Mostrar mensagens com a etiqueta Comentadores. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Comentadores. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Decretos ilegítimos


Nunca deixo de me admirar com os decretos que são feitos por inqualificáveis comentadores.

Um, muito em voga e debitado por muitos, é que o povo português detesta maiorias absolutas.

Não se percebe muito bem com que base o decretam até porque “o povo” (que penso quererem referir “os eleitores”) nunca lhes deu procuração para debitarem tal e, inclusive, em 48 anos já demonstrou em 5 eleições que não é avesso a tal ideia.

Votou maioria absoluta na AD (em 1979 e em 1980), no PSD (em 1987), no PS (em 2005 e agora em 2022) e até elegeu um empate – falhou por 1 deputado - no PS (em 1999).

Outro decreto que agora vejo, leio e ouço com frequência é que a Comunicação Social se transformou num “vigilante” da democracia – muito gosta esta gente de polícias – quase ao nível do Presidente da República e da Assembleia da República sem terem qualquer pejo em distinguir o valor das palavras “garante” e “vigilante” e sem contemplações na distinção do que é eleito daquilo que não o é, bem como na explicitação do que é imparcial e do que é assalariado e claramente manipulador.

Andamos nisto, sendo que isto é tudo uma cegarrega.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2022]

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

do mimetismo

A pungência com que o Luís Delgado fala do "mimetismo" durante uma tarde inteira de estúdio na SICn é verdadeiramente mimética. Valha-nos o Espírito Santo, Alá, Jeová ou qualquer outra entidade superior, ou pessoa da Trindade.
LNT
[0.011/2015]

quinta-feira, 5 de junho de 2014

LIVRE de (para) escrever

Pegando em alguns comentários desta Barbearia, que curiosamente aparecem em alturas de guerra e que a maior parte das vezes não se destinam a comentar o que aqui deixo escrito mas aquilo que os comentadores entendem que eu devia escrever, faço uma puxada de um, que assim não foi, e esclareço (ando nesta dos esclarecimentos para ver se terminam as dúvidas e leituras mal feitas ou carregadas de juízos de intenção):

Nada tenho contra o LIVRE, nem contra qualquer outro Partido novo, velho, ou mais-ou-menos.

Nada tenho contra a existência de qualquer movimento, associação, obra de caridade, ou confissão religiosa. O que tenho é opinião própria e como quem escreve neste diário que me pertence sou eu próprio, com nome e assinatura reconhecida no notário (se necessário), junto letrinhas para tentar expor o que entendo.

Os Blogs têm a particularidade de não serem livros oficiais da quarta classe e por isso não são de leitura obrigatória, pelo que os seus acessos e leitura resultam do liberum voluntatis arbitrium.

Papoila

Aproveitando a boleia, aqui vai de novo para quem ainda tenha dúvidas:

Nada tenho contra o LIVRE. Nada tenho contra os militantes, simpatizantes e afins do Partido das papoilas, assim como nada tenho contra o MRPP, ou contra o Partido de que não me lembro o nome onde se hospedou Marinho e Pinto e que passou a ser mais importante do que o CDS/PP.

As minhas interrogações vão para militantes, simpatizantes e outros que ainda há 15 dias andavam com as papoilas às costas (sem segundas intenções, claro!) e que agora choram lágrimas de crocodilo por o PS ter tido uma vitória de Pirro em vez de se preocuparem com a insignificância de Hércules que o LIVRE obteve e que o fez ficar a milhas de eleger um deputado europeu para o Grupo Europeu dos Verdes.

De resto, até acho interessante que, à esquerda, apareçam forças que venham a permitir ao PS formar maiorias, como à direita o PSD faz com o CDS.

