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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Abaixo os do Restelo, pim!



Conheço o Pedro Correia do muito que lhe tenho lido na bloga ao longo de, talvez mais, uma dúzia de anos. Certamente mais anos ainda, contabilizando o que já lhe lia nos jornais.

Isso basta-me para dizer que o conheço e que por ele tenho elevada estima que vai muito para lá de qualquer divergência ideológica ou política o que, aliás, nunca foi condição para que estabeleça laços de amizade.

Ontem voltei a encontrá-lo na Almedina do Saldanha na apresentação da primeira colectânea de textos do Blog Delito de Opinião e repetimos o abraço que há uns anos havíamos trocado quando me convidou para a apresentação de um livro da sua autoria sobre o (des)Acordo Ortográfico.

A bloga tem destas coisas e, principalmente, a bloga feita por pessoas que se respeitam nas concordâncias e nas divergências é um meio maior de civilidade e de cidadania.

Vamos para velhos, mas tal como disse o Pedro Correia no breve comentário (até na brevidade do discurso ele demonstrou ser boa gente), nunca seremos velhos do Restelo.

A toda a equipa do Delito deixo um abraço e, já agora, não deixem de comprar a colectânea escrita na linguagem escorreita que há muito nos habituou a trupe do Delito.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.011/2018]

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Delito de Opinião em Crowdfunding

Os livros são como as cerejas e, tal como as cerejas, ficam caros.

A © Bookbuilders conseguiu forma de os publicar sem que os autores, para além do seu esforço, ainda tenham de investir para os dar ao prelo.

O nosso vizinho Delito de Opinião entrou no projecto e, em sistema de crowdpublishing, prepara-se para lançar em Fevereiro uma antologia de textos publicados desde 2009, ano em que o Pedro Correia e restantes autores fundaram o Blog.

Fui convidado para participar no sistema que, como se sabe, reside na compra antecipada de exemplares (a que chamam doação) para conseguir um número suficiente de encomendas (e dinheiro) que levem o editor a imprimir o livro e a proceder à sua distribuição. Não é a primeira vez (possivelmente nem a décima primeira), que entro em esquemas semelhantes para auxiliar publicações. As explicações mais correctas sobre o processo podem ser lidas aqui.

Se os livros são como as cerejas devem ser apoiados na sua feitura para que se comam uns atrás dos outros. Se os textos desses livros têm a qualidade de alguns-muitos que já li no Delito de Opinião, então trata-se de cerejas gordas e suculentas

O processo é simples.

Clica-se no endereço aqui, seguem-se os passos indicados e, por 12,5 Euros, fica-se a aguardar que o livro chegue a casa. Se os objectivos não forem atingidos devolvem-lhe o dinheiro.

Ficamos todos a ganhar.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.077/2017]

terça-feira, 16 de maio de 2017

Arte urbana


Ao irrecusável convite de Pedro Correia, que reabre a porta do DELITO DE OPINIÃO aos seus camaradas dos blogs seis anos depois, respondo presente
embora os anos tenham feito rarear a vontade de escrever na Barbearia onde já desunhei imaginação, a torto e a direito, para suavizar olheiras e escanhoar bochechas imberbes deitando, não poucas vezes, cal na água sempre que pretenderam deixar as paredes da loja no esquife.

Volto ao DELITO com uma reflexão sobre a última obra-graça de Bansksy.

Um homem de macaco, provavelmente um imigrado em Inglaterra - porque só esses andam de macaco e pendurados em escadas na terra de sua majestade - a desconstruir a estrela dos ilhéus deixando no seu lugar o vazio que se pressente ser o futuro do Continente cada vez mais deserto de autóctones.

Não foi difícil chegar aqui. Na grande ilha nunca se guiou pela direita, nunca se trocou a libra esterlina pelo marco travestido de moeda única, nunca se contrariou a dinâmica americana em favor da solidariedade da União e, tirando a amizade pelas calientes águas mediterrâneas e atlânticas vizinhas do Al-Maghrib e pelo Oporto, nunca se levaram a sério as línguas românicas que, no dizer do Flying Dutchman dos tempos calvino-penitenciais em voga, só servem para gáudio dos prazeres da carne e da gula dos éteres.

