segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Liturgias

Santo António aos Peixes
Dizia Carlos Drummond de Andrade que “A confiança é um acto de fé, e esta dispensa raciocínio”, coisa que facilmente se entende raciocinando.

A confiança, como acto de fé, é algo que nunca pode ser posta em causa, uma vez que a perder-se a fé, perde-se a coisa transcendental.

É por isso que prefiro (preferiria, se fosse eu a mandar) que em vez de confiança se prometesse competência, e que em vez de orações apelando à fé, se orasse com esperança, por ser bem mais racional para não crentes e muito mais fácil de crer para quem já perdeu a fé.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.254/2015]

1 comentário:

Jaime Santos disse...

Aqui concordo consigo. Mas, como diz, enquanto a confiança apela ao sentimento, a competência apela à razão, e a política também se faz de afetos. E depois, o vínculo de Confiança entre o PS e os seus militantes e apoiantes (e votantes) foi quebrado, não por este SG, nem pelo anterior, mas sim pelo que os antecedeu. E não faço aqui qualquer juízo senão um juízo de valor com base naquilo que ele já admitiu ter feito. Mário Soares em tempos falou na Virtude Republicana da Impoluta Honradez e convenhamos que o comportamento de José Sócrates, mesmo que não tenha cometido nenhum crime, está muitos furos abaixo desse Padrão desejado. Felizmente que quer António Costa quer António José Seguro fizeram algo no sentido de restaurar essa Confiança.