Fica a esperança de que o LIVRE se fortaleça e que deixe de se preocupar com a liderança do PS. Fica também a esperança de que o LIVRE seja um Partido independente onde as pessoas não se agrupem para tentar influenciar as escolhas que competem aos militantes (e agora aos simpatizantes, diz-se) do PS e se faça forte suficiente para ser capaz de melhorar a qualidade da esquerda portuguesa.
LNT
[0.212/2014]

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Quando os vencedores não o são porque só há perdedores (e predadores)

MagritteTudo parecia garantido, inclusive a pouca penalização nas eleições que se aproximam. O País governamentalizado roçava-se pelas paredes e esfregava-se preguiçosamente nas árvores rugosas no coça-coça da comichão das costas com a esperança de que, para além dos que se espreguiçavam pelos gabinetes do poder e pelas luzes dos tempos de antena que arregimentam, choveriam uns quantos votos a evitar a tal hecatombe que fizesse das europeias um sinal esmagador de descontentamento.

Aí, aparece Marcelo pelo lado dos não muito derrotados, a dizer que a derrota está mal calculada e que provavelmente a sondagem pouco penalizadora (como se os 3% a mais do principal partido da oposição não fosse uma valente sova porque representa mais três por cento do que a soma dos dois partidos que ainda gostam de ser chamados de maioria) não pode corresponder à realidade.

Aí, aparece pelo lado da oposição não muito vencedora a rapaziada de facção a defender teses da situação e a impingir a "não alternativa" para ver se a vitória esperada é tão frouxa que ainda reste hipótese de conseguir, apesar de uma vitória, a queda dos vencedores e a ascensão da facção no ano que vem.

Aí, nós a vê-los, nós a senti-los e nós a cheirá-los, nós com os bolsos vazios e sem a vidinha regalada da gente que nunca vê rua a não ser quando uma televisão os mostra numa loja de electrodomésticos, temos de lhes ser desobedientes e dizer que já basta o que basta e que andamos fartinhos do seu paleio estafado em letras de colunas pouco lidas ou de conversetas televisivas muito asseadas mas cada vez menos ouvidas.

A coisa vai ter de ir lá com aqueles que queremos, porque o nosso querer anónimo é o que manda e porque para o exercer basta um X confidencial e sem argumentos. Vai ter de ser só isto, embora saibamos que os engajados analistas hão-de fazer crer que, mesmo uns tendo ganho e os outros perdido, só houve derrotados.
LNT
[0.153/2014]

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Palhaçadas

PalhaçoSabe duma coisa, Miguel Sousa Tavares. A tontaria com que ontem disse na SIC que (cito de cor) "já não bastava pagar as pensões aos vivos como ainda ter de pagar as pensões dos mortos" (em relação às pensões de sobrevivência) é tão válida como o vendedor do seu jipe agora lhe retirar o pneu sobresselente por ter passado a entender que o carro que lhe vendeu só precisa de quatro pneus para andar (embora o preço que pagou incluísse o pneu sobresselente).

A pensão de sobrevivência é a garantia de que os agregados familiares não perdem tudo com a morte de um dos seus elementos. É parte integrante, tal como o pneu sobresselente é da sua viatura, do contrato acordado com quem se abona impreterivelmente com parte do seu vencimento mensal.

Imagino o que não o ouviríamos dizer se uma companhia de seguros com quem tivesse feito um PPR não lhe pagasse o prémio acordado.
LNT
[0.364/2013]

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Limpinho

Tachos furnasAs homilias televisivas dos fins de semana recorrem cada vez mais aos ensinamentos do Apocalipse. É pena porque, entre um ex-pretendente a Primeiro-Ministro, um ex-pretendente a qualquer coisa (fosse Governo, Poder Local ou nadador-salvador) e um ex-Primeiro-Ministro, poderia haver massa crítica mobilizadora de vontades para se dar a volta a isto.

A questão, é limpinho, é que nenhum deles está ali para apontar caminhos ou incutir esperança e todos têm em comum a ânsia de protagonismo que imaginam ainda os poder guinar a passeios celestiais pelo paraíso em que vivem.

