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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Nunca é altura para uma graça

Vladimir Lubarov

Publiquei no FB aquela piada que corre por aí sobre a proximidade do Esportingue a uma final europeia, aproximadamente 3,5 km (em linha recta) e levei logo os puxões de orelhas que são merecidos sempre que um português deixa de ser sisudo para fazer uma graça. Leva de uns porque se roem, de outros porque roem e ainda de outros porque não se roendo, não roendo, nem deixando que outros roam ou se roam, são tão politicamente correctos que não prescindem de aplicar correctivos.

Adelante, como diriam as FARC, e voltemos a coisas importantes, coisas do futebol, evidentemente, para deixar aqui registado que se é verdade que Portugal vibra tanto com a bola, a sua e as dos outros, é porque a bola, sendo também politiquice, não se deixa submeter aos políticos. É, digamos assim, uma política onde quem manda não são os políticos, pelo menos os políticos encartados.

Na bola, na nossa e na dos outros, também não manda quem quer, também se pode insultar o árbitro chamando-lhe palhaço sem ser sujeito a punição, também se grita da bancada que os players são uns trastes mas distingue-se da política dos encartados porque nunca se ouve da boca de um decisor da bola que os seus adeptos vivem acima das suas possibilidades e que precisam de ser punidos para além das troikas deste mundo.

É talvez por isso que a bola é pujante nos países onde os governantes são impotentes.
LNT
[0.142/2014]

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Fulminantes

Candeeiro petróleoNão sendo daqueles que acham que a tropa é a grande escola da vida, reconheço que ela ajudava muito na criação de lastro para a vida.

Saber manejar uma arma é muito mais útil para quem é atacado do que para quem ataca e dessa sabedoria faz parte o ensinamento de que só se empunha uma arma se se estiver disposto a usá-la.

É por isso que, ao ver cada vez mais gente com armas de alarme na mão, cresce a preocupação com uma resposta de fogo real dado que as imitações de armas são hoje tão fidedignas que, a quem se defende, só é possível entender se são de pólvora seca depois de eliminar quem as mostra.

Nada temam, isto é só um exercício de escrita de quem aprendeu estas coisas básicas fora da escola e sabe que a escola, sendo uma coisa boa para ensinar teorias, falinhas-mansas e boas-maneiras, ensina pouco sobre a crueza da vida.
LNT
[0.461/2013]

terça-feira, 17 de abril de 2012

A formiga no carreiro *

Escher MobiusNão é por não tentar que não consigo chegar onde é preciso. Sou baixote (metro e setenta e dois), talvez seja por isso, porque de resto tenho-me esticado o quanto posso mas a cepa torta anda sempre por aí.

Já fiz de tudo, quase tudo, já fui pimenta e canela, já voei, já escrevinhei basto (olá tripeiros), já dei electrónica a muita besta que nem palha merecia, já comi o pão que o diabo amaçou e também comi papa de urso de bufos e brutamontes. Já dei muito petisco, convencido de ser verdade o que dizem para quem arrisca.

Mas não consigo chegar onde é preciso. Não que não tente, porque vou tentando, mas talvez por ser fracote (para aí uns setenta quilos).

Aquele velho que pinta quando não chove, continua a dormir no mesmo sítio, os miúdos que já nem pedem na rua continuam a ter fome, o outro que me respondia sempre: - "lá vou andando" – deixou de andar.

Fico para aqui de teclas na mão, vou tentando. Nunca mais chega Abril, pois não, *Zeca?
LNT
[0.215/2012]

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Trevas

AdmiraçãoVivemos o tempo que resulta da morte da ideologia e que antecede a morte matada.

Vivemos o fim da paz podre feita de imaterialidades diversas e do consumo das matérias não perecíveis que lhes dão suporte.

Vivemos o término de um ciclo sem perspectiva, de um tempo planeado para a validade sendo que ela é determinada pelo prazo que prevemos para atingir a nossa própria finitude.

