quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Porque é que Jardim vai vencer folgadamente

BrinquinhoNão tem que saber. Jardim apregoa ao povo madeirense com o seu megafone de soba que, caso não vença as eleições, os madeirenses correm o risco de ver a sua vida penalizada pelas loucuras que transformaram a Ilha da Madeira num queijo Rockfort.

Faz entender que com ele há a possibilidade de continuar o rega-bofe e a música do Brinquinho e que o seu afastamento implicará a entrada de alguém que nunca terá a sua força para meter na ordem o Sr. Silva e os cubanos do PSD Nacional.

Os madeirenses não são parvos.

Sabem que mais tarde ou mais cedo irão ter de alombar com tudo isto mas não esquecem que também eles são portugueses e que, à boa maneira nacional, equacionam o teorema de Jardim: "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas".

Também sabem efectivamente que só Alberto João tem a cara de pau que remete ao silêncio os Srs. Silva deste País e que só ele consegue atemorizar o Terreiro do Paço levando-o a dissolver a pastilha madeirense no copo de vinagre que todos iremos tomar.
LNT
[0.431/2011]

Catataus

CatatauA busca incessante que o Google Brasil faz há mais de 24 horas neste Blog à procura do Catatau nada tem a ver com o facto do Zé Colmeia ter andado ontem a pilhar picnic’s na Praça do Município.

Parece que o FB brasileiro anda numa roda-viva para troca de fotos de perfil por cartoons da BD, coisa já feita há uns tempos no FB Portugal.

Oi caras, podem levar o Catatau, na boa, tá?
Se quiserem mais cromos de Banda Desenhada posso dar-vos uns endereços electrónicos portugueses muito interessantes.

Têm quase todos gov.pt na url.
LNT
[0.430/2011]

Utopias

BoteroAinda não consegui voltar à militância política activa (material, porque nunca deixei a electrónica).

A vida político-partidária que tanto me entusiasmou até aos inícios do presente século e que tanto me desiludiu na segunda parte da última década continua arquivada num monte de papeis que guardo à espera de fazerem História.

Depois dos tempos negros que fizeram Ferro Rodrigues partir para a diáspora, depois da calúnia, das jogadas de bastidores, da tomada do poder pelos mastins, da instalação dos patos-bravos nos comandos do novo-riquismo baseado no deslumbramento, nos gadjets e na teoria de que a imagem se sobrepõe à vida real, é difícil regressar à luta e ao combate pelas ideias e pela máxima de que a política é uma forma nobre de servir os outros.

Ando para aqui meio moribundo à espera de que a política saia da promiscuidade dos interesses e mantenho-me pessimista por não a ver dar o salto para os projectos de bem-estar e de esperança que os políticos da anti-ideologia esconderam no fundo da gaveta.
LNT
[0.429/2011]

Surdinas [ IV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Os gajos vão acabar por ter de gastar em balas aquilo que agora querem poupar em comprimidos.
LNT
[0.428/2011]

I know I need to change something

iPhoneA chave da vida de Steve Jobs (Steven Paul Jobs) resume-se à ideia do título deste Post e foi retirada de uma lição por ele dada na Stanford University. Podem lê-la aqui. Devem-na ler com cuidado porque está lá tudo o que transforma um ser normal numa pessoa brilhante.

Steve Jobs foi um dos homens que mais contribuiu para a transformação da sociedade no último século usando como estratégia para mudar o Mundo a vontade do próprio Mundo. Não se limitou a criar algo para depois forçar comercialmente o seu uso, preferiu a inteligência criativa para satisfazer as vontades de quem nem sequer as sabia expressar.
Nunca se impôs à vontade dos outros, sempre colocou a sua genialidade ao serviço daquilo que os outros queriam.

Morreu o iMan, o mais brilhante analista, arquitecto e designer tecnológico existente desde sempre.

Mudou o Mundo porque sentia necessidade de mudar todos os dias qualquer coisa.
LNT
[0.427/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLXXVIII ]

Cão Kanellos
Kanellos - Atenas - Grécia
LNT
[0.426/2011]

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O poder ao Sol

Escudo da RepúblicaCom a Praça do Município só composta por quem foi escalonado para o frete, Costa, a menina agradecida a Deus pela República e Cavaco, fizeram as honras da casa e desfraldaram a nossa Bandeira que mistura o sangue com a esperança, apelando à mansidão da populaça que os ignorou olimpicamente.

Para demonstrar a austeridade deixaram o Poder ao Sol, a suar as estopinhas nos seus fatinhos de Domingo enquanto ouviam as homilias que apelavam à abnegação e ao sacrifício prometendo o Reino nos Céus quando a morte nos levar.

