quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A coerência é tramada

Lisboa Manif. de 2012

Fui um daqueles que passeou até à Praça de Espanha quando se tentou, pela primeira vez (2012), passar parte dos custos patronais da TSU para a carteira dos trabalhadores.

Não estranha, por isso, que hoje continue a entender que essa passagem, seja ela feita directamente para os trabalhadores ou indirectamente para os contribuintes, continue a dar vontade de voltar à Praça de Espanha e de soletrar, no arco de Custódio Vieira (exilado de São Bento), as letras de metal escritas por Sophia, emergindo da noite e do silêncio para livre habitar a substância do tempo.

Sei que ser coerente, nos dias que correm, é coisa rara. Uns por proporem agora aquilo que antes rejeitaram, outros rejeitando hoje o que teimosamente quiseram levar avante contra tudo e contra todos.

E é escusado evocar a lengalenga das pequenas e micro empresas. A medida aplica-se a essas, (muitas das quais só existem para justificar os bólides novo-rico que circulam nas auto-estradas) como se aplica às outras dos super e hiper do comércio a retalho que mantém precários no salário mínimo enquanto os seus donos fazem figura nas capas das revistas e nos top do 1% da insana desigualdade inumana.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.018/2017]

Já fui feliz aqui [ MDLII ]

Lisboa com nevoeiro

Nevoeiro - Lisboa - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.017/2017]

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Lágrimas e suspiros

Lágrima
Este País num vale de lágrimas ao olhar para o recibo deste mês e a aperceber-se que ganha menos do que em Dezembro de 2016.

Um País a fazer de conta que não sabe que em Novembro/Dezembro deste ano de 2017 vai cair no recibo de vencimento + 50% de um subsídio de Natal que há uns anos foi diluído em duodécimos para fazer de conta que, aí sim, não tinha havido uma redução real do rendimento anual.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.016/2017]

domingo, 15 de janeiro de 2017

Já fui feliz aqui [ MDLI ]

Os árabes em Lisboa

Carnaval de 1971 - Uma missão da Arábia Saudita... - Eduardo Oliveira Rocha, Frederico Abecassis, Jorge Correia de Campos, Manecas Mocelek, Manuel Correia, Mário de Araújo Cabral (“Nicha Cabral”), Michel da Costa - Rest. Tavares - Lisboa - Portugal
LX70
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.015/2017]

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

This almost mythical sea flows between islands and peninsulas, linking three continents

Apesar do explicativo do bailado (cerimónia de abertura da Presidência de Malta (2017) do Conselho da UE) onde:

"This almost mythical sea flows between islands and peninsulas, linking three continents."

sinto neste bailado o cemitério líquido e os muros em que se transformou o mítico mar que sempre uniu os três continentes e que tanta fortuna aportou ao continente europeu durante os séculos em que foi usado para mercantilizar a riqueza dos outros dois continentes.

1101 Opening Ceremony show from EU2017MT on Vimeo

The Mediterranean is a unifying theme of the BOZAR multiannual programme. This almost mythical sea flows between islands and peninsulas, linking three continents. It is the birthplace of empires and civilizations. After Cyprus (2012) and Greece (2014), we drop anchor in Malta to the proverbial fanfare of the Malta Philharmonic Orchestra, conducted by maestro Brian Schembri. La donna è mobile from Verdi’s Rigoletto, E lucevan le stelle from Puccini’s Tosca and other legendary operas and arias are highlights of the programme, alongside Knights of Malta Ballet Suite by Malta’s national composer Charles Camilleri (1931 – 2009). For this ballet the composer takes inspiration from the Order of Malta or Order of Saint John, a medieval order of knights that still exists in Belgium in the form of a non-profit organization that helps the sick and the poor.
Concert to mark the 2017 Maltese Presidency of the Council of the European Union.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.014/2017]

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Pescadinhas de rabo na boca [ II ]

Pescadinha Rabo Boca
Pede-me o “Sr. Francisco” que dê “...pelo menos destaque igual ao que deu ao seu (meu) post pouco informado”.

Aqui fica, embora como o “Sr. Francisco” deva saber, por ser uma pessoa muito bem informada, que um Blog não é um Órgão de Comunicação Social e como tal não está sujeito a direitos de resposta. A coisa aqui é mais simples: O dono do Blog publica no corpo do Blog e fica (se o dono do Blog entender) reservado direito de resposta na caixa de comentários.

Mas que não seja por isso.

Não só darei o mesmo relevo, como irei publicar abaixo o seu comentário a negrito e em itálico ao meu post nº 4/2017, ficando assim resolvida a questão do “pelo menos”.