Também não foi difícil lá chegar porque os continentais estrelados foram perdendo o gás e, em menos tempo do que qualquer outra constelação, murcharam em sabedoria e ideais e fizeram-se joguetes invertebrados dominados pelo medo, que dizem não ter, a burocratas e banqueiros que lhes extorquem o que resta da sua dignidade e condição histórica.

Volto ao homem de fato-macaco, alegadamente um migrante, neste espaço europeu que as gentes do norte do Douro poderiam designar por “morcão” e as do Sul do Seine por “Marcon” e onde os social-democratas abandonaram o social à sua sorte e os democratas-cristãos evoluíram para o ateísmo, para analisar mais fino a arte de Bansksy.

O operário, embora de balde à cintura, não usa o queirosiano pano encharcado em benzina (transportando Eça para o actual contexto europeu repleto de Abranhos), nem tão pouco repinta a estrela murcha com o azul do fundo. Prefere representar o proletário de marreta e escopro na mão a sacar nacos de tinta sem ferir o estuque de uma bandeira que tem por hino a nona de Ludwig, An die Freude, adaptada por Herbert para que todos os povos do Norte e do Sul o cantem afinados, dirigidos no ritmo pela batuta alemã.

E é isto, Pedro. Um barbeiro a fazer de crítico de arte, um analista a fazer de escritor.
Paz e saúde.
(texto publicado ontem (2017.05.15) no Delito de Opinião)
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.051/2017]

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Delito de Opinião


A convite de Pedro Correia, que saúdo e a quem agradeço a lembrança, publico hoje um texto no Delito de Opinião.

Amanhã trago o Arte Urbana também para aqui.

PS. Esta saudável prática que Pedro Correia reactivou em 2017 faz parte da história da época de ouro dos Blogs em Portugal. Há que visitar o Delito de Opinião, um dos poucos grandes Blogs que ainda se mantém com actualização permanente.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.050/2017]

terça-feira, 29 de março de 2016

Deixem-se de merdas

Libertação de prisioneiros políticos

Não sei se escrever merda é uma falta de educação neste Portugalinho cada vez mais correcto, amistoso, menos crispado e principalmente a tender para o consensual e afectuoso.

Mas seja, ou não, escrevo que é bom que se deixassem de merdas do tipo "à justiça o que é da justiça" e de outras merdas semelhantes quando querem esconder o cinismo e não se pronunciam sobre o julgamento político que foi feito em Angola contra a liberdade de opinião.

É que a justiça só é justiça em democracia e Angola, que se saiba, anda longe, muito longe desse regime.

Seria como se os povos estrangeiros não se tivessem pronunciado quando, em Portugal, se prendiam as pessoas por delito de opinião no tempo da outra senhora alegando que não se queriam imiscuir na "justiça" de um Estado Soberano.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2016]

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dicionarização

Até já

Mandei-as irem dar banho ao meu canário
que bateu as botas com dores num ovário
(Adiafa)
leia-se com entoação alentejana profunda

Quando o Pedro Correia faz a ronda anual de Verão pelos blogs, nunca deixa de me convidar à publicação de um texto. Uma amabilidade característica do hub que o Pedro gosta de ser e não coisa de salamaleque.

Gosto do que, e como, o Pedro escreve. Gosto dos Blogs onde escreve e como ele escreve no Delito de Opinião, onde estão muitos outros e outras que leio desde sempre, gosto do Delito de Opinião.

Salut les copains
Sinto que a portugalização contratualizada pela rubrica "convidados", uma sazonalidade do empreendedorismo que a bidireccionalidade incontornável destas conjugalidades implementadas e verticalizadas pela assertividade do Pedro maximizam, focaliza na multimedialidade e imorredoura afectividade bloguista o que, nem mesmo a conflituosidade impactante pessimizada me desagradabiliza e o faz parabenizar pelo alavancar da sequencialidade androcêntrica que atempadamente exponencializa.

Faz-me um barbeiro grato pelos obséquios da selecta clientela a quem auguro felicicidade desde os primórdios da blogo-coisa.


Deus os guarde a todos e ao Pedro em especial que agora vou de vacanças e não o posso fazer pessoalmente.

Salut les copains.
LNT
[0.293/2010]