sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ X ]

Blogs
afinal, é a própria Martinfer a afirmar que o contrato através do qual adquiriu os Estaleiros de Viana do Castelo se resume a uma mudança de nome dos gestores da empresa - entendendo que o argumento é suficiente para justificar que, dos 600 trabalhadores, apenas garantirá trabalho a cerca de 160!
Ana Paula Fitas

Ignorou o périplo que a dra. Albuquerque e o senhor vice andaram a fazer pelos credores a nível dito político. Só aprecia funcionários deles. No não dito, ficou claro, uma vez mais, que as pessoas são instrumentais e e meramente facultativas. O que importa é que, mesmo que elas não notem e não lhes diga respeito, há algures uma "economia a mexer" na sua cabeça. E, claro, já só lhe ocorre o próximo evento, o "programa cautelar" porque a dívida e a austeridade não perdoam. Quando for grande, quero ter aquela calma de morte. Boa noite e boa sorte.
João Gonçalves

Estou ainda a digerir as notícias de que Paulo Rangel poderá vir a ser o candidato de Pedro Passos Coelho nas eleições europeias. A confirmar-se é a minha linha vermelha e, muito provavelmente, para mim pelo menos, o fim de um ciclo.
Paulo Gorjão

Aparentemente mais fadado para carregar os tacos de Deus Pinheiro do que para administrar um banco central, fontes contactadas pela TSF fazem saber que o governador geriu com os pés um processo que exigia um tratamento com mãos de cirurgião e “temem prejuízos para a credibilidade do Banco de Portugal.”
Miguel Abrantes

Enquanto via a prestação do Coelho no compacto da TVI, não me saía da cabeça o livro de Gilles Lipovetsky “A Era do Vazio”. Na verdade , o homem de mão da troika em Lisboa é um lídimo representante do nihilismo que, como prenunciava Lipovetsky na década de 80, chegaria ao poder no século XXI.
Carlos Barbosa de Oliveira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.495/2013]

O caso do estranho Primeiro-ministro [ I ]

Merkel - Coelho

Passos Coelho acha estranho que a DG do FMI diga uma coisa e os amanuenses que se deslocam aos países em rapina façam outra.

Se o nosso PM não fosse igualmente um amanuense trataria dos negócios de Estado ao nível superior e deixaria que as equipas técnicas andassem no terreno a tratar de cumprir as ordens que recebem de cima.

Mas assim não é. O nível desta gente é o dos que se vergam perante os maiores e descarregam sobre os menores.

Por isso ele estranha. Nós não, embora lamentemos.
LNT
[0.494/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXIX ]

Quinteães
Quinteães - Minho - Portugal
LNT
[0.493/2013]

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Indicadores

Arrefecimento
No auge da excitação nacional apresentam-se os mais diversos indicadores para demonstrar que “a coisa está a mudar para melhor” como se não fosse verdade o ditado popular de que não há mal que sempre dure.

Há três destes indicadores que, nestes casos, são sempre chamados à colação, para além do significativo sinal positivo que representa a diminuição (milimétrica) da taxa de desemprego sem considerar os factores da emigração, do fim do prazo útil de manutenção da inscrição nos Centros de Emprego e a desistência pura e simples de procurar trabalho.

É a toma e a retoma expressa pelo aumento do consumo de energia eléctrica, pela melhoria da procura interna e pela diminuição “moderada” dos índices de exportação.

O primeiro é principalmente importante por indicar o aumento de actividade da indústria. Nos valores absolutos desse acréscimo, mesmo não considerando o aumento do consumo de lenha, há que desvalorizar o facto de este Outono/Inverno estar a ser de frio intenso.

O segundo, que deveria ser atribuído ao bom desempenho do Tribunal Constitucional por ter mandado repor o subsídio de Natal que o Governo queria gastar nos almoços a oferecer aos “mercados”, nada tem a ver com a quadra do homem barbudo e do Menino das palhinhas que incita ao consumo e ao derretimento do crédito de plástico.

O terceiro, que nada tem a ver com o sazonalidade da época baixa, como lhe chama o sector do turismo (um dos sectores considerados na exportação), não significa que a nossa indústria exportadora é radicalizada na prestação de serviços, esquecido o sector dos derivados de petróleo porque a matéria prima é de importação.

Ficamos assim conversados e à espera da conversa que o segundo-ministro vai ter com a dona Judite, esta noite, para anunciar que estamos no bom caminho (do empobrecimento) faltando ainda percorrer o trilho das pedras escavado no túnel sem luz à vista.

Não somos gregos, embora nos vejamos gregos para não explodir de alegria com tanto sucesso.
LNT
[0.492/2013]

Religiosidades

Arte sacra - ÓbidosSó me lembro de ter sido baptizado na idade da infância pelas fotos que existem nos herdados álbuns de família.

Nas idades seguintes, primeiro na dos sacramentos e andanças pelos Jesuítas, fiz o percurso habitual dos católicos e depois, na do armário e na da sequente idade jovem imortal, a busca da santidade arrefeceu.

Agora, quando começo a sentir que cada dia que passa é menos um que falta para atingir a concretização da finitude, dou por mim a repensar no diálogo com o divino e não acabo os dias sem fazer uma prece de agradecimento.