Só umas notas prévias ao comentário de Francisco Rodrigues, o “Sr. Francisco” que só por consulta ao Site do STI sei ter representação do STI dado não ter referido a sua qualidade na assinatura do comentário:

1 – meu caro Francisco Rodrigues:
este Blog não é anónimo (conforme é visível na primeira linha da coluna da direita). Parece-me que teria sido mais correcto referir-se a Luís Novaes Tito ou a LNT (como assino todos os meus posts). O “Sr. Luís” é o da Barbearia do Sr. Luís, mas vá lá, aceita-se (e estimula-se) o humor.

2- não me esqueci de “referir alguns aspectos”. Referi aqueles que eram necessários para levantar a questão que levantei e esses não são aqueles que cita em 1, 2, 3 do comentário que abaixo transcrevo.

3- a afirmação que faz em 4 é, essa sim, “totalmente falsa”. Tenho na minha posse os documentos em que a Médis solicita os originais e a declaração da ADSE. Aliás esses documentos são do conhecimento do STI porque o email que os enviou para o Provedor do Cliente da Médis foi copiado (CC) para o STI e existe comprovativo da recepção.

4- e, para dar por findo este Post:

O STI foi alertado, em tempo correcto por email, para este caso concreto. Para além desse alerta entendi fazer o Post que deu origem a esta resposta, um direito meu de nunca prescindir de usar todos os meios lícitos existentes para defender aquilo que entendo. A “Família dos Impostos”, como era hábito referir os trabalhadores dos Impostos nas solenidades do antigamente, deveria merecer do seu Sindicato um tom mais cordial às questões que são levantadas pelos membros dessa família.

Bastar-lhe-ia ter escrito que o STI agradecia o alerta e que estava a desenvolver (ou já tinha desenvolvido) as providências necessárias para dar solução à questão.

Pela minha parte fico satisfeito por saber que o caso está resolvido (a ver, claro, aquando do pagamento da comparticipação devida porque de boas intenções...). De qualquer forma saiba que o “sem qualquer encargo” que refere está incluído no encargo do pagamento de uma quota mensal.

Tenha um bom ano de 2017, naturalmente extensível a todos os membros do STI e ainda aos da Família dos Impostos que não são filiados nesse Sindicato.

Francisco Rodrigues disse...
Relativamente a este post importa referir alguns aspetos de que o “Sr. Luís” se “esqueceu”:

1. O STI tem procurado ao longo dos últimos anos melhorar o Seguro de Saúde que disponibiliza aos seus Sócios sem qualquer encargo;
2. Temos ao longo dos anos procurado adaptar as condições às alterações legislativas que se têm verificado;
3. O Seguro de Saúde STI, no sentido de facilitar o acesso aos reembolsos, em muitas situações dispensa não só o original da fatura/recibo como a declaração da ADSE para efeitos de complemento de comparticipação. Por exemplo nas consultas onde baste enviar fotocópia da fatura/recibo, ou na aquisição de óculos onde basta enviar fotocópia da prescrição médica e da fatura/recibo;
4. É portanto completamente falso “que a Companhia de Seguros (Médis) e o Sindicato (STI) acordaram que, para que a seguradora comparticipe, é necessário uma declaração de complemento de comparticipação (que informa qual a parcela do acto médico que a ADSE não comparticipa) e igualmente estabelece que o original do recibo do acto médico lhe seja enviado”;
5. O problema que estava a ocorrer tinha exclusivamente a ver com a situação de despesas não comparticipadas pela ADSE e que a seguradora exigia, para efetuar a comparticipação, o recibo original. Esta questão tem vindo a ser tratada pelo STI com a MÉDIS ao longo das últimas semanas e estranhamos que o “Sr. Luís” não tenha procurado saber o que se estava a fazer para resolver a situação e tenha preferido esta forma de “comunicar”;
6. Assim e depois de concluídas as negociações com a MÉDIS podemos informar que no caso referido em 5. As comparticipações passarão a ser efetuadas bastando enviar á MÉDIS:
6.1. Fotocópia da fatura/recibo onde está descrito o ato médico realizado, bem como a descrição detalhada dos atos praticados;
6.2. Declaração da ADSE que comprova, que o original da fatura/recibo foi enviado para esse subsistema e de que não foi alvo de comparticipação
Por fim esperamos que o “Sr. Luís” não deixe de dar a esta resposta o devido destaque, pelo menos destaque igual ao que deu ao seu post pouco informado.
10 de Janeiro de 2017 às 11:17
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.013/2017]

Já fui feliz aqui [ MDL ]

Museu da Música de Lisboa

Castelo de São Jorge - Lisboa - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.012/2017]

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Coragem, determinação, liberdade, democracia

Mário SoaresTinha prometido a mim mesmo não escrever o que quer que fosse sobre Mário Soares uma vez que nada iria acrescentar a tudo o que ele fez, mas não consigo cumprir essa promessa.