Segue-se o caos para que se viva de novo a ideologia e a partir dela se construam caminhos de criatividade e inteligência que apontem soluções, pelo menos até que se volte a matar a ideologia.
LNT
[0.573/2011]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sarjeta

SarjetaMuitas vezes abro o editor desta traquitana para deixar uma nota e, não poucas, fico com o amargo de pensar na sua inutilidade. Há centenas, milhares de blogs, de articulistas, de comentadores que dizem e escrevem o mesmo, alguns com a sorte de serem menos lidos.

Ainda assim não resisto a deixar escritos como este que admiravelmente continuam a ser lidos por centenas, coisa que assusta e que, em dias como o de hoje, despertam o sussurro: Não escrevas, não publiques, apaga, apaga, mata, mata.

Depressão, dispersão, desilusão, disfunção, ou a angústia de só ter angústia para transmitir, neste marasmo que já não traz medo nem respeito.

Deve ser o que se sente no cadafalso, ou o que sentirá um povo a aguardar que meia dúzia de contabilistas revejam o caderno dos calotes feitos em seu nome, mesmo que deles não tenha tirado proveito, para sacarem do chicote e a cada vergastada acrescentem que ainda faltam muitas mais.

Até poderia ser profiláxico não se soubesse que a morte é o fim da tormenta.
LNT
[0.142/2011]

terça-feira, 19 de abril de 2011

Cheira a pólvora

Arame FarpadoDe mansinho, muito de mansinho, começa a cheirar a pólvora. Foi sempre assim que os humanos resolveram os problemas quando eles se transformaram em questões globais (embora a globalidade tenha aumentado de volume).

Depois da II Grande Guerra, os equilíbrios criados e a memória da brutalidade ajudou a que os paióis só se esvaziassem em brigas locais mas nem a memória é o que era, nem os equilíbrios existem e nem a indústria aguenta tanta paz.

Já não é o Mundo que está perigoso, é o próprio perigo que não convence e a ganância do imediato que se suicida.

Parece que nada serve ao que está e que a inovação se limita à tecnologia.

Cheira a pólvora e a sangue, mesmo que a pólvora de hoje possa não ser de fulminante e o sangue possa não tinjir fardas.
LNT
[0.134/2011]

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Riscos

Maria José BritoÀs vezes sento-me no parapeito da minha janela do décimo sexto andar para fumar um cigarro e insistir com o meu pensamento que uma e outra coisa podem fazer percepcionar riscos demasiadamente fortes.

Faço-o conscientemente sabendo que um desequilíbrio será tão fatal como o cigarro que fumo, embora a queda seja menos provável que o cancro. No entanto todos se preocupam ao ver-me sentar no parapeito e os poucos que se preocupam com o cigarro fumado sobressaltam-se mais com o incómodo que lhes faço do que com aquilo que, garantidamente, me irá provocar a morte.

Estranho porque a possibilidade de cair do parapeito é tão remota como a de cair da cadeira onde me sento para lhes escrever este texto.
LNT
[0.033/2011]

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Podia Portugal sobreviver sem esta gente?

Miguel Telles da GamaPoder, podia, mas não era a mesma coisa.

Os especuladores deixavam de ter área de acção. Os corruptos e os corruptores deixavam de ser notícia de primeira página. Os frigoríficos enchiam-se de calorias para nosso mal. As pessoas não tinham bombos onde desancar.

O João Gonçalves e outros não tinham matéria para dizer tanto mal e o bruxo Medina Carreira tinha de andar mais 20 anos a dizer aquilo que não fez quando foi Ministro das Finanças.

Podia efectivamente sobreviver mas, sem a gatunagem, a ladroagem, a roubalheira, o tremendismo, o facciosismo, o bota-abaixismo e o chico-espertismo, não só não era a mesma coisa, como lhe faltava a coisa com que nos coisam o juízo todos os dias.
LNT
[0.380/2010]

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Com o mal dos outros

BoteroA mesquinhez tem destas coisas. Enquanto as coisas acontecem aos outros é suportável, mas quando nos batem à porta tudo muda de figura.

As medidas para os professores eram menos más desde que se não tivesse essa condição. Idem para os médicos, para os polícias, para os enfermeiros, para os bombeiros ou para qualquer outro ramo.
Neste momento são os trabalhadores do sector público. Menos-mal para os do privado.

