sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Livramo-nos do homem da galinha e da côdea, mas inconseguimo-nos livrar da galinha e da côdea

GalosTenho pena de mais este inconseguimento da nossa meritíssima aposentada.

Gostava de ver os 40 anos do 25 de Abril celebrados na AR com o alto patrocínio do BPN e imagino que as honras militares, feitas à porta do Parlamento, seriam prestadas por tropas que ostentassem um boné vermelho com a sigla do patrocinador.

Também gostaria de ver hasteada a bandeira do patrocinador institucional (BPN) ladeada pelas Bandeiras do Presidente da República e da Assembleia da República.

Imagino que gostaria de ver galhardetes do BPN dispostos na tribuna dos oradores, em substituição dos habituais cravos vermelhos.

Finalmente gostaria de ver todos os valentes deste Governo a ostentarem na lapela o pin do BPN (já que o da SLN não seria possível dado não ser institucional).

A nossa inconseguimenteira segunda-figura do Estado é mais um mimo que devemos agradecer a Deus. Foi graças a ela que conseguimos livrar-nos de ter como segunda figura do Estado o cavalo de tróia que garantiu a Cavaco ser a primeira figura da triste figura em que este Estado se transformou.

Nota - Ficou por esclarecer se, de entre os patrocionadores “institucionais”, poderiamos contar alguns dos muitos escritórios de advogados representados nas bancadas dos senhores deputados.
LNT
[0.058/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXV ]

Fixes
Fixes-P1/74 - BA7 - São Jacinto - Portugal
LNT
[0.057/2014]

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Chamam-lhes reformas

NyonPassos Coelho, Pedro, e Portas, Paulo, já consideram os portugueses ajustados.

Os Lusitanos deixaram de viver acima das suas possibilidades, embora o caminho seja para continuar, isto é, trilhar a vereda conducente a que as possibilidades sejam sempre menores e o viver seja sempre mais abaixo.

Para conseguirmos estar de acordo com as nossas possibilidades passámos milhares à reforma e depois cortámos-lhes a pensão, formámos milhares de jovens que exportámos para o Mundo cortando-lhes a esperança em Portugal, encerrámos milhares de empresas criando milhares de desempregados a quem cortámos o subsídio de desemprego, diminuímos o número de idosos a quem cortámos os serviços de saúde e os serviços sociais, destruímos a costa portuguesa cortando na sua manutenção e descurando o seu ordenamento, diminuímos o número de alunos e professores cortando nos apoios aos estudantes e às escolas e reduzimos os encargos com a investigação e a ciência cortando nos seus incentivos.

Estão felizes e satisfeitos. Chamam-lhes reformas embora sejam só retrocessos civilizacionais, sociais e humanitários.

Nivelaram por baixo, cortando. É o fechar da porta porque reformar, criar eficácia e eficiência para criar riqueza, não é matéria que queiram ou saibam fazer. É o reduzir Portugal ao nível dos seus actuais dirigentes.
LNT
[0.056/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXIV ]

Paradoxo Ornitorrinco
José Pacheco Pereira - Paradoxo Ornitorrinco - Portugal
LNT
[0.055/2014]

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para evitar que a prosa sirva de pacote de castanhas

Livro 1ª classeNão é costume falar de um livro que ainda não saiu, mas vou fazê-lo porque fiquei muito emocionado ao saber que Maria João Avilez entrevistou Vítor Gaspar e dessa entrevista resolveu fazer um registo que fique para lá do simples papel de jornal, não vá a prosa acabar a embrulhar meia dúzia de castanhas.

Pelo que se lê no Expresso On-line o livrinho é uma espécie de máquina de lavar, onde o detergente que lava mais branco é da marca Coelho e a engrenagem que a mantém em funcionamento é um pingarelho “único” com a patente Albuquerque.

Se mo ofereceram, lê-lo-ei. Comprá-lo não, que o dinheiro está caro e há-de haver obras de ficção bem mais interessantes para gastar as sobras que o entrevistado Gaspar não levou.
LNT
[0.054/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXIII ]

Manuel Amado
Manuel Amado - Portugal
LNT
[0.053/2014]

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

G(r)= -GnMr/r^2

SatéliteTodos conhecem o conceito de Outsourcing. Uma organização que pretende concentrar-se no seu core business larga actividades que, embora lhe sejam imprescindíveis, são marginais ao negócio e vai buscar esse “saber” ao exterior.

O que se estranha é quando uma organização faz outsourcing do seu core business ou quando o recurso a outsourcing não reafecta, a nova função, quem desenvolvia a actividade dentro da organização ou não promove a extinção desse posto de trabalho.

Também se estranha que existam cada vez mais organizações de outsourcing-satélite a orbitar organizações de onde saíram alguns dos seus quadros ou são fundadas por gente do círculo gravitacional.

