quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Pela fé e esperança que a confiança comporta

Menos mauVou conversando com um ou outro que dizem não se rever totalmente em quaisquer propostas concorrentes às próximas eleições e que, assim sendo, preferem anular o voto ou votar em branco.

Melhor conversando acabam por explicar que não vão votar no PSD/CDS, mesmo que se escondam numa sigla, porque já viram o que eles valem fora do período eleitoral, mas que não pressentem no PS a confiança que solicita.

Melhor conversando ainda, dizem não pretender votar nos Partidos do protesto porque não serão poder e, por isso, não serão o veículo para que a coisa mude. Para além do mais, a CDU oferece-lhes uma saída directa da Moeda Única e da União Europeia e o Bloco de Esquerda, não o oferecendo directamente, limita-se a prometer o que sabe ser impossível de conseguir sem que a Europa fique para trás.

Resta-lhes os pequenos Partidos que, tirando o Livre, só oferecem conversa. Quanto ao Livre prefeririam sempre votar no PS na lógica de que entre o original e a cópia optariam pela primeira hipótese.

Respondo que se um voto em branco servisse para não eleger um deputado, ainda entendia. Seria interessante que, por cada candidato não eleito pelos votos em branco ou nulos, houvesse uma cadeira vaga na Assembleia da República, mas isso não acontece e será sempre mais razoável eleger quem nos está mais próximo do que deixar que aqueles que nos são distantes e prejudiciais ganhem eleições em troca do gozo intelectual de desperdiçar um voto.

Dizem que vão pensar. Têm três dias para o fazer e espero que se decidam pela única forma de substituir o que têm a certeza de não lhes servir, pela fé e esperança que a confiança comporta.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.265/2015]

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Declaração de voto

BandeirasConfesso não ter qualquer dúvida quando me dirigir à secção de voto para assinalar uma cruz no quadradinho do Partido Socialista.

Usarei o meu voto como uma arma letal e não como um gadget da moda para entreter o intelecto ou para mostrar um balofo protesto que só proporcionará que Passos Coelho e Paulo Portas continuem, por mais quatro anos, a decidir tudo aquilo que não me serve, nem tolero.

Não é uma questão de esquecimento de lutas que travei há um ano, lutas duras e alguma vez indignas por terem dividido quando se impunha a reunião, e por terem sido travadas fora do tempo e em rebeldia a um poder democraticamente eleito, mas sim de uma outra memória que me recorda que a prova de não existir uma maioria de esquerda é que a esquerda à esquerda do PS nunca deixou de se aliar à direita para proporcionar a ascensão das forças de sinal contrário.

Sou dos que preferem um mal melhor a um outro pior e que acredito que uma vingançazita pessoal nunca satisfará tanto como ver pelas costas esta direita revanchista que diz ser um absurdo pensar-se que um governo “maltrate por gosto” a classe média e os mais débeis sem explicar que o faz com o gosto de beneficiar exclusivamente os mais poderosos, cada vez mais donos disto tudo.

Votarei no Partido Socialista (digo-o aqui, embora sempre que sondado para as brincadeiras gráficas usadas pela comunicação social me continue a declarar indeciso).

Sem qualquer reserva, sem qualquer hesitação, votarei na única força que pode tornar o meu voto em chumbo disparado contra esta direita no poder.

Votarei PS porque não quero que Portas, Coelho e Cavaco continuem a usar todas as razões que me poderiam levar a abster ou a votar noutra força, para se manterem no poder.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.263/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXLV ]

Sardinhas
Sardinhas - Porto Covo - Alentejo - Portugal
LNT
[0.262/2015]

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O que é um hipócrita

Passos Coelho a rirPassos Coelho pode ser um bom exemplo daquilo que o dicionário define como hipócrita. (indivíduo que finge bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis)

Sempre que é questionado publicamente sobre o “caso Sócrates” repete à exaustão que não mistura política com justiça.

No entanto, como já o havia feito no debate com Costa, não evita chamar Sócrates ao discurso político e ontem num comício, de forma claramente trafulha, não deixou de citar o provérbio - Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vêm - que foi usado pelo Tribunal da Relação para negar o recurso à prisão preventiva de José Sócrates.

Como ele diz nesse próprio discurso, tudo o que ele faz tem um sentido e tem um propósito.