República é sinal de esperança, de futuro, de escolha, de serviço público, de fraternidade, de igualdade de oportunidades, e de muitas outras coisas que só estiveram minimamente presentes no discurso do alcaide lisboeta e que, quando foram sugeridos pelo Presidente da República através do apelo à divisão equitativa dos sacrifícios, soaram a falso assim que veio à memória a sua preferência pelas mordomias das reformas chorudas ao vencimento que a República lhe atribui.

Estamos mal, neste início do segundo século republicano. Mal servidos por quem nos representa, mal geridos por quem apela à austeridade dos governados mas não deixou de abandonar os Paços do Conselho em comitivas topo de gama com o mesmo esplendor com que Maria Antonieta, pouco antes de perder a cabeça, acenou ao povo faminto aconselhando-o a que, à falta de pão, comesse bolachas.
LNT
[0.425/2011]

Surdinas [ III ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Outra das vantagens da República é não termos de aturar indefinidamente alguém a quem não reconhecemos capacidade para nos representar.

Olhando o panorama presente e sabendo, com alívio, de que Cavaco já está de malas aviadas, imaginem o doloroso que seria saber Duarte Nuno instalado para sempre.
LNT
[0.424/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLXXVII ]

Bandeira Portugal
Bandeira da República Portuguesa
LNT
[0.423/2011]

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Robótica

RobôtObservo que a maioria dos jovens com que me cruzo na rua estão ligados a uma coisa qualquer que os faz abanar a cabeça, ondular os membros ou falar sem cessar como se esse falar desmaterializado fizesse sentido para quem os rodeia.

Percebo a necessidade de estar ligado. Faz evitar a temida introspecção que assusta quando se fala para dentro e se recebe, de retorno, a voz do pensamento.

Sei que, na urbe, o nosso próximo não é o que está ao lado, mas aflige ver tanta gente com ar vazio fixado na transparência dos outros em vez de lhes espreitar os olhos.

Parecem entidades ligadas ao mundo por fios que lhes saem pelas orelhas e por onde recebem remotamente todas as ordens de comando.
LNT
[0.422/2011]

Surdinas [ II ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Já descobri a razão para a razia nas chefias da Administração Pública. Parece que está ligado à falta de gente que apoia o Governo, o que faz com que lhe sobrem muitos lugares por preencher.
LNT
[0.421/2011]

Bandeiradas

TáxiPara irritação de muitos continuo a entender que o bruxo Medina Carreira é pouco mais do que aquilo a que trivialmente chamamos um "motorista de táxi". Reconheço que o facto de ser professor traz alguma distinção embora ele faça parte daqueles mestres que nada têm para ensinar.

Medina queixa-se, como o outro professor de Belém, de que ninguém ouve os seus ensinamentos, o que revela o sindroma do mau professor porque a incapacidade de passar mensagem é resultado de não se lhes reconhecer o conteúdo.

Ontem gostei de o ver confrontado com uma senhora (julgo que gestora hospitalar) que demonstrou o basismo do pensamento de Medina Carreira e lhe chamou a atenção para ser mais importante retirar o povo do analfabetismo, da miséria e da morte por falta de cuidados do que amealhar uma pilha de ouro nas catacumbas do Banco de Portugal.

O que irrita Medina Carreira, como irrita todos os outros motoristas de táxi, é apanharem passageiros que lhes façam frente e os obriguem a mergulhar no nada das soluções que sempre apresentaram, até mesmo quando tiveram oportunidade de fazer alguma coisa.
LNT
[0.420/2011]

Outras teclas

PianoAdoro começar o dia a ouvir Maria João Pires. Não por acordar a seu lado, mas por ter a sorte de possuir quase tudo o que ela gravou, em especial a praticamente transparente de tanto uso, colectânea dos Nocturnes de Frédéric Chopin.

Agora não posso, senão deixava-vos aqui o som que me acompanha enquanto preparo coisas tão insípidas como ganhar a vida e lhes emprestam calor e harmonia, coisas que um melómano ignorante da arte, como é este escrevinhador, inveja não saber produzir para contributo do bem-estar daqueles que nos cercam.

O piano de Maria João tem a capacidade de fazer reencontrar todos os equilíbrios, uma das poucas coisas que se assemelha à sensação de paz conseguida com a entrada no mar.
LNT
[0.419/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLXXVI ]

Ponte Oceânica
Ponte Vasco da Gama - Tejo - Portugal
LNT
[0.418/2011]