"Se há qualquer comentário a fazer, que seja o presidente da Assembleia da República, em defesa da instituição parlamentar."Efectivamente compete ao PAR fazer a defesa da Assembleia da República, embora ela seja igualmente da responsabilidade de cada deputado, dada a sua condição de avo do órgão de soberania.
Curiosas palavras de João Bosco Mota Amaral.
Quando um grupo de deputados se prepara para esbanjar mais uns milhares de euros, numa altura em que se exige bom senso e rédea curta nas despesas públicas, com o exclusivo intuito de prosseguirem a chicana política iniciada com a designada “Comissão de Ética” que teve momentos altos na propaganda de T-shirts com slogans e na citação de telefonemas para o Rei de Espanha, prevê-se que a rábula ainda vai no adro.
A convocatória de um Primeiro-ministro para responder em comissão parlamentar não é um acto que possa ser tomado de ânimo leve. Se esse acto for só para, uma vez mais, lançar a lama para a ventoinha em total desrespeito pelos sacrifícios que são pedidos aos portugueses em vez de se utilizarem os recursos em coisas úteis, como por exemplo criar comissões para prestígio da AR que reduzam os privilégios acumulados e formem os deputados em assuntos de relevo para defesa das populações, não haverá palavras do Presidente da AR que consigam fazer a defesa do Parlamento na opinião pública.
Das declarações de Sócrates não retiro que ele ataque a instituição parlamentar. Vejo esse ataque na irresponsabilidade dos titulares que persistem na inutilidade da sua acção.
LNT
[0.113/2010]