É limpinha a forma como trazem recados sem consequência, uns disfarçados de arbustos, os outros disfarçados de moitas e os outros disfarçados de silvas ferozes. Serve-lhes tudo, desde o anúncio de reuniões da competência do malfadado Presidente eleito pela abstenção, desde o repisar de frustrações (que para o efeito não aquecem, nem arrefecem) até ao jogo do tudo e o do seu contrário para que nunca falhe.

Nenhum deles aponta luz, nenhum explica porque é que Gaspar não se dirige aos portugueses em alemão, nem qualquer um ajuda a perceber a técnica que usa o Primeiro-Ministro para não gargalhar de gozo sempre que anuncia nova porrada ao País.

É limpinho que precisamos de mudar de elenco e de guião. Já não nos bastava termos de aturar os efectivos, ainda temos de apanhar com os reservistas.

Não resta pachorra.

É limpinho que só Jesus se salva neste purgatório de mortos-vivos e zombies pós-jogo que povoam as televisões aos fins-de-semana.
LNT
[0.092/2013]

segunda-feira, 12 de março de 2012

Poupem-nos

Cavaco desfocadoA única coisa que me surpreende nos defensores do preâmbulo de Cavaco é que ainda tentem argumentar com algo positivo sobre as razões que o levaram, quando faltam quatro anos para concluir o mandato, a mais este momento zen da política portuguesa.

Sabemos que temos de aturar um Presidente da República de só alguns portugueses, como ele próprio fez questão de o vincar nos seus discursos de vitória e de posse, sabemos que o homem está convencido de que é superior aos seus concidadãos e que julga que o facto de ter ganho eleições o transforma numa espécie de espectro arrogante de patamar superior, sabemos que ele entende não ter de responder às questões que lhe são colocadas por julgar que os seus tabus e as suas omissões são suficientemente claras e, como sabemos tudo isso e nos resignamos, prescindimos do acrescento de conteúdo que as suas fieis muletas tentam acrescentar à ausência de pensamento, ao ressabiamento e à falta de princípios.

Até mesmo a tarefa de o tentar ajudar a cumprir este mandato com alguma dignidade se revela impossível pela má qualidade de carácter e pela incapacidade de discernimento.

Poupem-nos, por favor.
LNT
[0.164/2012]

sábado, 16 de abril de 2011

Comentários

BarbeiroTal como há uns meses atrás, este blog tem sido objecto dos comentários mais estranhos, mais publicitários, spam e do pior gosto, normalmente objecto da cobardia de quem, servindo-se do anonimato, se entretém com ataques e ofensas.

Dá muito trabalho ter de monitorizar toda essa actividade e tenho tido o tempo demasiado ocupado para o poder perder com esse tipo de actividades.

Sempre que as audiências crescem ou se aproximam campanhas eleitorais estas situações repetem-se. Como na minha ideia de manter este espaço não se inclui a perda de tempo com este tipo de actividades, passo a optar, pelo menos durante algum tempo, por manter os comentários mas submetê-los a aprovação prévia.

Foi coisa que sempre evitei ao longo dos muitos anos que tenho de blogosfera por respeito a quem me visita. Não se trata de concordância ou desacordo, porque isso faz parte das regras de quem publica em blogs. Antes é uma decisão que se destina a poupar os meus leitores e a mim próprio.
LNT
[0.130/2011]

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Gangrenas

Cão com colarGosto pouco de lamber as feridas. Sei que é assim que os cachorros as tratam mas prefiro, neste caso, ser humano.

No entanto, há quem continue a entender que, por ter feridas que não cicatrizam, se deve continuar a enchê-las de baba. Espero que essas mazelas não culminem em gangrena.

Lê-se no da Literatura, VPV dixit, sobre o BE que: "Primeiro veio a campanha de Alegre, uma jornada sentimental absurda, que previsivelmente acabou num vexame."

