Quando a política é entregue a radicais da destruição porque os seus "
eus" se sobrepõem ao interesse geral,
é o que dá. Crato faz parte do pacote "
além-troika", um bando de selvagens determinados em anular tudo o que de bom foi feito até agora e em transformar em cinzas os esforços das gerações anteriores para que as seguintes tivessem na mão as ferramentas que as fizessem competitivas.
Trata-se, segundo os ideólogos do “
viveram acima das possibilidades”, de uma teoria de normalização por baixo que inviabilize a subida da fasquia das possibilidades, com isso garantindo uma multidão desqualificada destinada a suportar quem vive por cima.
Aproveitaram-se (e aproveitam-se) da parolice nacional que vê sempre a luz naquilo que vem de fora para assegurar um escudo de justificação ao uso dos lancha-chamas com que estão a reduzir eventuais pretensões de igualdade nas oportunidades. O ajuste de contas de uma segunda geração alçada ao poder pelo esforço colectivo que agora pretende assegurar para os seus, sem concorrência, o estatuto de elite.
Se não lhes pusermos travão acabarão por transformar o patamar cidadão em castas de cidadãos diferenciando-as pelo catálogo discriminatório dos “
nossos” e dos “
deles”.
Por isso nos estagnam e nos cegam do futuro.
LNT
[0.476/2013]