Há uma razão maior que todas as outras para votar no PS nas próximas legislativas. (serve também de declaração de interesses) Essa razão chama-se Manuela Ferreira Leite.
Não me agradam as campanhas negativas, aliás neste momento nem sequer me agradam quaisquer campanhas, mas a memória não deixa esquecer a passagem de Ferreira Leite pelas Finanças, nem o estado em que ela deixou o País com as arquitecturas financeiras que inventou para esconder o desastre financeiro. É a mesma memória que não consigo apagar que me recorda que a solução por ela inventada para a Administração Pública não passou pela reforma do Estado, nem pela redução do esbanjamento, mas só pelo congelamento dos salários dos trabalhadores, pela criação de um sistema de avaliação muito mais injusto e ineficaz do que este que agora existe e pela tomada de assalto a todos os lugares de topo da Administração Pública, saneando a torto-e-a-direito os dirigentes anteriores, insultando-os injustamente, como fez com António Nunes dos Reis na DGCI e substituindo-os por quadros piores, oriundos principalmente da banca, que tiveram o privilégio de ficar com o know-how do funcionamento do fisco.
Como a memória serve para alguma coisa, lembro-me ainda da sua anterior passagem pelo Ministério da Educação e do que resultou desse seu desempenho.
Sem remédio e sem amnésia irei votar onde ainda há uma réstia de esperança.
Espero que o Partido Socialista tenha o bom-senso de demonstrar com dados credíveis, inquestionáveis cientificamente e certificados, as vantagens de algumas políticas praticadas nos últimos anos. Por poucos que sejam, foram melhores que a herança deixada por Ferreira Leite, Durão Barroso e Santana Lopes. Se o conseguirem, em vez de se entreterem a maquilhar o carácter dos actores em cena, pode ser que muitos dos que se sentem vítimas da arrogância e do autismo de meia dúzia de iluminados que chegaram a desplantes nunca imaginados, ainda reconsiderem e troquem a vontade do coração pela da razão e pela memória.
Se o não conseguirem, ou não o quiserem fazer, perceberão que os portugueses não são povo de se habituar só porque alguém assim entendeu mandar.
LNT
[0.478/2009]
Não me agradam as campanhas negativas, aliás neste momento nem sequer me agradam quaisquer campanhas, mas a memória não deixa esquecer a passagem de Ferreira Leite pelas Finanças, nem o estado em que ela deixou o País com as arquitecturas financeiras que inventou para esconder o desastre financeiro. É a mesma memória que não consigo apagar que me recorda que a solução por ela inventada para a Administração Pública não passou pela reforma do Estado, nem pela redução do esbanjamento, mas só pelo congelamento dos salários dos trabalhadores, pela criação de um sistema de avaliação muito mais injusto e ineficaz do que este que agora existe e pela tomada de assalto a todos os lugares de topo da Administração Pública, saneando a torto-e-a-direito os dirigentes anteriores, insultando-os injustamente, como fez com António Nunes dos Reis na DGCI e substituindo-os por quadros piores, oriundos principalmente da banca, que tiveram o privilégio de ficar com o know-how do funcionamento do fisco.
Como a memória serve para alguma coisa, lembro-me ainda da sua anterior passagem pelo Ministério da Educação e do que resultou desse seu desempenho.
Sem remédio e sem amnésia irei votar onde ainda há uma réstia de esperança.
Espero que o Partido Socialista tenha o bom-senso de demonstrar com dados credíveis, inquestionáveis cientificamente e certificados, as vantagens de algumas políticas praticadas nos últimos anos. Por poucos que sejam, foram melhores que a herança deixada por Ferreira Leite, Durão Barroso e Santana Lopes. Se o conseguirem, em vez de se entreterem a maquilhar o carácter dos actores em cena, pode ser que muitos dos que se sentem vítimas da arrogância e do autismo de meia dúzia de iluminados que chegaram a desplantes nunca imaginados, ainda reconsiderem e troquem a vontade do coração pela da razão e pela memória.
Se o não conseguirem, ou não o quiserem fazer, perceberão que os portugueses não são povo de se habituar só porque alguém assim entendeu mandar.
LNT
[0.478/2009]
11 comentários:
Estamos completamente de acordo.
A Manelinha será uma mais valia para o PS, mas será que chega?
Que ela faz os possiveis, faz. Será suficiente?
Além de que ganhar a penaltis, tem sempre um travo amargo, assim como ganhar "contra alguém".
