As académicas não debato,
já o disse anteriormente. Penso que, tal como se não podem referendar todos os direitos das pessoas, também não se pode admitir que os jovens, só porque iniciam uma vida académica, tenham de ser humilhados e seviciados. Não é para isso que se inscrevem no ensino superior e, mesmo que andem em busca de uma qualquer adrenalina, bebedeira, pedrada, ou sejam adeptos masoquistas de sadismo, deverão procurar a satisfação das suas taras fora do espírito académico.
Sofri praxe violenta na Força Aérea, no curso de piloto aviador. Depois fiz praxe, julgo que menos violenta. Na altura também as praxes militares eram proibidas embora muitas vezes fossem praticadas por oficiais contra soldados e cadetes alunos. Justificavam-se pelo “enrijamento” de quem tinha uma guerra pela frente, pela necessidade do hábito à submissão hierárquica e pela obediência cega à voz de comando.
Coisas de vida e de morte que, por nunca ser, não eram rituais de iniciação à demência imposta a quem só se quer qualificar para a vida.
A demência conseguida é a que os faz partir, depois da academia, sem um ai, submissos e obedientes, e sem perceberem que têm uma guerra pela frente, uma coisa de vida ou de morte.
LNT
[0.038/2014]