Divide-se para reinar e reina-se, como sempre se reinou, com a intriga social como ferramenta de governação.

Eles e nós, sendo que o “eles” é, para a plebe, aqueles que por sua decisão ou omissão foram feitos governantes e o “eles”, magestático, é o daqueles que depois de terem sido paridos pelo voto ficaram com o rei na barriga.

Entretanto os “agricultores” que são pagos por todos nós para nada fazerem, protestam por não receber o subsídio de inutilidade, os “empresários” que transformaram os milhões que receberam para modernizar as empresas em Ferraris e Porches protestam porque se lhes acabou o maná, os serviços privados que vivem do Estado porque só existem em função desse cliente, protestam porque o Estado lhes cobra impostos elevados para lhes poder pagar contratos chorudos, os individuais que fazem mini-micro-empresas sem actividade a não ser a de incluir as mães, avós e tias, nas folhas de vencimento para lhes conseguir subsídios de desemprego e pensões, enquanto adquirem automóveis, maples e televisões em nome dessas empresas cuja sede é o seu próprio domicilio, protestam porque os subsídios e apoios sociais vão ser reduzidos em vez de se cortar nos SRM.

Eles e nós. Sempre a dualidade, sempre a perspectiva decorrente de se ser personagem do "eles" ou personagem do "nós".
LNT
[0.357/2010]

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma estrelinha que os guie

MarPara além do cabelo grisalho, que nos homens dá classe e nas mulheres velhice, o que melhor distingue uns dos outros é o facto deles gostarem de se gabar daquilo que não fizerem, mas gostavam de ter feito, e delas fingirem nunca terem feito aquilo que gostaram de fazer.

Estas teorias do barbeiro, como todas as outras de qualquer profissional que faz da vida o entretém dos outros, "têm o valor que têm", uma frase que pela vacuidade irrita este vosso filósofo de pacotilha mas que serve de bengala quando nada se tem para dizer.

Aplicando estas teorias à política que temos é possível, em Portugal, ter um senhor que quando foi Primeiro-ministro fez a autópsia da marinha mercante e da frota de pesca e agora, que está a terminar o mandato de Presidente da República, vir a descobrir que o destino de Portugal é o mar. Cabelo grisalho, e tal, ainda alegadamente embeiçado pelas ninfetas que desfilaram em biquíni, no estio terminado, pela praia adjacente à Mariani II, espera que elas deixem crescer a barbatana e se transformem na esquadra naval das sereias portuguesas.

Fiquem bem na protecção do anjinho da guarda e no trilho da estrelinha que os guie.
LNT
[0.322/2010]

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Olhos e olhares

OlhosJá devem ter reparado que quando alguém com óculos escuros encontra alguém que o não reconhece a primeira coisa que faz é retirar os óculos.

Pilantras, os olhos são o alçapão da alma. E, se um olhar pode ser muito mais violento do que um safanão, se ele for certeiro nos olhos é uma violação da aura. É por o saberem que tantos são incapazes de cumprimentar olhos-nos-olhos.

Esta deve ser a razão para que os sistemas avançados de identificação tenham abandonado o reconhecimento da impressão digital, que só lhes fornecia as linhas de pele do identificado, e passaram ao sistema da retina onde a biometria lhes lê a vida e o pensamento.
LNT
[0.283/2010]

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bola de trapos

MatrecosSempre me questionei porque é que os portugueses gostam tanto de futebol e agora, depois do derby de Lisboa, faz-se luz quando oiço as conversas centradas nas entradas violentas "pela frente" e "por trás" e nas razões de que fazem coro para justificar a vitória de uns e a derrota de outros. Entendo que a bola é um entretém de milhões de viciados no jogo do empurra, um desporto que tem por regra não assumir culpas próprias e remeter para os outros as suas próprias incapacidades e constrangimentos.

Daí, imagino bancadas e poltronas cheias de desportistas que nunca suaram, a exigirem que outros corram por si, outra das características de quem há séculos espreita o mar na esperança de avistar as velas das naus capitaneadas por Dom Sebastião.