Este "previsivelmente" de que VPV fala é tão previsível como todas as manipulações que ele e muitos outros fizeram nas televisões e jornais ao, invariavelmente, iniciarem as suas análises no período de campanha com um vago "o Cavaco já ganhou" e o "Alegre é o candidato do BE". Tanta vez o fizeram que os resultados foram aquilo que se viu tendo os eleitores deixado a decisão na mão de terceiros que fizeram eleger um Presidente previsível, mas por uma votação que, embora sem discussão de validade, não reúne a expressão nacional e representa o mal menor da direita. A "jornada sentimental absurda" a que VPN se refere foi uma acção da razão e só é absurda para ele e para os que como ele pensam. Se o BE, o PS ou o MRPP a apoiaram, nunca foram seus donos. Alegre sempre foi claro quando agradeceu os apoios explicando que, apesar deles, a base da sua candidatura resultava de uma plataforma de esquerda e pretendia, numa segunda volta, reunir todos os que defendiam um modelo social que incluisse o SNS, a educação pública e a segurança social.

Continuar a fazer, como VPN e outros, a colagem de Alegre ao BE é, além de desonesto e fantasioso, coisa difícil de "compreender por qualquer pessoa com QI acima de 50".
LNT
[0.043/2011]

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Da degradação

Pacheco PereiraMais uma vez estou de acordo com Pedro Correia. O ódio e a traquinice grosseira de Pacheco Pereira tornam-no no comentador mais desrespeitado da nossa actualidade.

Os longos anos de inconsequências de JPP e a capacidade de escarrar venenos sem se engasgar, sempre lhe foram perdoados pelo reconhecimento da capacidade argumentativa e por aquilo que faz profissionalmente.

Mas Pacheco Pereira parece agora à beira do colapso pelo olhar raivoso com que enfrenta as câmaras, pelo constante desrespeito de tentar sobrepor a sua voz à dos seus pares e pelo ódio que transpira e lhe tolda a razão.

O recalcamento e a frustração podem transformar um homem brilhante naquilo que todos nós, que ainda vamos assistindo à Quadratura do Círculo, vimos ontem na televisão.
LNT
[0.739/2009]

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O espantoso mundo da mediacracia portuguesa

SapatosNão deixou de ser curioso observar os milhentos comentários ontem proferidos nas televisões sobre a composição do novo Governo.

Politicamente
o interesse recaiu sobre as declarações de todos os Partidos com representação parlamentar que pareciam alheados do facto de se terem realizado eleições em Portugal e dos eleitores terem escolhido o PS para governar com o programa eleitoral com que se apresentou. As expressões mais interessantes relacionaram-se com a estranheza manifestada por se ter mantido o núcleo duro político do Governo e de que se pretendesse dar continuidade às políticas anteriores do, imagine-se, partido mais votado. Como se os projectos não tivessem sido validados pelos eleitores, como se os resultados eleitorais não obrigassem ao cumprimento do programa eleitoral. O que diriam/dirão caso alguma das cláusulas do Programa não venha a ser implementada? Fica-me de memória a patética expressão de censura por este Governo não se apresentar com um corpo que indicie ruptura com a política do último Governo.

Politologamente o interesse recaiu sobre a chusma de comentadores polivalentes que tudo sabem desde a gestão das polícias até à navegação aérea, passando pela engenharia informática e pelo cálculo científico. Esses espantavam-se pela quantidade de socialistas, ou independentes mas da área socialista, que tinham sido recrutados para Ministros. Para eles parecia que as eleições legislativas tinham sido para escolher a cor dos sapatos da cinderela e que o normal seria que um Governo do Partido Socialista integrasse os seus adversários políticos e se regesse pelos programas eleitorais derrotados.
LNT
[0.677/2009]

sábado, 23 de maio de 2009

Manuelas

Alguém tinha de lhe dizer o que muitos milhares pensam mas que não conseguem fazê-lo porque Manuela Moura Guedes ataca escondida atrás de um vidro.

