segunda-feira, 13 de março de 2017

E os banqueiros, enquanto vivem, esfolam a nossa

Lingerie Leopardo

Ficou para a história, e até fazia parte dos genéricos que anunciavam os documentários da SIC sobre o Costa do Castelo, a máxima de Ricardo Salgado na comissão parlamentar do BES:

“O leopardo quando morre deixa a sua pele. E um homem quando morre deixa a sua reputação"

Com o decurso daquilo que se sabe e adivinhando que há uma conta enorme para pagar, mais uma daquelas que no inicio nos diziam que ficaria de graça para a generalidade dos contribuintes, facilmente aferimos que só não se aplicará à generalidade dos contribuintes porque os chineses, americanos e outros tipos de índios não a irão pagar.

É caso para dizer que:

“O leopardo, quando morre, deixa a sua pele. Os banqueiros, enquanto vivem, esfolam a nossa.”

E sobre reputação ficamos conversados até porque já sabemos amplamente que os banqueiros e respectivos reguladores esfolam-nos a pele enquanto têm garras e depois de as perder continuam a esfolá-la sem nunca serem chamados a devolver os escalpes que fizeram.

Isto é, no activo esfolam os clientes do banco regulado ou gerido e quando passam a passivos esfolam, além desses, todos os restantes contribuintes deste País onde nunca se apura (nem se quer apurar) para que bolso foi a pele esfolada.

Dizem-nos que não se trata de esfolamento mas sim de esfoliação. De mansinho retiram-nos a parte mais superficial da cútis para que nova pele surja fresca e macia, pronta a ser esfoliada todas as vezes que for necessário.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.037/2017]

Já fui feliz aqui [ MDLX ]

Postal de Natal DGITA 2002

Humor negro - Postal Natal 2002 DGITA - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.036/2017]

sábado, 11 de março de 2017

Aqui quem dá ordens

11 de Março de 1975

"Meu caro amigo, aqui quem dá ordens no País é o Presidente da República, é o Primeiro-ministro, é o Otelo Saraiva de Carvalho e é o Chefe do Estado Maior-general."

11 de Março de 1975 - Lisboa - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.035/2017]

terça-feira, 7 de março de 2017

Quem não chora não mama


Vem a Deco avisar que, em relação ao IMI, o Estado tenta arrecadar o que não lhe é devido.

A AT não tem mecanismos automáticos para recalcular o imposto com base no “tempo que passa” dando forma à lógica de “quem não chora, não mama”.

O Fisco nunca olhou para o contribuinte como cidadão de bem.

Para ele (para o fisco) os contribuintes são, em princípio, infractores sempre prontos a enganá-lo e, por tal, não merecem provedor nem protecção.

O Fisco desenvolve as suas aplicações informáticas com a intenção de apertar a malha na colecta (pelo menos aos médio, pequenos e micro-contribuintes, como se viu na negligência do caso dos 10.000.000 das offshores) mas não as manda desenvolver considerando requisitos automáticos que façam aplicar à colecta as correcções que a diminuam nos termos da Lei.

Dizem que haverá sempre possibilidade de os cidadãos poderem pedir a revisão das variáveis aplicadas aos parâmetros que determinam o valor a cobrar, na esperança de que a maioria dos cidadãos-contribuintes sejam ignorantes em matéria das teias em que o Fisco se envolve e da linguagem de palmo que usa.

É nesta imoralidade que envia para casa dos contribuintes notas de pagamento do IMI com um valor de liquidação superior ao estipulado na Lei, alheando-se dos seus deveres de provedor na defesa dos que o sustentam.

Quem pagou, pagou e quem não chora não mama. Merecíamos melhor compreensão dos direitos dos contribuintes por um executivo socialista.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.034/2017]

Já fui feliz aqui [ MDLIX ]

Mississipi

New Orleans swamp - Mississipi - EUA
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.033/2017]

quinta-feira, 2 de março de 2017

A new miracle was born

Santa Teodora Cardoso

Mais uma Santa da Ladeira (abaixo)

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.032/2017]

O Costa do Castelo (act.)

O Costa do Castelo
"ah, a pasta do banco!"
- dizia o António Silva.

E agora uma notícia em primeira mão (já pareço o pequenote dos sermões de Domingo na SIC).

Pode refastelar-se na cadeira do barbeiro e assistir ao desenrolar da trama, na primeira versão de 1947, onde Simplício Costa vai parar à mansão de Dom Simão e reencontra Mafalda, um seu antigo amor.

A intriga de Isabel Castelar atrapalha o romance de Luisinha e André mas tudo acaba em bem, ou não fosse esta treta um romance à portuguesa.



Em alternativa pode logo, no Jornal da Noite na SIC, seguir o segundo episódio na versão Século XXI, com investigação de Pedro Coelho.

Se perdeu o primeiro episódio, e tiver estômago suficiente, descontraia a cabeça e os pés nos encostos da cadeira do barbeiro e siga a reportagem.

O saco para o vómito é fornecido gratuitamente.



Fica o segundo episódio:



Fica o terceiro episódio:



Nota: Conforme prometido, este post foi actualizado com os 2º e 3º episódios.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.031/2017]

Já fui feliz aqui [ MDLVIII ]

Gunter Grass

Gunter Grass - Almancil - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.030/2017]

quarta-feira, 1 de março de 2017

Olé Núncio! Nós que vamos morrer estamos eternamente agradecidos



Dona Assunção decretou há dias que todos nós, incluindo os contribuintes que viram penhorados os seus bens e haveres pelo Fisco intolerante e pelo confisco austero, devemos erguer as mãos para o Céu e agradecer ao Divino ter-nos brindado durante quatro anos com um Núncio, que de touros pouco sabe, mas que de saque intolerável sabe tudo.

O tal Núncio, aficionado de cabrestos, veio agora à Comissão da Assembleia da República revelar a sua ignorância em matéria de dissuasão de crimes fiscais e justificar o injustificável com uma razão que não caberia na cabeça de um terceiro banderillero de segundo tercio.

Até mesmo de Paulo Núncio (o tal a quem muito devemos conforme ditou Cristas) não se esperava tão malfadada brega no esconde-esconde das offshores made in Portugal.

Defender-se, dizendo que não divulgou os dados porque com essa acção pretendia evitar a evasão fiscal, é tão idiota como dizer que não se divulgam os números relativos à violência doméstica porque se quer acabar com ela, não se prendem os ladrões porque pode-se fomentar os assaltos, ou que não se deve tourear porque se pode ser colhido.

Há limites para a campinagem, mesmo para quem fundiu o fisco com as fronteiras e neles misturou a informática que, de forma independente, lhes prestava serviços.

Há que manter estes garraios ao estribo e sacar-lhes a batuta com que queriam continuar a reger-nos ao som de um españa cañi.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.029/2017]