Cavaco é perito nesta linguagem de trapos e se não foi ele que inventou o termo “cooperação estratégica” não deve ter andado muito longe de a ter ensaiado quando andou a passear por Angola há três ou quatro anos.
Agora o ditador angolano aproveitou a deixa e, no seu discurso à Nação angolana, elevou a fasquia e meteu a “cooperação estratégica”, seja lá o que isso for porque nunca foram enunciados os requisitos bilaterais de tal coisa, num pedestal para a fazer farol que ilumine os caminhos por onde nos é imposto andar.
As relações com Angola nunca foram flor que se cheirasse (até com os vistos sempre foi aquilo que se viu) mas há entre angolanos e portugueses interesses que vão muito para lá da mera cortesia e dos salamaleques da “cooperação estratégica”. Esses interesses que ultrapassam o sentido diplomático de cooperação entre Estados soberanos exigem mútuo respeito pelas leis que regem cada um desses Estados sendo de evitar desvios com laivos de subalternidade.
Cumpre-se assim o que aqui disse na altura em que Machete fez o lindo serviço de rebaixar a nossa democracia de poderes separados perante os senhores de Angola:
LNT
[0.381/2013]
Agora o ditador angolano aproveitou a deixa e, no seu discurso à Nação angolana, elevou a fasquia e meteu a “cooperação estratégica”, seja lá o que isso for porque nunca foram enunciados os requisitos bilaterais de tal coisa, num pedestal para a fazer farol que ilumine os caminhos por onde nos é imposto andar.
As relações com Angola nunca foram flor que se cheirasse (até com os vistos sempre foi aquilo que se viu) mas há entre angolanos e portugueses interesses que vão muito para lá da mera cortesia e dos salamaleques da “cooperação estratégica”. Esses interesses que ultrapassam o sentido diplomático de cooperação entre Estados soberanos exigem mútuo respeito pelas leis que regem cada um desses Estados sendo de evitar desvios com laivos de subalternidade.
Cumpre-se assim o que aqui disse na altura em que Machete fez o lindo serviço de rebaixar a nossa democracia de poderes separados perante os senhores de Angola:
“o que esta gente não percebe é que aqueles perante quem se agacham são os mesmos que nunca se agacharam perante os portugueses (nem antes, nem depois da independência) e que se entendessem o que é dignidade percebiam também que, até perante eles, ficam mal vistos”Andar no Mundo de chapéu na mão e de cabeça baixa só pode dar nisto.
LNT
[0.381/2013]
2 comentários:
A cooperação está perfeita no "trevo" fotográfico.
Estou a ver que estas três, são cús para toda a obra!
Já as vi aqui n'outro artigo.
Eheheh
PS: Não ligue, hoje apetecia-me dar bordoada em tudo que bulisse contra a minha vontade.
Janita
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