Marinho Pinto é desbocado, felizmente.

Restam poucos desbocados, nesta terra de recados, que tenham coragem para dizer cara a cara e perante toda a gente o que têm para dizer.

Manuela, por muito que arregale os olhos, não consegue ter razão.
LNT
[0.402/2009]

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Botão Barbearia[0.350/2008]
O cúmulo do azar
Luta de galos
É um programa de actualidade política como a Quadratura do Círculo (que hoje estreou António Costa) ser em diferido falhando assim o comentário à demissão do líder da oposição, ainda para mais contando, entre os seus comentadores, com um dos maiores críticos à actual liderança do PSD.
LNT

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.103/2008]
Carreira de tiro

PokerE agora, senhoras e senhores, chegou a hora do ajuste de contas.

Depois dos mil falhanços no concurso "adivinha quem sairá" dedicado à primeira divisão, chegou a hora das apostas para a substituição dos da divisão de honra (os adjuntos, como diria S.Exª).

Sabendo-se que os seniores saíram a pedido, o que gerou muitos erros de pontaria e não se sabendo os critérios para ajuste dos juniores, afinem-se as teleobjectivas.

Ainda um dia hei-de contabilizar os tiros ao lado, por atirador.
LNT

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.026/2008]
Recados

Portugal West CoastNesta Barbearia faz-se de tudo (já tinham dado por isso?) e como a ideia é satisfazer o cliente mais afoito aqui vão dois recados que me deixaram na caixa de correio:

1 – Do JPT, da Ma-Shamba, de quem sou mandatário para a lusofonia.
JPT, fumador de muitos cigarros, irritou-se com a proibição total de fumar na Portela (quando a coisa passar para a OTA vai passar-lhe). Sugere que haja uma sala de fumo condigna com a nossa qualidade de bons anfitriões, donos dos ALLGARVES e publicitários de cousas boas como sugerido na campanha West Coast.
Justifica aqui e avança com uma petição ali.
O barbeiro já comprou e assinou.

2 – De não sei quem, porque não se identificou, mas que imagino quem seja.
Pede que os interessados visitem o Blog Apoios QREN. Como parece haver por aqui alguns que gostam da matéria, fica feito.

Recados dados (coisa para repetir poucas vezes), boa nôte.
LNT
Rastos:

USB Link-> Ma-Shamba - Justificação;
-> Petição sala de fumo na Portela;
-> Ma-Schamba;
-> Blog Apoios QREN.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.022/2008]
Meus caros clientes Redexpo e Luis Filipe

Nada tenho contra Obama, como poderão imaginar e não irei votar nele, nem em nenhum dos outros candidatos. Infelizmente não estou recenseado nos EUA.

É difícil tentar acompanhar o pensamento do eleitorado americano sem se conhecerem os povos que o compõem e por isso é indispensável seguir todos os sinais que, em cada estado, estas primárias nos darão. Não existem passadeiras vermelhas nas presidenciais norte-americanas.

Clinton - Hillary, Bill, ChelseaNo entanto é sabido que se votasse, o faria em Hillary, por variadíssimas razões, muitas delas pelo conhecimento resultante do acompanhamento que tenho feito da sua actividade ao longo dos anos (incluindo no tempo em que era primeira-dama).

Obama parece-me plástico, o que não quer dizer que tenha plasticidade. A plasticidade terá de ser intuitiva e parece-me que a imagem que transmite é de encenação. Esta é a minha opinião de momento, que poderá alterar-se à medida da evolução das coisas principalmente sempre que ele for confrontado com situações fora do guião que lhe desenharam. Para já vejo em todos os seus gestos a teatralidade que parece ter tomado conta dos governantes em voga. Reconheço-lhe estilo, boa imagem e o papel bem decorado mas como não lhe conheço nada de construído para além de bons discursos, terei de observar melhor e com mais tempo.

