Gosto pouco de lamber as feridas. Sei que é assim que os cachorros as tratam mas prefiro, neste caso, ser humano.
No entanto, há quem continue a entender que, por ter feridas que não cicatrizam, se deve continuar a enchê-las de baba. Espero que essas mazelas não culminem em gangrena.
Lê-se no da Literatura, VPV dixit, sobre o BE que: "Primeiro veio a campanha de Alegre, uma jornada sentimental absurda, que previsivelmente acabou num vexame."
Este "previsivelmente" de que VPV fala é tão previsível como todas as manipulações que ele e muitos outros fizeram nas televisões e jornais ao, invariavelmente, iniciarem as suas análises no período de campanha com um vago "o Cavaco já ganhou" e o "Alegre é o candidato do BE". Tanta vez o fizeram que os resultados foram aquilo que se viu tendo os eleitores deixado a decisão na mão de terceiros que fizeram eleger um Presidente previsível, mas por uma votação que, embora sem discussão de validade, não reúne a expressão nacional e representa o mal menor da direita. A "jornada sentimental absurda" a que VPN se refere foi uma acção da razão e só é absurda para ele e para os que como ele pensam. Se o BE, o PS ou o MRPP a apoiaram, nunca foram seus donos. Alegre sempre foi claro quando agradeceu os apoios explicando que, apesar deles, a base da sua candidatura resultava de uma plataforma de esquerda e pretendia, numa segunda volta, reunir todos os que defendiam um modelo social que incluisse o SNS, a educação pública e a segurança social.
Continuar a fazer, como VPN e outros, a colagem de Alegre ao BE é, além de desonesto e fantasioso, coisa difícil de "compreender por qualquer pessoa com QI acima de 50".
LNT
[0.043/2011]
No entanto, há quem continue a entender que, por ter feridas que não cicatrizam, se deve continuar a enchê-las de baba. Espero que essas mazelas não culminem em gangrena.
Lê-se no da Literatura, VPV dixit, sobre o BE que: "Primeiro veio a campanha de Alegre, uma jornada sentimental absurda, que previsivelmente acabou num vexame."
Este "previsivelmente" de que VPV fala é tão previsível como todas as manipulações que ele e muitos outros fizeram nas televisões e jornais ao, invariavelmente, iniciarem as suas análises no período de campanha com um vago "o Cavaco já ganhou" e o "Alegre é o candidato do BE". Tanta vez o fizeram que os resultados foram aquilo que se viu tendo os eleitores deixado a decisão na mão de terceiros que fizeram eleger um Presidente previsível, mas por uma votação que, embora sem discussão de validade, não reúne a expressão nacional e representa o mal menor da direita. A "jornada sentimental absurda" a que VPN se refere foi uma acção da razão e só é absurda para ele e para os que como ele pensam. Se o BE, o PS ou o MRPP a apoiaram, nunca foram seus donos. Alegre sempre foi claro quando agradeceu os apoios explicando que, apesar deles, a base da sua candidatura resultava de uma plataforma de esquerda e pretendia, numa segunda volta, reunir todos os que defendiam um modelo social que incluisse o SNS, a educação pública e a segurança social.
Continuar a fazer, como VPN e outros, a colagem de Alegre ao BE é, além de desonesto e fantasioso, coisa difícil de "compreender por qualquer pessoa com QI acima de 50".
LNT
[0.043/2011]
2 comentários:
Caro Luis
Excelente este seu post e a argumentação nele contida.
Trancrevi para o meu Blogue a quadra do "Aleixo" que nos diz que mesmo não atingidos, os objectivos não deixam de ser justos.
A mim não me preocupa muito o vómito de VPV. Preocupa-me sim quem pensa da mesma forma, mas não o diz... por ainda não ser politicamento correcto. Esperemos por Abril e talvez algumas linguas se soltem e se perceba melhor o fenónemo "Nobre"
Abraço
Toda a gente conhece o "soarismo" de VPV. No news there. O que de menos honesto talvez se possa dizer que está contido neste post é que o PS apoiou o Alegre. Sabes bem que não foi o caso. Eu até adorava uma câmara oculta na cabine de voto do José Sócrates. Isso sim, era tristemente previsível. Não por eu desejar a vitória de Alegre, longe disso. Mas expor a podridão do socratismo, como paradigma daquilo em que se tornou a partidocracia lusa.
Cidadania teria sido haver uma candidatura não bloqueada por Paulo Portas. Uma candidatura à direita de Cavaco. Isso tinha tido piada. Não te iludas. Cavaco ganhava à mesma, mas vocês tinham tido a 2ª volta que queriam, e os que como eu "estão na DIREITA" tinham rebolado de gozo com o mentecapto desonesto de Boliqueime a ir mais duas semanas correr o país. Ainda que no fim tivesse que votar nele. Olha, assim não tive.
E agora, PS?
Enviar um comentário