Junto a estes ingredientes a pitada que consiste no tratamento indigente de um rectângulo feito bola de trapos ao sabor dos chutos de quem o conduz e concluo porque é que o futebol é o catalisador do desígnio nacional.
LNT
[0.145/2010]

terça-feira, 23 de março de 2010

Resquícios salazarentos

Serpente Basílica da EstrelaPor razões que para aqui não interessam desloquei-me ontem a Setúbal onde aproveitei, uma vez mais, para ser feliz. Usei a Vasco da Gama para ir, e a Vinte e Cinco de Abril para vir. Duas perspectivas da capital, uma mais alta do que a outra, uma mais metálica do que a outra, uma mais salazarenta do que a outra.

A Vasco da Gama, uma solução do Portugal democrático do bloco central, iniciada por Cavaco e terminada por Guterres, faz o seu percurso pelo mar da palha e, à boa maneira do centralão, serpenteia entre o sapal, os flamingos, as salinas e o pântano, terra de enguias e casulo.

A Vinte e Cinco de Abril, uma solução do Portugal continental, insular e ultramarino da União Nacional, iniciada e acabada por Salazar e inaugurada por Cerejeira, faz o seu percurso pela península sadina, e à boa maneira da união, estrangula-se na Coina para pagar portagem e receber de troco obras que duram há anos e não proporcionam prazer.

Comparo e concluo que este é o paradigma português. Entre a modernidade das três faixas que permitem um fluxo abundante e lubrificam o trânsito e o passadismo do estrangulamento do garrafão e dos constrangimentos de Santa Engrácia, continuamos na senda dos impasses sendo certo que um é mais frustrante do que o outro porque, uma Nação que, pouco abaixo do seu umbigo, se estrangula na Coina e mantém a Coina em obras há tantos anos, não pode ter um povo feliz.
LNT
[0.115/2010]

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Brincar com as letras

Todos nos metemos a fazer coisas, a esgravatar a nossa componente construtora e muitas vezes fazemo-lo sem termos a noção de que isso poderá influenciar o meio onde nos movimentamos. Mesmo em coisas insignificantes deixamos rasto que, ao ser farejado, pode dar início a significâncias num outro processo construtivo e com outros operários.

É talvez por isso que insisto em andar por aqui, às vezes quase a arrastar-me, mas sempre na esperança de que as muitas inutilidades deixadas nos caracteres electrónicos possam alguma vez ser úteis a alguém.

Olhos

Escrevo em público porque entendo dever escrever. Não sei se o faço por gosto, nem tão pouco se gosto de o fazer. Reconheço que na maior parte das vezes brinco com as letras, colo-lhes imagem, torço e retorço as linhas com o intuito de provocar, de filosofar ou sorrir, mais pelo esvaziar da ideia e para provocar a combustão nos neurónios do que na pretensão de impingir conceito.

Sempre que olho para o contador de visitas pasmo com os números contados e fico com vontade de gatafunhar um texto destes para vos dizer que não entendo.
LNT
[0.750/2009]

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Atentos

atentosAflige-me que sempre que falo de conceito político, logo longe das contas de mercearia e da contabilização das tropas, haja sempre, e até mesmo de onde menos se espera, o esgravatar dos articulados na ânsia do entrincheiramento e marcação do terreno conquistado.

Mais me aflige que o conceito político em coisas novas seja um novo-velho e continue mais centrado na materialização do individualismo do que na gestão do capital comum partilhado e inclusivo.

Constato, aflige-me e entristece-me.

Assim vai ser difícil irmos lá, sendo este "" a aposta no alargamento da amplitude do ângulo para se aglutinarem convergências, se necessário prolongando as linhas convergentes que formam os lados com o intuíto de aumentar a superfície.

Começa mal o "" quando a preocupação se centra no "é meu, dá cá e chega-te para lá".
LNT
[0.656/2009]

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Balelas filosofais

O Cavaquinho sem mestreA vida é feita de imponderáveis que por seu turno nos tratam da vida. Isto, pensado e escrito, quer dizer que o nosso melhor planeamento pode sempre falhar até quando nele incluímos os planos B e C.

