em anos anteriores. Muito bem, Ariel, o caminho da vitória está aberto.


Sofia4 – Sofia Loureiro dos Santos , do Blog Defender o Quadrado é uma veterana dos nossos concursos anuais de Natal tendo sempre ficado muito bem classificada.

Este ano apresenta-se com um exemplar bem elucidativo dos tempos que correm.

Na imagem não faltam o bastão que começa a ser necessário considerar, o monograma, infelizmente em desuso mas que importa não esquecer e o barrete natalício, uma adaptação do do Ribatejo que nos tentam enfiar pelas orelhas abaixo cada vez que aparecem na televisão para informar que tudo corre pelo melhor sem explicar que o melhor porque esperam é o nosso pior.

Sofia nunca deixa as suas representações por mãos alheias e quem a não conhece (haverá quem a não conheça?) deverá passar pela sua escrita de anos e constatar que o quadrado que defende tem os lados e ângulos bem definidos na coerência.
Mais uma participação destinada ao pódio.

A Barbearia agradecida pela participação destas duas concorrentes proclama a admissão destes excelentes exemplares que ficam a aguardar a avaliação final.
LNT
[0.607/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXXIX ]

Balugães
Balugães - Minho - Portugal
LNT
[0.606/2012]

domingo, 2 de dezembro de 2012

Concurso Natal 2012-Estrelas de Presépio [ II ]

Concurso de Natal 2012

A ilustre clientela que me perdoe mas tem sido impossível prestar o apoio habitual ao concurso de Natal desta barbearia. A vida nem sempre nos corre como queremos ou prevemos.


Apresentadas as desculpas (que possivelmente ainda terão de ser apresentadas outras vezes até ao final do dia 14), avancemos para as duas primeiras participantes:


Janita1 – Janita, do Blog o Cantinho da Janita apresenta-se pela primeira vez neste certame com uma estrela de respeito porque nela faz incluir o presépio só com as personagens principais, dando sequência ao que Ratzinger determinou.

Diz Janita supor que a intenção deste ano era a de que uma estrelinha guiasse “o burro e a vaquinha de volta ao Presépio da nossa infância”. Supõe bem, porque isso era um suposto embora o pressuposto fosse um pouco diferente. Mas como é Natal, ninguém pode levar a mal.


Joana2 – Joana Lopes, do Blog Entre as Brumas da Memória é uma concorrente de grande peso dado ser a detentora do galardão do Combate de Blogs “melhor blog individual de 2011”.

É uma competidora habitual destes concursos de Natal, que já venceu por diversas vezes, e posiciona-se para novo prémio com uma estrela de Natal representativa da decadência política da Europa que temos.

Se o júri teve alguma dúvida na admissão da estrela, foi porque o concurso deste ano é para todas as idades e é sabido que os filmes de vampiros são para maiores de 18 anos. Entendido que o vampiro estrelar já suga todas as crianças do País sem que alguém se importe, foi deliberado dar por inválida a apreensão do júri.

A Barbearia agradecida pela participação destas duas concorrentes admite estes excelentes exemplares que ficam a aguardar a avaliação final.
LNT
[0.605/2012]

sábado, 1 de dezembro de 2012

Primeiro de Dezembro em extinção

Lotaria da Restauração

Fazendo o pleno, isto é, evocando o Primeiro de Dezembro como Português que gosto de ser, independente e com orgulho de o ser, e evocando o dinheiro que é a única coisa que interessa a esta gentalha que está decidida em tornar miserável o povo que governa entregando o País a bandoleiros internacionais, sem luta nem determinação, deixo a única imagem de esperança que nos resta.

E é bom que me saia a maçaroca antes que o Ministro Gastar consiga também abichar parte dela, como pretende fazer para o ano.

Porfírio Silva pergunta se é possível matar um sinal de trânsito e respondo-lhe que sim, que para esta gente tudo é passível de ser morto. Matam a esperança, matam os símbolos, matam a sobrevivência, matam o sossego, matam-nos, de morte matada, todos os dias.
LNT
[0.604/2012]