terça-feira, 11 de outubro de 2011

Surdinas [ VII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Diz o Presidente da República no seu FaceBook:
Amanhã farei uma conferência no Instituto Universitário Europeu de Florença sobre «As lições da crise do euro», uma das crises mais sérias da história da construção europeia.
A causa desta crise não reside no tratado que instituiu o euro nem é culpa apenas dos Estados membros com problemas de disciplina orçamental. A resposta tem de ser europeia, pronta e eficaz no curto prazo.
Partilho a informação de Sua Excelência porque vai ser interessante saber se a douta opinião de que se trata de "uma das crises mais sérias da história da construção europeia" é de agora ou se vem de há dois ou três anos.
LNT
[0.442/2011]

Corte-se a eito


LâminaDeixem-me partilhar convosco uma dificuldade de todos os dias.
Não há Conselho de Ministros em que cada um dos Ministros não reivindique isto ou aquilo para o seu Ministério.
A dificuldade consiste em ter de lhes explicar que não pode ser e que há que cortar a eito para se atingir os objectivos da Troika, tentando sempre ir mais além deles.


Não terá sido exactamente isto que o nosso Primeiro disse, mas não anda longe. Quando o Ministro Gaspar der a próxima conferência de imprensa para anunciar mais uns quantos impostos há-de por os bracinhos no ar e explicar gestualmente que o que o nosso Primeiro queria dizer, era que existiam um monte de palavras entre a expressão "corte-se" e a expressão "a eito".

O conceito é:
se num hospital, para dar uma injecção, for necessário um enfermeiro, um algodão com álcool, uma seringa, uma agulha e 20 gr. de um medicamento, pouco importa saber se actualmente o enfermeiro se faz acompanhar de um auxiliar de enfermagem para lhe levar o material e de um técnico especialista em desinfecção para passar o algodão com álcool, tanto faz que a seringa seja em unidose ou se está numa embalagem de duas, idem com a agulha, e pouco interessa se os 20 gr. de medicamento estão individualizados ou se têm de se retirar de uma quantidade maior, inutilizando-a.

Corte-se a eito, isto é, acabem-se com as injecções nos hospitais.
É mais fácil, é mais barato, é mais além de, e dá milhões.
LNT
[0.441/2011]

Surdinas [ VI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Se dermos a Madeira como garantia do empréstimo da Troika, da mesma forma que damos como garantia a nossa casa quando pedimos um empréstimo para a comprar, devemos oferecer o Alberto João Jardim como penduricalho de promoção, da mesma forma como oferecemos a marquise que entretanto mandámos construir?
LNT
[0.440/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLXXXI ]

NY
Wall St. - NY - USA
LNT
[0.439/2011]

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Carunchos

CarunchoÉ tão lógico dizer que as eleições da Madeira representam a primeira derrota de António José Seguro como dizer (e ninguém diz porque seria uma calinada de igual calibre) que essas eleições representam a primeira chibatada em Passos Coelho ou que Paulo Portas deveria passar a ter mais um ou dois ministérios neste governo da República.

Também é possível dizer, utilizando a teoria do caruncho, que esta é a primeira derrota de Cavaco a quem Jardim trata por Sr. Silva, da Troika e de Merkel que andam enjoados com as patifarias do esconde-esconde jogado pelo soba ilhéu ou que, possivelmente, o Papa Bento teve uma derrota porque Jardim insiste em usar preservativo cada vez que nos dá cabo das finanças.

A extrapolação da política regional madeirense é mais uma esfoliação de que qualquer outra coisa.

Já para não falar que parte da penalização do PS/regional é ainda sequência daquela outra que fez Passos Coelho e Portas subirem ao poder, ou pensam que os portugueses (entre os quais os residentes na Madeira) já esqueceram aquilo que os fez votar PSD/PP há quatro meses?

De memória tenho que Jardim ganhou as eleições. O não sei quantos do CDS/Madeira teve um bom resultado em comparação com aquilo que detinha. O Maximiano Martins perdeu um deputado. Uns maluquinhos de relógio de parede ao peito ganharam deputados retirados ao PCP/Madeira e o fulano-de-tal do BE/Madeira só poderá ir ao Parlamento Regional se algum deputado regional o convidar para almoçar.

Não me lembro que AJS fosse, directa ou indirectamente, candidato.
LNT
[0.438/2011]

Alhos e bugalhos

AlhoPenso que andamos a misturar alhos com bugalhos. O PS Francês abriu-se a primárias para escolher o seu candidato a Presidente da Republica e não para a liderança do Partido coisa que, como é evidente, tem de ser tratado no interior do PS Francês.

A proposta de Assis era absurda exactamente porque misturou esses tais alhos com bugalhos.

E já agora mais uma coisa. Os candidatos que se apresentam às primárias francesas são todos pré-seleccionados pelo PSF. Das primárias há-de sair um deles.
LNT
[0.437/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLXXX ]

Pelourinho Barcelos
Pelourinho - Barcelos - Portugal
LNT
[0.436/2011]

domingo, 9 de outubro de 2011

Madeira

Alberto João JardimClaro, em primeiro lugar os parabéns aos vencedores. O povo madeirense atribuiu uma nova maioria absoluta ao PSD/Madeira (Alberto João Jardim). Tal como tinha vaticinado, a descida fortíssima de Jardim continua a ser uma vitória desafogada e sem margens para dúvidas.