Partilho a minha oração:

Obrigado Senhor por mais este dia com vida e por menos um dia em que terei de aturar Passos e Portas.
Deo gratias pelo dia a menos no mandato de Cavaco.
Ámen!
LNT
[0.491/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVIII ]

Casa dos Assentos
Casa dos Assentos - Minho - Portugal
LNT
[0.490/2013]

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Por falar em perdão

Obama

Fraternidade e perdão. Pois sim!

Vejam lá se é esse espírito, que tantos encontraram no bacalhau que Obama deu ao mano Castro, que está estampado na cara de Michelle?

Em tempo:
LNT
[0.489/2013]

Cartas de amor

BoteroNão é muito difícil estar em desacordo com Pedro Nuno Santos, embora não seja preocupante saber se se está, ou não, de acordo com ele.

Aliás presumo que a vossa questão ao ler este enunciado será a de saber quem é Pedro Nuno Santos, o que é uma questão lamentável porque é muito importante conhecer-lhe o pensamento.

Por exemplo é importante saber que Pedro Nuno Santos considera:
"O debate, dentro do Partido Socialista, sobre radicalismo e moderação é um debate estéril e fútil que serve apenas o propósito de alguns – que se auto-intitulam de moderados – de racionalizar e justificar a sua própria incapacidade de discordarem do programa liberal que a direita europeia e portuguesa tem vindo a implementar."
É importante porque é relevante que, tal como o texto que ele escreveu no I e este que vos escrevo aqui, todos saibamos escrever sobre os debates estéreis e fúteis transformando as folhas de papel em branco em folhas de papel com letras, ao que vulgarmente se chama "encher chouriços", e pelo meio aproveitar para dar umas porradas nos camaradas com quem não se está de acordo.

Razão tinha Álvaro de Campos quando escreveu: "Todas as palavras esdrúxulas, como os sentimentos esdrúxulos, são naturalmente ridículas", ao que acrescento - ridículas, estéreis e fúteis
LNT
[0.488/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVII ]

Águia
Voar bem e alto mas não chegar ao ninho - SLB/PSG - Portugal
LNT
[0.487/2013]

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cara-de-pau

Passos Coelho já não surpreende pela “inverdade”. O que surpreende é que cada vez mais se leia e oiça na comunicação social e nas redes sociais (dos seus poucos restantes seguidores) que ele é profundamente “verdadeiro”.

Quando a política de destruição de todos os avanços civilizacionais dos últimos 40 anos estiver concluída em Portugal haveremos de ouvir Passos Coelho afirmar, com a sua habitual cara-de-pau, que passámos a ser muito mais civilizados.
LNT
[0.486/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVI ]

Azulejos
Viúva Lamego - Lisboa - Portugal
LNT
[0.485/2013]

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Extra extra

Adega GarrafõesSegundo as últimas notícias:
A RECESSÃO TERMINOU.

Conclusão: Nada que nunca comece poderá alguma vez acabar.

Agora só falta acabar também com o emprego que resta, as pensões dos velhos, a inércia dos jovens que continuam no conforto, a persistência com a educação, a baixa taxa de mortalidade infantil e com a garantia de cuidados de saúde (e já agora com esta gente que nos levou a este maldito estado, a tal situação de recessão que oficialmente terminou).

Ainda deveríamos ter ido mais longe, mandando abater todos os que chegassem à idade da reforma e com o abandono dos esbanjadores portadores de doenças crónicas.

Ainda há muita lama para cavar neste poço de onde renasceremos para a ordem natural das coisas e para as leis que regem a sobrevivência.

Estamos quase bem, tirando que o crescimento positivo continua a ser negativo em relação a igual período do ano anterior que, por sua vez, já tinha sido inferior ao do outro ano antes, mas lá chegaremos.

Da terra queimada há-de brotar erva fresca e, como os animais mais fracos que a comiam sucumbiram também no fogo que a queimou, não faltará verde no pasto dos garanhões que foram preservados.
LNT
[0.484/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXV ]

Rui Perdigão
Rui Perdigão - Lisboa - Portugal
LNT
[0.483/2013]

domingo, 8 de dezembro de 2013

Renascer para assim ser

BoliqueimeAlguém dos vencedores do Presidente poderia explicar-lhe que, se Mandela perdoou aos que o mantiveram no cativeiro, só o pôde fazer porque o encarceraram por ele defender, com os meios de que dispunha, a humanização do que de mais humilhante se fazia contra a humanidade na África do Sul.

Nós sabemos que quem nunca tem dúvidas e raramente se engana e que quem julga que todos os outros terão de nascer pelo menos duas vezes para serem como ele, também se acha no direito de afirmar que (subentenda-se: ao contrário dele) “Alguns nunca mexeram uma palha para ajudar Mandela

Nós sabemos que devemos ser bons alunos, cordatos e nunca dizer mal dos mercados.

Nós sabemos e lamentamos que, pelo menos nos próximos anos, ainda teremos muito mais disto que é como quem diz, que ninguém nascerá duas vezes nem ninguém quererá fazê-lo para assim ser.

Três leituras aconselhadas:
- Constituição da República Portuguesa;
- Francisco Seixas da Costa;
- Isabel Moreira.
LNT
[0.482/2013]