Não farei campanha.
Foi uma jura que fiz a mim próprio no dia em que afastaram
António José Seguro com os votos do
BE e de um outro Partido fabricado na altura (julgo que o nome era “o Livre”) do lugar para que os militantes do
Partido Socialista haviam eleito Seguro.
Diga-se em abono da verdade que só foi possível esta jogada porque alguém muito néscio na equipa do Seguro inventou aquela coisa do voto alargado a não militantes, coisa que havia de ser bonito de ver acontecer, p.e., nas eleições dos corpos directivos do Benfica deixando que os Sportinguistas ou os Portistas votassem em igualdade (ou vice-versa).
Mas votarei, como sempre fiz, no
Partido Socialista.
Continuo a rever-me na sua Declaração de Princípios, coisa em que nenhuma outra me consigo fazer rever por inteiro.
E votarei com a intenção de que o PS obtenha a maioria absoluta, embora isso não dependa de mim.
E esta minha declaração pública não se deve à revelação do segredo de lençóis que
Catarina Martins revelou a meia dúzia de dias de se realizarem as próximas eleições, até porque sei que ela não o fez para chatear o
António Costa mas sim para poder retirar o protagonismo ao
PCP da construção de uma solução (coxa e imberbe, no meu entender, porque não responsabilizou os agentes dessa solução obrigando-os a serem parte activa do governo da Nação), mas porque, tal como
Manuel Alegre sugeriu no
o Público, as aberturas em política só têm validade quando são feitas em público e perante os eleitores, como o fez
Jerónimo de Sousa na noite eleitoral, e não nas costas (e ainda para mais no segredo anterior à abertura das urnas de há quatro anos) enganando vergonhosamente aqueles que foram votar sem saber que iriam votar numa solução para a qual não estavam alertados.
Para além do mais sou um fervoroso apoiante da alternância do poder e sei que ela só poderá acontecer
se o Partido Socialista obtiver maioria absoluta pois, caso contrário, o PS manter-se-à eternamente na governação e o BE e o PCP no poder, desde que o Partido Socialista ceda às minorias que o ajudam a aprovar os Orçamentos do Estado o protagonismo de parte (e ainda por cima da parte de leão) das benfeitorias que tem promovido e que têm levado os portugueses a viverem de novo a par das suas possibilidades (as tais que
Passos Coelho dizia estarem acima daquilo a que eles tinham direito).
E assim, sem entrar em campanha, fica feito o meu manifesto eleitoral.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.009/2019]