Quanto às duas dificuldades relativas a Obama apresentadas pelo meu amigo Redexpo, dir-lhe-ia estas três coisas que sei ele saber:

1 - Nos EUA os preconceitos contra as mulheres são superiores aos resultantes da cor da pele. Aos "pretos" ainda se desculpa alguma coisa mas às mulheres não, principalmente se os julgamentos forem feitos por outras mulheres;

2 – Obama é só meio afro-americano (linguagem gringa). Isso vai-lhe ser desfavorável na comunidade afro-americana radical e na branca conservadora. Cá estaremos para ver o que representará na comunidade espânica;

3 – Não vejo em parte alguma que se possa misturar Obama com a comunidade Muçulmana (nem essa ascendência, se a tem, implica o que quer que seja). Barack, segundo o seu curriculum, é membro da Trinity United Church of Christ.


Barack ObamaComo diz o cliente Luis Filipe, a procissão ainda vai no adro. No entanto, meu caro, sobre Carrilho e sobre as imagens de família, dir-lhe-ei que as capacidades e a cultura de Carrilho são muito superiores àquilo que foi vendido. Manuel Maria cometeu o pecado da vaidade o que o pôs a jeito para depois ser assassinado, incluindo com câmaras quase ocultas, conforme se lembrará. Se ele tivesse posto no seu site uma fotografia com a cabeça encostada à de Bárbara e com o Diniz deitado no colo imagino o que se não teria dito.

Como o meu caro Luís Filipe diz, não há nada de censurável no site de Obama, assim como também nada vi de censurável no filme de apresentação da candidatura de Carrilho e no entanto o que se sucedeu ao filme foi o espectáculo de crítica lamentável de que todos se lembram. Enfim, o habitual dois-pesos-e-duas-medidas da argumentação portuguesa.

Ainda não foi desta que me pronunciei sobre as ofertas políticas dos dois candidatos. Parece-me cedo para o fazer e para já não lhes conheço diferenças de monta.

No entanto aquilo que já foi dito anda longe de não se saber distinguir o acessório do fundamental porque em eleições o que é fundamental é ganhá-las e elas ganham-se também (ou até mesmo, principalmente nos EUA) com algumas das coisas acessórias que foram aqui abordadas.
LNT
Rastos:
USB Link-> About Hillary;
-> Meet the Obama's;
-> Trinity United Church of Christ;
-> Comentários ao texto 0.019/2008;
-> Suspeitix.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Botão Barbearia[0.405/2007]
Imorais

SalHá comentários que identificam bem quem os faz.

Um tal All-facinha anónimo, como não podia deixar de ser, e artista na arte de meio-pensar já demonstrada em comentários anteriores resolveu deixar no texto sobre o assassinato de Benazir Bhutto o seguinte:

«Quem a matou também morreu, também lutou pelos seus ideais e pelas suas convicções. Também não deixou que o medo, os medos, lhe tolhessem a vontade. O seu exemplo também vai fazer escola. Cobardia?»

A imoralidade do comentário onde confunde assassinato com suicídio, vítima com criminoso, convicção com alucinação e cobardia anónima com coragem identificada, diz tudo.

É com esta matéria imoral que se moldam os terroristas.
pqp
LNT

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Botão Barbearia[0.353/2007]
Interactividades

Tal como prometido aqui ficam as minhas respostas aos comentários feitos no texto 0.350/2007 .

Comentador Luís
Não existe nem esquizofrenia, nem dualidade, mas sim um raciocínio lógico que não se compagina com a sua técnica de retirar extractos do contexto com o intuito de concluir o que lhe interessa. Os textos estão publicados (o 346 e o 350) e se os quiser reler até ao fim, o que lhe não será difícil por serem curtos, verificará que o que se pretende é alertar para o facto de ser necessário acompanhar a forma com o conteúdo.

