quarta-feira, 3 de julho de 2013

Dos medos e dos mitos

Medos e mitosQuando acaba a razão surge a ameaça.

Eles não se calam. Eles não param de atirar mais medo para cima das ameaças.

Agora são os milhões que já perdemos desde ontem, como se ontem ou hoje tivéssemos comprado ou vendido alguma coisa e como se os ganhos e perdas da finança fossem independentes da compra e venda.

Já não chegava o "vem aí o segundo resgate" como se ele não estivesse atrás da porta devido aos maus resultados (já reconhecidos por Gaspar) das políticas autistas e destrutivas que este Governo "além da Troika" tem imposto.
LNT
[0.207/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCL ]

Yoda
Yoda - Star Wars - USA
LNT
[0.206/2013]

terça-feira, 2 de julho de 2013

Não me demito e não aceito a demissão de quem se demitiu

Passos Coelho

Aquilo que estamos a viver em Portugal é qualquer coisa que passa todos os limites de imaginação.

O Primeiro-ministro de um Governo de coligação que se comporta como um miúdo do jardim-escola e que decidiu o absurdo convencido que assim mostrava quem manda, dois ministros de estado que se demitem em dias seguidos, sendo que um deles é o líder do Partido muleta da coligação, o chefe do governo que nunca negociou com quem quer que fosse e que agora diz ao País que tudo fará para conseguir o consenso que não procurou há menos de 24 horas, o Presidente da República que empurra a sua responsabilidade pelo regular funcionamento das instituições para os Partidos políticos que não têm instrumentos para derrubar o Governo (por já terem queimado as moções de censura da sessão legislativa), o líder do Partido muleta que se demite sem concertar com os seus militantes que exercem cargos governativos uma estratégia (inclusivamente deixando que um deles tenha tomado posse no momento em que fazia saber ao País que se demitia).

Como foi possível que o povo deste País tenha elegido tais gentes? Sim, sei que disse no início do texto que aquilo que se está a passar ultrapassa todos os limites da imaginação, mas já algo de muito mau se podia imaginar desde o início, desde o inacreditável que se passou nas campanhas eleitorais, tanto nas do Presidente da República, como nas legislativas.
LNT
[0.205/2013]

Da irresponsabilidade

Paulo Portas

A publicação da carta de demissão de Gaspar e a nomeação da sua braço direito para o lugar vago foram brincadeiras de quem quis chegar ao pote sem ter estofo para a geleia real.

A irresponsabilidade, imaturidade e a falta de preparação deram nisto.

Fecharam-se todas as Portas.
LNT
[0.204/2013]

Os “ais” de Belém

Passagem estreitaDepois do todo poderoso Wolfgang Schäuble ter dado a sua bênção, vamos ter, pela segunda vez, uma mulher à frente das finanças portuguesas.

O senhor presidente da república já abriu as portas do Páteo dos Bichos e a romaria aos beijos, aos abraços e aos "ais dos liriquistas a chorar compreensão. Ai que vontade de rir." (a falta que Mário Viegas nos faz nestas alturas) está em curso.

Corro o risco de virem por aí as queimadoras de soutiens tratarem-me da saúde mas, como minhoto genético (quem o é sabe que o matriarcado minhoto é insofismável), tremo com o poder e o génio das mulheres celtas nortenhas. São lindas de morrer, mas são-nos fatais, tal como os "ais" tóxicos ou exóticos.

E para que não me apelidem também de machista esquerdista, coisa que não me aquece ou arrefece mas me arranca mais um "ai" nestes ais de Estado que nos fazem apátridas na Nação, evoco também a declamação cantada de Villaret:
Tocam os sinos na torre da igreja (...) Na nossa aldeia, que Deus a proteja, vai passando a procissão.
LNT
[0.203/2013]

Honra a Gaspar

GasparSabe-se que nesta casa não se bate em mortos.

Deseja-se que a terra lhes seja leve e que o Céu os leve de vez, mas no caso corrente as semelhanças com outros mortos com botas (a simpatia germânica, o caraismo-de-pau e a lentidão de discurso – embora com voz menos seminarizada) deixam suores frios e receios das almas penadas.

Por isso faça-se o elogio fúnebre, encomende-se a alma a Deus e ao Diabo e ore-se para que o espectro parta rápido para uma qualquer função no FMI onde poderá continuar a fazer previsões erradas que arruinarão a senhora Lagarde.

Não é todos os dias que um Primeiro-ministro sai de um Governo sem que ele caia, nem que alguém abandone um executivo deixando, para o suceder, tóxicos com o beneplácito alemão.

Gaspar sai cansado, honrado e vingado com a publicitação da sua carta de demissão justificadora.

Oxalá não volte (para cá ou por lá mandando no que cá se passa) pela mão de um qualquer Óscar Carmona para nos dizer: - Sei muito bem o que quero e para onde vou.
LNT
[0.202/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLIX ]

São lágrimas
São lágrimas - Gomes Ferreira - Portugal
LNT
[0.201/2013]

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Gato por lebre

Coelho animado
Corre por aí que hoje vão ser distribuídas cenouras em Belém.

Como ainda não abriu a época de caça aos coelhos, suponho que o guarda-florestal se prepara para dar lustro à toca.

