O melhor de todos os Ministros veio anunciar que os locais onde se morre mais são nas urgências e nos cuidados intensivos.
Nada de especial, a não ser que as passagens se dêem por falta de assistência, o que parece ser um facto a apurar dado que se os cuidados intensivos são um bom sítio (um sítio natural – senão não teriam esse nome) para se passar ao estado gasoso, mas a espera nas urgências não é.
Coisas simples explicadas com a naturalidade de quem encara a morte como o início de uma nova vida, neste caso sem as virgens de outras fés, mas com o pleno gozo de quem vai curtir com gente já experiente e sem dor.
Tudo normal, ou quase, depois se de verificar se as mortes nas urgências são culpa ou não das famílias que levam os seus doentes para morrer nos hospitais – já não nos bastava sermos culpados da crise, agora também somos os culpados das mortes.
Lá está. Passem a levar os vossos doentes em bom estado para as urgências e verão como o índice de passagem ao céu diminui.
LNT
[0.037/2015]