Ontem, depois de cumprimentar Isabel e João Soares, que estoicamente aguentaram firmes todo o protocolo, perfilei-me por segundos perante Soares agradecendo-lhe as muitas lições de coragem, determinação, liberdade e democracia que me deu ao longo da vida as quais, espero conseguir, transmito às minhas filhas e netas.

Despedi-me dele lembrando também algumas discordâncias e com um sorriso pensei que se não tivesse tido essas discordâncias teria sido sinal de nada ter aprendido com as lições que o seu exemplo me deu.

Obrigado, Mário Soares.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.011/2017]

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Jornalismo de merda

Sovacos

Cheguei a casa à hora do almoço, liguei a televisão na SICn para saber as novidades do dia e estive mais de cinco minutos a ver, em loop, um vídeo feito em Almada, datado de Novembro passado, onde uma gandulagem juvenil espancava um outro jovem. O vídeo, segundo consta, foi feito por um dos gandulos que assistiam impávidos à cena, com o intuito de ser divulgado nas redes sociais.

Já todos conhecemos estas práticas que têm por interesse principal a obtenção de notoriedade de quem pratica os actos e de quem os filma.

Como disse antes, o vídeo esteve a ser transmitido em loop constante na SICn enquanto os pivots falavam com técnicos de saúde mental e com a Mãe do jovem agredido.

Desde que comecei a contar vi as mesmas imagens cinco vezes.

A SICn serviu na perfeição os interesses da gandulagem em causa ampliando em milhares, ou milhões, o número de visualizações.

Só para completar o guião, transmitiu de seguida um vídeo de uma outra gandulagem americana a espancar um deficiente e rematou a série (não sei se houve sequência no alinhamento porque mudei de canal) com a imagem da criança refugiada, morta na praia, que no ano passado foi capa de todos os jornais.

Se isto não é jornalismo de merda, não sei o que o será.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.008/2017]

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Quase um ano de Marcelo

Marcelo Banho Janeiro 2017O que encanta em Marcelo é que, sem qualquer demagogia, se pode apresentar sem sapatos sem se transformar num pé descalço.

E é isso que irrita muitos dos 1% que dizem não gostar dele.

Não fui seu eleitor, mas desde o discurso de vitória que proferiu na Cidade Universitária, sou um dos milhões de portugueses que vêm nele o seu Presidente.

Não tenho hoje qualquer dúvida que só Marcelo poderia desempenhar o papel de espanador que Belém e Portugal precisavam há dez anos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.006/2017]

Já fui feliz aqui [ MDXLVII ]

BA7 Dias Liberato Jorge Tito Almeida

BA7 - São Jacinto - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.005/2017]

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pescadinhas de rabo na boca [ I ]

Pescadinha Rabo Boca
Imaginem um Sindicato (STI) que tem um seguro de “complemento de comparticipação” firmado com uma companhia de seguros (MEDIS).

Imaginem que o “complemento de comparticipação” é um seguro que se destina, aos filiados no Sindicato que aderiram (e pagam por isso), a cobrir parte daquilo que a ADSE não comparticipa, incluindo actos médicos não cobertos pela comparticipação da ADSE.

Imaginem que a Companhia de Seguros (Médis) e o Sindicato (STI) acordaram que, para que a seguradora comparticipe, é necessário uma declaração de complemento de comparticipação (que informa qual a parcela do acto médico que a ADSE não comparticipa) e igualmente estabelece que o original do recibo do acto médico lhe seja enviado.

Imaginem que, por sua vez, a ADSE (que é um organismo tutelado pelo Ministério da Saúde e como tal com idoneidade suficiente) exige que para passar a tal declaração que lhe sejam enviados os originais dos recibos/factura que não devolverá aos seus beneficiários (mesmo no caso de não comparticipar, dado que passa a tal declaração que a Medis exige).

Imaginem uma pescadinha de rabo na boca.

Imaginem mais uma daquelas situações em que as companhias de seguros estão sempre prontas para receber mas evitam sempre pagar.

Imaginem Portugal em 2017 a ser, como sempre, o centro do Mundo dos “espertalhões”.

Imaginem a irritação e o prejuízo que tudo isto causa num filiado(a) do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos e num(a) cliente da Médis que é bombardeado com exigências impossíveis de cumprir pela seguradora, num jogo do empurra que se destina a não ter de pagar por aquilo que cobra.

Imaginem tudo isto e espantem-se porque é verdade.
ET. Ver Post nº 13/2017
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.004/2017]