terça-feira, 29 de março de 2016

Deixem-se de merdas

Libertação de prisioneiros políticos

Não sei se escrever merda é uma falta de educação neste Portugalinho cada vez mais correcto, amistoso, menos crispado e principalmente a tender para o consensual e afectuoso.

Mas seja, ou não, escrevo que é bom que se deixassem de merdas do tipo "à justiça o que é da justiça" e de outras merdas semelhantes quando querem esconder o cinismo e não se pronunciam sobre o julgamento político que foi feito em Angola contra a liberdade de opinião.

É que a justiça só é justiça em democracia e Angola, que se saiba, anda longe, muito longe desse regime.

Seria como se os povos estrangeiros não se tivessem pronunciado quando, em Portugal, se prendiam as pessoas por delito de opinião no tempo da outra senhora alegando que não se queriam imiscuir na "justiça" de um Estado Soberano.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2016]

1 comentário:

Anónimo disse...

É que a justiça só é justiça em democracia e Angola, que se saiba, anda longe, muito longe desse regime.

Seria como se os povos estrangeiros não se tivessem pronunciado quando, em Portugal, se prendiam as pessoas por delito de opinião no tempo da outra senhora alegando que não se queriam imiscuir na "justiça" de um Estado Soberano.

Desengane-se: tenho 60 anos e no tempo da tal outra senhora eu sabia com que contar. Após a morte da tal senhora que foi quem deu algum are de graça a este país eu fui: em 28 Abril de 1974 ameaçado com prisão pelo comandante de uma unidade; o quartel do Campo Grande foi encurralado por duas chaimites porque os militares tiveram opinião contrária ao regime; em 24 de Setembro de 1974 fui detido pela PM de Angola, porque andava de calças fora das botas; em 2010 sou penalisado pelo TRibunal português em 150 dias de multa a 10 €/dias, mais indemnização de 1000€ a um pseudoofendido por ter enviado um mail aos meus camaradas e dito que não colaborava com individuos de grau de nteligência inferior à minha... etc,etc