A política feita imagem pode enganar muitos durante algum tempo mas a realidade acaba sempre por se sobrepor.

Não me pareceu muito difícil de entender, até porque não estou aqui para politiquice, mas para expressar a minha perspectiva.

Carminda
Ainda bem que subscreve. Significa que não estou sozinho na reflexão.

Lutz
Acho que se devia fazer a Cimeira.
Entendo o que Willy Brandt afirmou e percebo o que me tenta dizer, mas:

Fazer a cimeira não significava andar com os bandidos e os terroristas ao colo. Quem merecia sorrisos deveria tê-los tido, quem os não merecia devia ter tido provas de repúdio pelos seus actos.

O que não se poderá continuar a fazer é tratar todos de igual forma e não fazer sentir aos bandidos que a sua acção não será mais tolerada. Não pense sequer que me estou a referir a blocos (Europa ou África) porque existe, e esteve cá, quem em África seja tão bom ou melhor do que alguns europeus.

Chamo-lhe a atenção para a declaração final que não faz uma única referência aos genocídios, assassinatos e toda a espécie de afrontas aos direitos humanos, actos da directa responsabilidade de alguns dos presentes na Cimeira que assim evitaram a responsabilização dos seus actos.

Espero que esta Cimeira não tenha servido para que esses bandidos ainda levem para a sua terra a propaganda de que os outros povos com quem se reuniram aprovam a sua acção (do género de propaganda que Chavéz usou na sua campanha eleitoral quando afixou em Caracas uma fotografia com Sócrates ao lado).

Alentejodive
Oxalá tenha razão no seu último parágrafo. Sobre a presença de uns e outros já expliquei a minha posição na resposta a Lutz.

Sobre a falsa questão de se ter realizado a Cimeira para chamar a atenção do Mundo para um assunto que devia ser uma questão prioritária da sua agenda (e que não consta da agenda da cimeira), parece-me estar tudo esclarecido na Declaração final.

Inês
Tento manter a coerência, embora reconheça que nem sempre seja fácil.
Agradecido pelo apoio.

Cristina
Nem sempre podemos estar de acordo e mantenho o desacordo. Só entendia que se tivessem recebido os facínoras (sem aspas) se fosse para lhes demonstrar que o eram. Não me parece bem, por exemplo, que um assassino terrorista tenha sido recebido com o destaque e as honras com que se recebeu Khadaffi.

Raul
Não tenho meio de fazer a medição do que me diz. No entanto a História é a História e não pode ser alterada. O que se deve é aprender com os erros do passado para não os cometer no presente e no futuro.

A todos agradeço a participação, concordante e discordante.
Ao não identificado Luís, proponho-lhe que seja mais honesto nas apreciações e que expresse as suas ideias em vez de transcrever as de outros.
LNT
Rastos:
Link - Forum Cidadania
Link - Quase em português
Link - Atribulações Locais
Link - Prazeres Minúsculos
Link - Contra Capa
Link - Insinuações
Link - Declaração Final da Cimeira UE/África

domingo, 18 de novembro de 2007

Botão Barbearia[0.282/2007]
Pardalices

PardalO meu comentador e amigo Zé Redexpo anda preocupado, com razão, pelo despedimento da menina Karlynha. Já o descansei informando que ela ainda não foi despedida, mas só consta da lista de excedentes, que é como quem diz, está à prova e não faz parte das estatísticas do desemprego para não incomodar o nosso Primeiro que consegue ver, onde ninguém vê, mais de uma centena de milhar de postos de trabalho criados nos últimos tempos.

Pardalices!

Mas mesmo fino que nem um pardal anda o nosso vizinho Rui do Adufe que aproveita para anunciar mais um deputado na Blogos (Marcos Sá).

Mais um new look para o sempre bom conteúdo do Adufe. Pela imagem constata-se que os pardais das Beiras continuam anafados.
LNT
Rastos:
Link - Adufe 4.0
Link - Marcos Sá