Não gosto de falar de destino e pouco creio na teoria de estar escrito nas estrelas um qualquer determinismo cogitado pela grande máquina cósmica. Pelo contrário. Prefiro pensar que muito do que aí vem resulta da nossa própria acção (ou inacção), dos nossos actos e da nossa capacidade de transformar ameaças em oportunidades. Quando podemos, claro.

E assim vai a filosofia e o estado d' alma desta Barbearia. Está a precisar das massagens das colaboradoras que persistem em gozar as vacanças até ao limite, é o que é.
LNT
[0.580/2009]

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Inexistências

Estamos longe, ainda muito longe de chegar a uma matriz que permita colocar os pensamentos alinhados numa linha e os destrambelhados na coluna de referência.

Estamos neste ponto porque essencialmente ouvimos pouco e escolhemos selectivamente parte daquilo que se escreve, viciados em ler e isolar dos contextos uma ou outra frase, muitas das vezes perfeitamente marginal, mas radical se isolada.

Julgo que isto se deve à mecânica selectiva do excesso de informação e à quebra do esforço de entendimento sobre o que os outros dizem, na aflição para interpretar, concordar ou exercer o contraditório em movimento sem-fim, preferindo ouvir-se a prestar atenção ao que foi expresso pelos interlocutores.
LNT
[0.549/2009]

quarta-feira, 29 de julho de 2009

À espera que chova

Home
Com o dia que está lá fora estou aqui dentro a vê-las passar à espera que uma me caia em cima. Que se não pense que falo delas, daquelas que se está a pensar. É das outras, das gordas e peludas, das chatices que aí hão-de chegar, que se pressentem, para azucrinar o juízo.

Ao menos que a reunião só termine depois de já cá não estar, para não ter que estar a teclar aqui na clandestinidade.
LNT
[0.537/2009]

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Meus queridos leitores

Mira Técnica(e também para aqueles que me não querem, ou não me são queridos)

Ir-me-ei baldar por uns dias.

Queirais ou não desculpar, há factos que me fazem ter recato. Um deles é a comemoração do provecto nascimento que me fez apessoado, coisa que gosto de pensar como considerável, pelo menos tão importante como o sois vós, leitores habituados ao bem-bom de aqui virdes ler-me no intuito de mandardes umas bocas sobre o publicado.

Não sou cigano mas poderia ser, se o meu pai e minha mãe o tivessem sido. No entanto considero que uma festa de dias é indispensável para que a festa se faça, mesmo que o festejar se limite a exigente e reservado silêncio.

Com os anos a passar vou aprendendo que mais vale ser lento e eficaz, do que apressado.

Sexta é o dia da coisa, a qual se prolongará até Domingo, período em que estais dispensados de aqui virdes (já estáveis muito antes desobrigados, por exemplo, desde hoje, ou há mais de um ano), a não ser que algo vos incite a visitar a barbearia da Net para me saudar com comentários jocosos e incrementar o sitemeter.

Entretanto e porque a vida é assim, o Blog segue dentro de momentos, frase só entendível para quem tem o meu entendimento (e o entendimento é fodido), se é que vos fiz apossar do sentido pretendido.

Desde já agradecendo e venerando, deixo beijos e abraços,
Luís
[0.483/2009]

domingo, 31 de maio de 2009

São mais as nozes do que as vozes?

50 EurosOs bancos fazem-se com moedas e o dinheiro não tem cor, dizem, embora, tal como as moedas que podem ser boas ou más, o dinheiro pode ter mais tonalidade ou ser mais descolorado.

As acções podem levar-nos ao Céu ou ao Inferno. Dependem de serem boas ou más acções e tal como as boas ou más moedas, podem ter mais ou menos tonalidade tal como o dinheiro. Depende de pressentir quando as acções estão no ponto bom antes que fiquem no ponto mau.

É tudo uma questão de interpretação, de tonalidade e de tempo, como se vê, ficando só por saber qual o tom dos pequenos investidores das acções boas, que deram boas moedas.
LNT
[0.423/2009]