Quando uma mão cheia de deputados do Partido Socialista, ainda resquícios dos idos de Sócrates, sentiram que a segunda vitória de António José Seguro (Europeias) fazia perigar a sua inclusão nas listas dos deputados deste ano, inventaram uma intentona no PS com o objectivo de derrubar a direcção eleita democraticamente.
Reuniram ao seu coro de bota-abaixo os comentadores de regime, alargaram a pressão junto dos media levando os televisivos (Quadratura, Marcelo, Mendes e quejandos) a apoiar o seu movimento e conseguiram, com sucesso, fazer passar a ideia de que aquilo que estava em jogo era uma mudança de Secretário-geral para conseguir dar novo impulso no arrebanhar de votos das legislativas agora à porta.
Faltava-lhes um líder porque, depois de terem queimado Assiz e deste se ter feito cabeça de lista nas Europeias, não tinham qualquer veleidade para apresentar um dos homens de Sócrates para o combate.
António Costa, tudo fazia prever pelos avanços e recuos anteriores, posicionava-se nessa altura para voar da Câmara de Lisboa para o Palácio de Belém, até porque Seguro estava reeleito e, seguindo a tradição de sempre, seria o próximo Primeiro-ministro caso o PS vencesse (como se previa) as legislativas.
Lançaram a pantomima de Guterres ser o candidato do PS à Presidência da República coisa que, aliás, já haviam feito anos antes quando Sócrates se bateu contra Alegre e J. Soares para a liderança do Partido.
Costa sentiu-se ameaçado e deu o corpo às balas, abrindo a caixa de pandora que não mais garantirá que os SG do PS possam ver os seus mandatos cumpridos pelo prazo para que forem eleitos.
Seguro respondeu mal ao desafio. Em vez de ter, de imediato, convocado um Congresso Nacional para debelar a rebelião, inventou uma eleição de candidato a primeiro-ministro aberta a “simpatizantes” sem ter tido o discernimento de que esses “simpatizantes” – muitos dos quais declarados apoiantes do Livre e de Marinho e Pinto - iriam destruir a coesão interna, como se verificou.
Costa foi eleito candidato a PM e, com a demissão de Seguro, foi também eleito SG do PS.
Perdeu-se um futuro Presidente da República jovem (Costa) e perdeu-se um Primeiro-ministro de qualidade (Seguro). Desagregou-se o maior Partido da esquerda portuguesa. As vitórias de Pirro (Autárquicas e Europeias) passaram a ser derrotas calamitosas (Madeira 2015). As próximas legislativas irão ser aquilo que se verá e Guterres, que nunca foi candidato a PR, acabou por ter de declarar que não está nessa corrida.
Foi uma estratégia de Pirro. Salvaram-se os lugares de deputados de quem os tinha visto em risco e garantiu-se a quota socrática no que aí vem.
Parabéns à prima.
LNT
[0.196/2015]
Reuniram ao seu coro de bota-abaixo os comentadores de regime, alargaram a pressão junto dos media levando os televisivos (Quadratura, Marcelo, Mendes e quejandos) a apoiar o seu movimento e conseguiram, com sucesso, fazer passar a ideia de que aquilo que estava em jogo era uma mudança de Secretário-geral para conseguir dar novo impulso no arrebanhar de votos das legislativas agora à porta.
Faltava-lhes um líder porque, depois de terem queimado Assiz e deste se ter feito cabeça de lista nas Europeias, não tinham qualquer veleidade para apresentar um dos homens de Sócrates para o combate.
António Costa, tudo fazia prever pelos avanços e recuos anteriores, posicionava-se nessa altura para voar da Câmara de Lisboa para o Palácio de Belém, até porque Seguro estava reeleito e, seguindo a tradição de sempre, seria o próximo Primeiro-ministro caso o PS vencesse (como se previa) as legislativas.
Lançaram a pantomima de Guterres ser o candidato do PS à Presidência da República coisa que, aliás, já haviam feito anos antes quando Sócrates se bateu contra Alegre e J. Soares para a liderança do Partido.
Costa sentiu-se ameaçado e deu o corpo às balas, abrindo a caixa de pandora que não mais garantirá que os SG do PS possam ver os seus mandatos cumpridos pelo prazo para que forem eleitos.
Seguro respondeu mal ao desafio. Em vez de ter, de imediato, convocado um Congresso Nacional para debelar a rebelião, inventou uma eleição de candidato a primeiro-ministro aberta a “simpatizantes” sem ter tido o discernimento de que esses “simpatizantes” – muitos dos quais declarados apoiantes do Livre e de Marinho e Pinto - iriam destruir a coesão interna, como se verificou.
Costa foi eleito candidato a PM e, com a demissão de Seguro, foi também eleito SG do PS.
Perdeu-se um futuro Presidente da República jovem (Costa) e perdeu-se um Primeiro-ministro de qualidade (Seguro). Desagregou-se o maior Partido da esquerda portuguesa. As vitórias de Pirro (Autárquicas e Europeias) passaram a ser derrotas calamitosas (Madeira 2015). As próximas legislativas irão ser aquilo que se verá e Guterres, que nunca foi candidato a PR, acabou por ter de declarar que não está nessa corrida.
Foi uma estratégia de Pirro. Salvaram-se os lugares de deputados de quem os tinha visto em risco e garantiu-se a quota socrática no que aí vem.
Parabéns à prima.
LNT
[0.196/2015]