Claro, em segundo lugar e tal como na República, não dou os meus parabéns a quem ficou em casa. Estes cidadãos são os responsáveis pelos resultados conseguidos, mesmo que estejam convencidos que não participaram na votação.

Claro, em terceiro lugar, os meus parabéns ao CDS. Conseguiu passar a liderar a oposição numa parte do território nacional (o que para eles é um feito), mesmo sendo num território populacional de menor importância que muitas cidades do Continente. Vai ser um gozo vê-los em bicos de pés mais uma vez.

Claro, em quarto lugar, a minha solidariedade ao PS/Madeira neste momento em que perderam um deputado regional e ficaram aquém do que pretendia Maximiano Martins.
Sim, sei que ainda estamos na ressaca do último Governo Nacional, mas podia-se ter feito melhor.

Em relação aos restantes, tirando o Coelho (do relógio) a quem, claro, dou os meus parabéns, nada tenho para lhes dizer. Colhem as tormentas do vendaval que semearam.
LNT
[0.435/2011]

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Surdinas [ V ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Estamos bem, obrigado, e de vento em popa graças à qualidade dos clientes.
Sim, o acréscimo é por causa do Catatau, mas a clientela continua a fazer-nos o obséquio da preferência pelo esmerado e higiénico serviço que prestamos.
LNT
[0.434/2011]

Cheques em branco

AtentosO meu Camarada Francisco Assis entende que, ao contrário da maioria dos militantes do Partido Socialista, o PS deveria anunciar de imediato que se absterá na votação do Orçamento de Estado (ainda não apresentado pelo Governo).

O meu Camarada Francisco Assis segue a linha estranha de assinar papeis em branco o que, felizmente, não colhe muitos seguidores dentro do Partido Socialista que, cansados dos resultados de terem confiado a sua assinatura antes de conhecerem os conteúdos, exigem ler e reler o que irão ou não subscrever.

António José Seguro já lhe explicou isso mas parece que a coisa está difícil de entender.

Como diria António Vitorino aqui há uns tempos em relação a outras coisas, é agora a vez de Assis se habituar, sendo que desta vez o hábito a adquirir é em relação ao respeito pelo colectivo uma vez que o respeitinho pelo personalismo foi chão que já deu uvas.
Nota: O João que não se preocupe. A autoridade não se impõe aos berros e não faz parte dos costumes do PS silenciar os seus militantes. O PS está em boas mãos.
LNT
[0.433/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLXXIX ]

Un Homme et une femme
Un homme et une femme
LNT
[0.432/2011]

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Porque é que Jardim vai vencer folgadamente

BrinquinhoNão tem que saber. Jardim apregoa ao povo madeirense com o seu megafone de soba que, caso não vença as eleições, os madeirenses correm o risco de ver a sua vida penalizada pelas loucuras que transformaram a Ilha da Madeira num queijo Rockfort.

Faz entender que com ele há a possibilidade de continuar o rega-bofe e a música do Brinquinho e que o seu afastamento implicará a entrada de alguém que nunca terá a sua força para meter na ordem o Sr. Silva e os cubanos do PSD Nacional.

Os madeirenses não são parvos.

Sabem que mais tarde ou mais cedo irão ter de alombar com tudo isto mas não esquecem que também eles são portugueses e que, à boa maneira nacional, equacionam o teorema de Jardim: "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas".

Também sabem efectivamente que só Alberto João tem a cara de pau que remete ao silêncio os Srs. Silva deste País e que só ele consegue atemorizar o Terreiro do Paço levando-o a dissolver a pastilha madeirense no copo de vinagre que todos iremos tomar.
LNT
[0.431/2011]

Catataus

CatatauA busca incessante que o Google Brasil faz há mais de 24 horas neste Blog à procura do Catatau nada tem a ver com o facto do Zé Colmeia ter andado ontem a pilhar picnic’s na Praça do Município.

Parece que o FB brasileiro anda numa roda-viva para troca de fotos de perfil por cartoons da BD, coisa já feita há uns tempos no FB Portugal.

Oi caras, podem levar o Catatau, na boa, tá?
Se quiserem mais cromos de Banda Desenhada posso dar-vos uns endereços electrónicos portugueses muito interessantes.

Têm quase todos gov.pt na url.
LNT
[0.430/2011]

Utopias

BoteroAinda não consegui voltar à militância política activa (material, porque nunca deixei a electrónica).

A vida político-partidária que tanto me entusiasmou até aos inícios do presente século e que tanto me desiludiu na segunda parte da última década continua arquivada num monte de papeis que guardo à espera de fazerem História.

Depois dos tempos negros que fizeram Ferro Rodrigues partir para a diáspora, depois da calúnia, das jogadas de bastidores, da tomada do poder pelos mastins, da instalação dos patos-bravos nos comandos do novo-riquismo baseado no deslumbramento, nos gadjets e na teoria de que a imagem se sobrepõe à vida real, é difícil regressar à luta e ao combate pelas ideias e pela máxima de que a política é uma forma nobre de servir os outros.

Ando para aqui meio moribundo à espera de que a política saia da promiscuidade dos interesses e mantenho-me pessimista por não a ver dar o salto para os projectos de bem-estar e de esperança que os políticos da anti-ideologia esconderam no fundo da gaveta.
LNT
[0.429/2011]