Às vezes sento-me no parapeito da minha janela do décimo sexto andar para fumar um cigarro e insistir com o meu pensamento que uma e outra coisa podem fazer percepcionar riscos demasiadamente fortes.
Faço-o conscientemente sabendo que um desequilíbrio será tão fatal como o cigarro que fumo, embora a queda seja menos provável que o cancro. No entanto todos se preocupam ao ver-me sentar no parapeito e os poucos que se preocupam com o cigarro fumado sobressaltam-se mais com o incómodo que lhes faço do que com aquilo que, garantidamente, me irá provocar a morte.
Estranho porque a possibilidade de cair do parapeito é tão remota como a de cair da cadeira onde me sento para lhes escrever este texto.
LNT
[0.033/2011]
Faço-o conscientemente sabendo que um desequilíbrio será tão fatal como o cigarro que fumo, embora a queda seja menos provável que o cancro. No entanto todos se preocupam ao ver-me sentar no parapeito e os poucos que se preocupam com o cigarro fumado sobressaltam-se mais com o incómodo que lhes faço do que com aquilo que, garantidamente, me irá provocar a morte.
Estranho porque a possibilidade de cair do parapeito é tão remota como a de cair da cadeira onde me sento para lhes escrever este texto.
LNT
[0.033/2011]