domingo, 6 de março de 2016

Não se saneia um líder exilado

Passos Kim Coelho

Leio que Pedro Passos Coelho foi reeleito líder do PSD após uma campanha sem adversários.

Os 95% obtidos são nada demais num tempo em que a política portuguesa está de tal forma na mó de baixo que ninguém sente impulso para batalhar os poderes constituídos, principalmente se eles forem de efectivo poder (caso de Costa no PS) quer de poder exilado, como Coelho pretende continuar a gostar de se sentir.

O PSD mantém a senda de se julgar com direito a governar por ter ganho as eleições e olha para as votações realizadas na casa da democracia republicana como uma afronta que se aproveitou dos votos dos portugueses para não lhe permitirem o Governo de minoria que ainda ensaiou, apostando na desobediência dos deputados incentivada pelo apelo que o Presidente da República cessante lhes dirigiu.

Coelho nunca terá a humildade de perceber que deveria ter dado lugar a um candidato a Primeiro-ministro que pudesse reconduzir o PSD ao poder, como aliás o fizeram o parceiro Portas que cedeu o lugar à pupila e agora a sua putativa sucessora Maria Luiz que debandou estas lides trocando os segredos que adquiriu no recente mandato pelas trinta moedas que os necrófagos lhe pagaram.

O líder da situação no exílio confirmou nesta eleição Kim Jong-Uniana que a sua ambição do poder é à prova do bom senso que o deveria ter advertido para o beneficio de renovação que abrisse novos caminhos, caso se venham a realizar eleições parlamentares ainda este ano, única forma para que o exílio a que Passos Coelho obriga o PSD pudesse extinguir-se, tornando-o no Partido líder da oposição com ambições de poder.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.013/2016]

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