Finalmente estranha-se que, sendo o outsourcing uma técnica destinada a reduzir custos nas organizações, muitas delas (principalmente no Estado) passem a ter custos superiores aos que verificavam antes. Sabe-se que o que interessa neste momento é reduzir custos na rubrica de vencimentos mas esse objectivo poderá justificar o aumento das despesas globais?
LNT
[0.052/2014]

Quotidiano [ III ]

Afia a navalha

Les plaisirs démodés


No meu transporte subterrâneo matinal tive a impressão de estar a viajar no Metro do amor.

Casais enamorados por todos os lados, beijos prolongados e indiscretos, telefonemas móveis provocantes, imagens picantes nos tablet’s e muitas olheiras de dormidas sem dormir.

Só pode ter sido da descoberta que resultou do conselho da protecção civil para que as pessoas se mantivessem ontem em casa e do entretimento que encontraram no apagão que, a meio do serão, calou as televisões e os computadores em Lisboa.
LNT
[0.051/2014]

O País dos não-factos

AntenasHabituados aos não-factos políticos, os comentadores de serviço foram capazes de manter, nos canais informativos das televisões, horas de comentários sobre o não-facto que foi o não-jogo Benfica-Sporting e sobre as não-consequências que lhe sucederam.

Pareciam os outros que costumam comentar as não-reformas em curso e os efeitos não-consequentes dessas não-concretizações.

Depois vieram os não-jornalistas fazer não-reportagens sobre as não-marés-gigantes e sobre os não-efeitos-catastróficos que insistiam em anunciar.

Parece que no meio de tudo isto houve não-mortos e não-feridos o que faz prever que deveremos ter ainda muito que ouvir sobre os não-acontecimentos, embora dos acontecimentos pouco se fale .

Penso ser isto que a segunda figura do estado português chama de inconseguimentos.
LNT
[0.050/2014]

domingo, 9 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Conselho de Ministros

Dizia sonsamente o Coelho para o Portas:

Estes tipos das esquerdas (e meia dúzia de idiotas úteis da direita) são uns garganeiros.

Agora até querem sacar os miúdos dos orfanatos das Misericórdias para os entregar a casais do mesmo género. Não conseguem perceber que assim podem acabar com os orfanatos? Não conseguem entender que as Misericórdias também são filhas de Deus?
LNT
[0.048/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXI ]

Pôr do Sol Alentejano
Pôr do Sol - Alentejo - Portugal
LNT
[0.047/2014]

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quotidiano [ II ]

Quotidiano - Afia navalha

Todos os utilizadores têm uma alma de político


Há uma questão a que um informático (que se relacione com os seus utilizadores) sabe obter invariavelmente a mesma resposta. Essa questão relaciona-se com equipamentos ou aplicacionais que funcionavam e que subitamente deixaram de responder.

A resposta correcta evitaria uma enorme perda de tempo e mesmo quando é possível demonstrar, depois de apurada a causa, que foi uma acção humana que produziu o constrangimento, a resposta mantém-se.

A questão simples é: O que é que fez antes de isto deixar de funcionar?
A resposta esperada é: Nada, não fiz nada! (a dupla negativa diz tudo)
LNT
[0.046/2014]

Quem não tem dinheiro não tem vícios

MiróComo se pode esperar que um poder assente numa folha de cálculo (ainda por cima mal concebida e com erros graves nas fórmulas) entenda que o património cultural é um bem sucessório?

Como se pode esperar que um poder que tem por conceito que só os canudos são curriculum (ainda que sejam obtidos por equivalência), que o desemprego é efeito colateral do bom desempenho da governação, que as pessoas são valor estatístico isento de alma e sofrer, que a exportação de cérebros jovens é uma variante à zona de conforto, que todos os fins justificam os meios, mesmo os não referendáveis, que as promessas eleitorais só se destinam a obter legitimidade para mandar e que o património nacionalizado na sequência de desmandos quadrilheiros, corruptos e mafiosos é espólio que minimiza os prejuízos causados aos contribuintes?

Como se pode esperar de alguém que tem por cultura a arte de manipular resultados, um entendimento sobre a perenidade dos bens culturais?

O que se pode esperar de gente que considera a arte como um vício e justifica a delapidação do património cultural com a expressão: "Quem não tem dinheiro, não tem vícios"?
LNT
[0.045/2014]

Quotidiano [ I ]

Quotidiano - Afia navalha

Prelúdio


Abre-se a rubrica "Quotidiano" onde se registarão estórias de uma vida de trabalho (e não só), agora que os vínculos laborais estão a caminho de se quebrarem.

Coisa despretensiosa, como todas as outras relacionadas com a arte do escanhoar, coisa de poucas palavras para se poder ler sem perder muito tempo.

Um entretém, mais um desta casa, destinado a garantir a satisfação da ilustre clientela.
LNT
[0.044/2014]