quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O voo da borboleta

BorboletaSempre que passo por Berlim trago de lá alguma coisa que me interessa. Podia pegar nas alternativas mas deixo isso para os entendidos. Fixo-me na coisa da tenda e convenço-me de que é realmente assim: Nada fiz para que se reduzisse a dependência nacional de gente que à nossa pála manda passar os seus a pente de cartucheira. Sinto-me miserável por ter contribuido para os beijos e abraços que ecoaram daquilo que não deveria ter sido mais do que um bacalhau entre cliente e fornecedor.
E, se os baixinhos precisam de esticar mais o pescoço para mamar nas tetas da vaca, ao menos evitem engolir tanto ar e mordiscar a teta para que, da sofreguidão, não venham a bolsar o leite em excesso e o sangue que causam.
LNT
[0.064/2011]

3 comentários:

Helena Araújo disse...

Ao ler o princípio do post pensei "querem ver que o Luís vem frequentemente a Berlim e não me diz nada?!"
- afinal só andou a borboletar.
Bom: é difícil remar contra a maré - andar de bicicleta quando os outros andam de carro, ou não ir a Londres fazer compras num voo da Ryan Air por 20 euros...
Mas haja decência: gozamos a boa vida, e no fim atiramo-nos ao governo como se fosse um erro desunharem-se eles para nos permitir a boa vida que exigimos?

Helena Araújo disse...

Luís,
viu o comportamento dos grandes, esta semana? Já se estão a instalar no Egipto: o Cameron na segunda-feira, ainda antes da Ashton (e ainda dizem que é uma União...), o Westerwelle logo a seguir a esta.
Ah, pois é.

Luís Novaes Tito disse...

E continuarei borboleteando porque só vejo bruma onde os clarividentes só vêm luz.

Não estou confuso. Só perdido. Já passa.