Estou com receio que o povo tenha memória curta
Tem razão o sr. Luis em relação ao PSD (MFL, DB, SL) e também ao CDS/PP.
Só que meu caro, Sócrates não foi melhor do que eles, e porque tenho memória e Sócrates é novamente o candidato a 1º ministro pelo PS, não votarei PS desta vez.
Votarei à esquerda.
Não é com papões da ingovernabilidade que me amedontram.
Sempre combati dentro do PS, aqueles que diziam que Ferro Rodrigues não tinha perfil para 1º ministro. Sempre o achei um homem sério,honesto, solidário, que não virou a cara à luta quando outros, como Sócrates "assobiaram" para o lado. Hoje ninguém fala em Ferro Rodrigues.
Sócrates enganou os militantes e os portugueses.
Acabei por sair do PS, e assim me manterei enquanto Sócrates for o Secretário-Geral do Partido.
O comentário já vai longo, peço desculpa sr. Luis por este desabafo.
Mas se todos gostássemos do amarelo...:)
Um Abraço
Ainda bem que não gostamos, Carminda.
Respeito (mais faltava que não respeitasse) a sua tomada de posição. A minha, como sabe, é que ainda acredito nos Princípios do PS e não será um líder que me fará deixar de lutar pelo que acredito. E acredito também que ainda assim estaremos muito mais seguros de ver os nossos princípios serem minimamente defendidos com Sócrates do que com Ferreira Leite.
Sem papões, porque há muito que não os temo, penso que uma maioria de esquerda não bastará para que Ferreira Leite não venha a ser Governo caso o PS perca as eleições. É por isso que votarei no PS, foi isso que aqui quis deixar ficar claro.
pois eu só vou votar ps porque está lá o sócrates. sinceramente onde é que ele traiu o programa que apresentou em 2005? ou querem novamente regressar à política do guterres, do muito diálogo para não se fazer nada? (a não ser aquelas medidas de enorme despesa orçamental e que satisfaz materialmente toda gente)
por outro lado estou perfeitamente de acordo com o post: é um facto este governo foi muito melhor que o anterior.
por outro lado "gosto" dos ditos socialistas que acham que um partido marxista como o bloco é que defende os princípios do socialismo democrático (o dr. soares que responda a isto).
Concordo consigo Luis!Em todas as vírgulas. Este ministro,quer se queira quer não,foi o mais corajoso de todos,e o resto são lérias!
Amigo senhor Luís:
Também o meu voto será, como sempre PS.
Não vou contribuir para a vitória da execrável Manela e com alguns defeitos que lhe reconheço, gosto do Sócrates.
Caro Luís,
Lendo-o com regularidade, faz tempo que não deixo aqui qualquer tipo de comentário.
O que aqui vou deixar nada tem que ver com a substância do seu comentário (no essencial estou de acordo), mas outrossim com o quadro, pintura que escolheu para (?)...aqui falta-me a palavra.
Não percebo porque o escolheu.
Eu sou um "adito" de Renée Magritte e ver um quadro dele (talvez dos mais interpelativos...) associado a Manuel Ferreira Leite!
Não dá para entender.
Subscrevo-me, com toda a minha perplexidade.
José Albergaria
Zé Albergaria,
A figura reproduzida tem um significado especial porque foi a imagem de marca do Tugir em Português, meu Blog anterior.
A simbologia é por associação ao que se defendia nesse Blog e nada tem a ver com MFL, embora ache que ela também é um símbolo de ultra-surrealismo.
Fica feita a explicação.
Abraço
Caro Luís,
Fica sim senhor, mas que me doeu, lá isso doeu.
Se o quadro remete para o que no TUGIR você foi dizendo, a coisa, para mim, muda de figura.
Obrigado pela explicação.
Abraço,
José Albergaria
Caro Luís,
Li o seu post e os comentários aqui deixados.Sócrates foi uma desilusão, mas penso que já percebeu ter guinado demasiado à direita.Para além do desastre que foi quando passou pelo Governo, MFL, assim só o acrónimo basta, é uma encarnação salazarenta de recorte indisfarçável.Os que como ela andam por aí preparam-se para se lhe juntarem. Não quero, não, que o meu país regresse ao passado. Demito, obviamente, MFL de alcandorar-se a candidata a PM.O tempo não é para devaneios escorregadios.
A minha arma é o voto e este irá para o PS, por muitas contas que fiquem para ajustar depois.
Um abraço
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