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terça-feira, 29 de março de 2016

Deixem-se de merdas

Libertação de prisioneiros políticos

Não sei se escrever merda é uma falta de educação neste Portugalinho cada vez mais correcto, amistoso, menos crispado e principalmente a tender para o consensual e afectuoso.

Mas seja, ou não, escrevo que é bom que se deixassem de merdas do tipo "à justiça o que é da justiça" e de outras merdas semelhantes quando querem esconder o cinismo e não se pronunciam sobre o julgamento político que foi feito em Angola contra a liberdade de opinião.

É que a justiça só é justiça em democracia e Angola, que se saiba, anda longe, muito longe desse regime.

Seria como se os povos estrangeiros não se tivessem pronunciado quando, em Portugal, se prendiam as pessoas por delito de opinião no tempo da outra senhora alegando que não se queriam imiscuir na "justiça" de um Estado Soberano.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2016]

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cooperação estratégica

RabosCavaco é perito nesta linguagem de trapos e se não foi ele que inventou o termo “cooperação estratégica” não deve ter andado muito longe de a ter ensaiado quando andou a passear por Angola há três ou quatro anos.

Agora o ditador angolano aproveitou a deixa e, no seu discurso à Nação angolana, elevou a fasquia e meteu a “cooperação estratégica”, seja lá o que isso for porque nunca foram enunciados os requisitos bilaterais de tal coisa, num pedestal para a fazer farol que ilumine os caminhos por onde nos é imposto andar.

As relações com Angola nunca foram flor que se cheirasse (até com os vistos sempre foi aquilo que se viu) mas há entre angolanos e portugueses interesses que vão muito para lá da mera cortesia e dos salamaleques da “cooperação estratégica”. Esses interesses que ultrapassam o sentido diplomático de cooperação entre Estados soberanos exigem mútuo respeito pelas leis que regem cada um desses Estados sendo de evitar desvios com laivos de subalternidade.

Cumpre-se assim o que aqui disse na altura em que Machete fez o lindo serviço de rebaixar a nossa democracia de poderes separados perante os senhores de Angola:
o que esta gente não percebe é que aqueles perante quem se agacham são os mesmos que nunca se agacharam perante os portugueses (nem antes, nem depois da independência) e que se entendessem o que é dignidade percebiam também que, até perante eles, ficam mal vistos
Andar no Mundo de chapéu na mão e de cabeça baixa só pode dar nisto.
LNT
[0.381/2013]

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Botão Barbearia[0.683/2008]
De Cabinda ao Cuando-Cubango Angola - Bandeira(act.)

Não deixa de ser revelador a falta de interesse que as eleições Angolanas despertam na comunicação social portuguesa.

DosSantos, paladino milionário da democracia africana, é bem o exemplo do chefe de estado respeitado pelo ocidente por dirigir uma democracia musculada que realiza eleições de 16 em 16 anos. As migalhas de generosidade que oferece à oposição justificam o silêncio psdêiano do jornalismo português sobre a campanha eleitoral angolana que decorreu no último mês.

Petróleo é como pão para a boca e o pão manda muito, até para quem tem por missão noticiar o que se passa no Mundo. Dos 34 Partidos concorrentes sabem-se vagas notícias do MPLA e menos da UNITA, o que é manifestamente pouco se considerarmos que Angola é a mais importante potência de Língua oficial portuguesa do continente africano.
LNT

ET. Foi há pouco informado (19:30 h) de que muitos Órgãos da Comunicação Social portuguesa (Público, Visão, SIC, etc.) não conseguiram obter o visto para fazerem a cobertura das eleições angolanas.

Como digo no texto, DosSantos é o paladino da democracia africana, um exemplar democrata... Estas eleições prometem.