Já há uns anos que os noticiários não eram tão parcos de informação sobre os fogos que devastam milhares de euros de riqueza nacional. Se este ano estão calados, ou pelo menos não estão tão barulhentos como nos anos anteriores, não é por o País estar a arder menos mas porque se entende que os fogos actuais são menos escaldantes do que os anteriores. Nada demais, já nos habituámos ao espírito dos coisos da coisa e a coisa pública é uma coisa do camandro.
Os poucos comentadeiros oficiais de reino que não estão a banhos vão aparecendo na televisão para substituírem os briefing lombo-maduros explicando que aquela luzinha que se vê lá bem no fundo do túnel é um flash que deriva de um filamento incandescente e não de um pinhal em brasa.
Enquanto isto, Portas conseguiu ao fim de dois anos e picos, presidir a um Conselho de Ministros. Não tratou do OE, nem de outras coisas ardentes, como por exemplo da reforma do Estado a que está obrigado, ou da salvaguarda dos reformados a que o seu Partido se auto-obrigou, mas lançou uma lança em África, ou melhor, enviou uma lança do seu coração patriótico às feras que, neste País fronteira África/Europa, tinham incluído meia dúzia de hospitais misericordiosos no Sistema Nacional de Saúde (e que ainda está por saber se as Misericórdias os querem de volta).
Aguardemos o Pontal com esperança de que as melgas não sejam mansas no canibalismo.
LNT
[0.261/2013]
Os poucos comentadeiros oficiais de reino que não estão a banhos vão aparecendo na televisão para substituírem os briefing lombo-maduros explicando que aquela luzinha que se vê lá bem no fundo do túnel é um flash que deriva de um filamento incandescente e não de um pinhal em brasa.
Enquanto isto, Portas conseguiu ao fim de dois anos e picos, presidir a um Conselho de Ministros. Não tratou do OE, nem de outras coisas ardentes, como por exemplo da reforma do Estado a que está obrigado, ou da salvaguarda dos reformados a que o seu Partido se auto-obrigou, mas lançou uma lança em África, ou melhor, enviou uma lança do seu coração patriótico às feras que, neste País fronteira África/Europa, tinham incluído meia dúzia de hospitais misericordiosos no Sistema Nacional de Saúde (e que ainda está por saber se as Misericórdias os querem de volta).
Aguardemos o Pontal com esperança de que as melgas não sejam mansas no canibalismo.
LNT
[0.261/2013]
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