A nova ninhada (a ser verdade) terá a bênção divina.
LNT
[0.200/2013]

Sem perdão

CordaVivemos num País que não sabe o que fazer para se aguentar e onde milhares de jovens e menos jovens têm de fazer as malas para tentarem obter no exterior a subsistência que aqui lhes está vedada.

Vivemos num País onde o Governo, em vez de dar o exemplo, é o primeiro prevaricador ao não pagar o que deve (o que faz falir aqueles a quem deve) e incumpre com a Lei de República e com os contratos sociais por si firmados.

Vivemos num País onde se perde o tempo da lei e o dinheiro dos contribuintes a decidir se alguém que gosta de envergar um colar de Presidente de Câmara pode saltitar de autarquia para o continuar a usar.

Vivemos num País onde a feitura das Leis está entregue a sapateiros que não sabem tocar rabecão.

Vivemos num País com protagonistas do ridículo sem pinga de vergonha.

Bem poderão os tribunais ocupar-se das manobras de vaidade e de ansia de protagonismo de alguns políticos, até por elas os manterem ocupados de forma a não se poderem dedicar aos ruinosos negócios e roubos que levam os cidadãos a deixar de comer pão para dar de comer lavagante aos que os espoliam, que os portugueses saberão ter respostas, independentemente do que vier a ser decidido, para mostrar aos “candidatos da golpada” que existem limites para a pouca vergonha.

Até poderá acontecer que algum desses autarcas alapados venha a ser eleito, mas o descrédito que tudo produz só serve para abrir o caminho aos carrascos da democracia que, cada vez mais, se acoitam embuçados de corda na mão.
LNT
[0.199/2013]

Sinal dos tempos

SalIndependentemente da pouca vergonha e do deplorável espectáculo de mentira e de desmentido que tem por actores um ex e um actual Ministro das Finanças, como pode um Governo afirmar desconhecimento anterior do negócio das swaps quando, em virtude dele, já foram demitidos dois dos seus membros e outro(a) não escapa à alegada suspeição de branquear essas permutas de forma exótica?
LNT
[0.198/2013]

Da bloga

BlogsPodia falar de mais uns quantos, mas só para que a memória seja evocada e se faça registo da persistência, fica uma saudação especial ao Memória Virtual, do Leonel Vicente, ao Adufe do Rui Cerdeira Branco, ao Respirar o Mesmo Ar do Joaquim Paulo Nogueira, ao Portugal dos Pequeninos, do João Gonçalves, ao Bloguítica do Paulo Gorjão, ao Praça da República em Beja do João Espinho e ao Abrupto do Pacheco Pereira, e através deles a todos os outros que já andam na "bloga" há mais de 10 anos.

Na altura também já andava por aqui, a Ter Voz e a dar voz a quem a queria ter. Depois vieram muitos outros e muitas outras formas de ter voz e de a calar.

Saudações, aos que estão desde então aqui e que permanecerão, enquanto lhes for de apetite, para desejar má sorte à rufiagem que nos esmifra ou, como diria o Masson, na sua linguagem de doutrina no Almocreve das Petas:
Na essência, a prosaica política destes inenarráveis sujeitos & seus validos é destruir, destruir, destruir. A insídia destes domésticos amestrados é o maior testemunho histórico, entre nós, de como a interminável farsa do amor pátrio proclamado pela classe política indígena readquiriu o labéu (sem surpresa) de intenção criminosa, o que, convenhamos, é muito mais que o eterno desprezo que nutrem pelos cidadãos eleitores. Até que um dia, de vez, o céu lhes caia sobre as cabeças. Et erit sepulchrum eius gloriosum.
LNT
[0.197/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLVIII ]

Albacora
Albacora - Tavira - Portugal
LNT
[0.197/2013]

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Cegos

FisgaHá quem prefira chamá-los de invisuais, assim como há quem fale de raças para dizer etnias e quem chame de palhaço a gente que nunca fez sorrir.

Cegos de cegueira total. Gente sem qualquer percepção da luz e que, apesar da escuridão total em que vive, nunca conseguiu desenvolver os outros sentidos.

É disso que os líderes europeus padecem. Não ouvem, não cheiram, não saboreiam nem sentem aquilo que a sua cegueira não deixa ver.

Entretanto o radicalismo extremista vai conquistando a Europa. Mais tarde ou mais cedo vai ser necessário repegar no machado.
LNT
[0.196/2013]

Poder e dever

YesPode-se ir para a praia em dia de Greve Geral? Pode-se!
Deve-se ir para a praia em dia de Greve Geral? Deve-se, se estiver bom tempo!

Pode-se cortar estradas em dia de Greve Geral? Pode-se!
Deve-se cortar estradas em dia de Greve Geral? Deve-se, se estivermos em regime revolucionário!

Pode-se ser discriminado em dia de Greve Geral? Pode-se!
Deve-se ser discriminado por se ser grevista (como maus) ou por se ser fura-greves (como bons)? Deve-se, se estivermos perante um Governo autista e desrespeitador dos cidadãos que governa!

Pode-se preferir o trabalho à Greve Geral? Pode-se!
Deve-se dizer que os cidadãos devem trabalhar em vez de fazer Greve Geral? Deve-se, se for dito por um Governo incentivador do trabalho ou se, pelo menos, não for dito por um Governo que é o principal instigador da greve daqueles a quem ainda não destruiu os postos de trabalho.
LNT
[0.195/2013]

quarta-feira, 26 de junho de 2013