
Sabe duma coisa,
Miguel Sousa Tavares. A tontaria com que ontem disse na SIC que (cito de cor) "
já não bastava pagar as pensões aos vivos como ainda ter de pagar as pensões dos mortos" (em relação às
pensões de sobrevivência) é tão válida como o vendedor do seu jipe agora lhe retirar o pneu sobresselente por ter passado a entender que o carro que lhe vendeu só precisa de quatro pneus para andar (embora o preço que pagou incluísse o pneu sobresselente).
A
pensão de sobrevivência é a garantia de que os agregados familiares não perdem tudo com a morte de um dos seus elementos. É parte integrante, tal como o pneu sobresselente é da sua viatura, do contrato acordado com quem se abona impreterivelmente com parte do seu vencimento mensal.
Imagino o que não o ouviríamos dizer se uma companhia de seguros com quem tivesse feito um PPR não lhe pagasse o prémio acordado.
LNT
[0.364/2013]
5 comentários:
O problema do Miguel Sousa Tavares é ser verdadeiro o velhinho ditado: "dois que se deitam no mesmo colchão, levantam-zse com a mesma opinião".
Começo a desconfiar que em Portugal grassa um vírus esquisito, porque as pessoas dizem coisas inacreditáveis.
(Mais ou menos a propósito: há alguns anos um amigo alemão falava dessa pensão de sobrevivência, mas em termos completamente diferentes. Note-se que na Alemanha se espera que a mulher fique em casa a criar os filhos, e que o homem assegure o sustento da família. O que torna normal que depois da morte do homem a sociedade cuide da mulher. Dizia o meu amigo: se o homem morre, a mulher recebe uma percentagem da sua reforma, o que é lógico, porque já só é preciso sustentar uma pessoa. Mas se a mulher morre, o homem continua a receber a sua reforma por inteiro, apesar de a situação ser igual: já só há uma pessoa para sustentar. É preciso corrigir esta desigualdade.)
É um vírus que grassa e que não tem qualquer graça.
(Mais ou menos a propósito: que pena o marido da senhora Merkel não tenha seguido aquilo que a Helena diz que na Alemanha se espera para as mulheres.) :)
O marido da Merkel devia ficar em casa?! Pô-la a trabalhar ainda mais para sustentar a família? Ó Luís, tenha lá cuidado com o que deseja - se ela trabalhasse ainda mais, o sul desgraçava-se de vez...
;-)
Agora, a sério: estou muito curiosa para ver quem vai ser o ministro das finanças do novo governo. Espero que arranjem outro!
A sua frase, Helena, foi:
"Note-se que na Alemanha se espera que a mulher fique em casa a criar os filhos, e que o homem assegure o sustento da família."
Foi isto que foi pena que não tivesse acontecido, embora eu mantenha aquilo que sempre disse, isto é, por muito má que a senhora seja para a Europa do Sul o problema é dos lideres dessa Europa do Sul.
(Isso do novo ministro das finanças é em Portugal ou na Alemanha?)
Enviar um comentário