É disto (desta matéria) que o homem é feito. Um caso perdido.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.261/2015]

sábado, 12 de setembro de 2015

Esclarecimento

Claro que o momento Eanes do Coelho tem pouco a ver com o momento Eanes original. Eanes subiu, de peito aberto, para...

Posted by Luis Novaes Tito on Sábado, 12 de Setembro de 2015
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.260/2015]

Momentos de propaganda

CoelhoNo seu momento Eanes, Coelho acaba de fazer em Braga, uma promessa eleitoral:

Vai promover uma subscrição pública, para defesa nos tribunais, dos lesados do BES.

Foi preciso sair à rua em campanha eleitoral para o fazer (por subscrição pública - ridículo para um PM).

Noutro momento heróico, desta feita à Pinheiro de Azevedo, Portas declarou que o Povo é Sereno.

Há muito que uma acção de vitimização na rua não tinha tanta cobertura mediática.

Habituem-se, porque esta vai ser a imagem de marca.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.259/2015]

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Está quase

Coelho CostaDaqui a pouco começa a contenda. Aceitam-se apostas sobre os temas que vão ser levados a debate.

Palpites?

1. Sócrates
2. Grécia
3. Sócrates
4. Grécia
5. Sócrates
6. Grécia
7. Sócrates
8. Grécia

Depois Costa há-de tentar falar de Portugal e dos portugueses e voltaremos aos assuntos acima descritos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.258/2015]

E assim foi

Portas CatarinaO coisinho veio ao cabo debater com a senhora que aparece nos cartazes à frente da Mariana e levou uma tosa que nem santo Inácio de Loyola era capaz de imaginar em la Storta.

Não que a licenciatura em línguas e literaturas modernas a fizesse ter especial favor, mas a prática de palco e a consequente expressão dramática foram fatais ao circense que, habituado ao ilusionismo, viu cair no cenário a máscara da tragédia.

Não lhe valeram os sofrimentos dramatizados, nem o musical patriotismo de um qualquer Oliveira da Figueira que consegue vender aos nómadas a areia que os seus camelos pisam.

Bastou-lhe o dizer firme de que há que reestruturar aquilo que não se pode pagar sem reestruturação para que se percebesse que, de Loyola, o homem aprendeu pouco.

Nem uma visita a Jerusalém, nem tão pouco ao Muro das Lamentações.

Nem bom, nem mau.

Foi só aquilo, entre dois iguais que disputam o último lugar e o lugar algum. Confirma-se que os termos exterminam-se.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.257/2015]

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Banha-da-cobra (irrevogável)

senhor Oliveira da FigueiraHoje teremos o famoso vendedor-da-banha-da-cobra do Tim Tim, senhor Oliveira da Figueira, a vender muita dessa banha na TVI, pelas 20:30.

Se quiserem comprar pentes para os carecas ou esticadores para os colarinhos usem:

‪#‎perguntaPortas

ou

‪#‎portastvi24

(consta que haverá submersíveis e outros brinquedos do Caldas para vender)
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.256/2015]

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Terra queimada

FogoDizem, os que acham bem que o debate de ontem entre o PCP e o BE se tivesse centrado nos ataques ao PS em detrimento do esclarecimento aos eleitores sobre as suas próprias propostas e diferenças, que o Partido Socialista se diz um Partido de esquerda mas que sempre tem praticado uma política de direita.

Dizem isto sem se rir ao mesmo tempo que se auto-intitulam os defensores do estado social, esquecendo que todas as bandeiras que hoje defendem e que têm sido rasgadas pela direita neoliberal nos últimos quatro anos foram levantadas pelo Partido Socialista, a maior parte das vezes com os votos contra do BE e do PCP.

O PCP e o BE deveriam ter consciência que o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social que hoje existem se devem aos Governos do PS. Como essas forças políticas nunca foram poder, tirando o curto espaço do PREC onde já estavam mais interessados em combater o PS do que em construir um País democrático solidário, nunca participaram na edificação do estado social.

Este comportamento suicida que oscila entre a negação da (re)construção europeia e a demagogia pura e dura, em que já nem o Syriza acredita (por experiência adquirida), empurra o Partido Socialista para a necessidade de obter o número de votos necessário e suficiente para afastar as forças que compõem o actual poder.

O comportamento ontem demonstrado é a constatação de que à esquerda do PS se continua a preferir ser uma oposição guerreira a construir uma solução de poder que trave a actual destruição levada avante pela coligação que nos governa.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.255/2015]