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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Leques


Depois de desertificarem a pluralidade democrática só resta aos franceses votarem no mal menor.

Para os nossos deputados fica uma lição, se a quiserem aprender. Não é boa ideia ter radicais como líderes da oposição porque, sendo a democracia um sistema onde se ganha e se perde, quando os democratas perdem os radicais podem dar cabo desse sistema.

Percebem agora porque os democratas portugueses não gostaram, por exemplo, que não tivesse sido eleito um vice-presidente da IL na Assembleia da República, principalmente numa altura em que o PSD anda aos trambolhões? 
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.044/2022]

quinta-feira, 31 de março de 2022

Lamento


Anoto que há mais deputados do PSD que não são capazes de votar na Vice-presidente indicada pelo PS do que deputados do PS capazes de votar no Vice-presidente indicado pelo PSD.

Bem sei que não sou deputado e que não me compete votar na eleição da Mesa da Assembleia da República, mas como cidadão não posso deixar de lamentar que a bancada que me representa não tenha eleito o Vice-presidente indicado pela IL.

A Assembleia da República ficou mais pobre.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.042/2022]

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Fact checking “Pimenta na língua”


Na comunicação social e redes sociais faz-se constar que o nosso Supremo Comentador da Nação, alegou a urgente necessidade de ter um OE aprovado para decidir a dissolução da Assembleia da República, o que agora, altura em que se prevê termos duodécimos em mais de meio ano, deita por terra a razão aduzida.

O barbeiro foi “checar” e o que encontrou no site da Presidência foi o Supremo Comentador – na pele de Presidente da República – ter fundamentado para a dissolução:

“… A rejeição deixou sozinho a votar o Orçamento o partido do Governo.

A rejeição dividiu, por completo, a base de apoio do Governo, mantida desde 2015.

A rejeição ocorreu logo na primeira votação – não esperou pelo debate e discussão na especialidade e, menos ainda, pela avaliação da votação final global.

Não foi uma rejeição pontual, de circunstância, por desencontros menores, foi de fundo, de substância, por divergências maiores. Em áreas sociais relevantes, no Orçamento ou para além dele, como a segurança social ou a legislação do trabalho.

Divergências tão maiores que se tornaram inultrapassáveis e que pesaram mais do que o percurso feito em conjunto até aqui e, sobretudo, pesaram mais do que a especial importância do momento vivido, à saída da pandemia e da crise económica e social e do que o Orçamento a votar nesse momento.

Nada de menos compreensível, penso eu, para o cidadão comum, que desejava que o Orçamento passasse, que esperava mesmo que passasse, que entendia que já bastava uma crise na saúde, mais outra na economia, mais outra na sociedade. E que por isso, dispensava – estou certo – ainda mais uma crise política a somar a todas elas…

Como diria aquele programazito que a SIC apresenta de vez em quando nos seus Jornais da Noite sem alguma vez ter explicado quais os critérios de selecção dos factos “checados”:

Pimenta na língua.

O PR dissolveu a AR, não pela urgência de ter um OE aprovado, mas sim devido às divergências existentes entre o Partido do Governo e todos os outros, o que exigia um esclarecimento popular.

Não têm nada que agradecer. Basta serem sérios.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.029/2022]

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Ninguém poderia querer ter melhor mandatária


Saber que Isabel Barroso Soares vai ser a mandatária da candidatura de Ana Gomes a Presidente da República só serve para reforçar a minha convicção de ter escolhido bem quando assinei a propositura da embaixadora para ser alternativa ao marasmo cordial e situacionista instalado no Páteo dos Bichos. 

Confesso que Marcelo Rebelo de Sousa não me criou quaisquer urticárias no mandato que está a terminar e que lhe serei sempre reconhecido por ter levado uma lufada de ar fresco ao ambiente bafiento que se instalou no Palácio de Belém com o seu antecessor.

Mas é tempo de Ana Gomes instaurar o tal “botão de pânico” no picadeiro real que possa ser accionado, entre outras coisas, sempre que alguém pretenda atafulhar papeis em processos para eternizar o desleixo da justiça ou agraciar qualquer bicho-careta ou pilha-galinhas com uma comenda.

Ninguém poderia querer ter melhor mandatária.

E não o digo por Isabel Soares se parecer física e moralmente com Maria Barroso, o que já seria uma referência de vulto.

Mas por ela própria, pela sua dignidade, pela sua competência humilde, pela sua sensibilidade e pelo seu culto sentido de justiça e de humanidade.


LNT

#BarbeariaSrLuis #AnaGomes2021

[0.010/2020]

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Querido líder


Hoje é dia dos militantes do Partido Socialista (e só estes porque aquilo dos simpatizantes votarem no Secretário-geral foi um devaneio do António José Seguro) se dirigirem às secções de voto e elegerem o nosso querido líder e os delegados ao Congresso Nacional que se vai realizar, um destes dias, na Batalha.

Lá estaremos a cumprir ordeiramente o ritual e, embora haja dois candidatos na contenda, parece-me assegurada a eleição norte-coreana que levará o querido líder às próximas legislativas (caso não haja quem, fora do tempo eleitoral, lhe atire uma casca de banana).

Salvé Cesar, salvé Costa! Longa vida e saudinha da boa.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.012/2018]

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

As legislativas não foram ontem

VotarOntem à noite nas televisões fiquei atónito quando vi as pessoas, incluindo as que habitualmente defendem o PS, falar como se o resultado das sondagens fossem os resultados das eleições.

Parecia que, de repente, todos entendiam que as eleições tinham sido ontem e que não seria preciso votar no próximo Domingo.

A manipulação nunca foi tão longe mas é bom que ninguém se esqueça que só a contagem dos votos é que determina a vontade de um povo.

Escapou Pacheco Pereira que começou logo por esclarecer que as sondagens não lhe interessavam para coisa alguma, mas que, se tivessem algum interesse e substituíssem a votação, ainda assim confirmavam que mais de 60% dos eleitores portugueses (sondados) estavam contra este Governo.

No próximo Domingo todos teremos oportunidade de confirmar, de forma determinante, esta repulsa pela política do actual Governo e, agora que sabemos que Cavaco assumiu o facto de já ter as malas aviadas para o seu destino do esquecimento e deixou de entender ser necessário dissimular aquilo que é (já nem presidirá ao aniversário da República de que é Presidente), precisa que os resultados eleitorais não só derrotem claramente o neoliberalismo, como lhe é necessário que o PS ganhe as eleições à coligação (onde os Partidos deste Governo se escondem) para não vir, de novo, a empossar Passos Coelho.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.267/2015]

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O menos mau

VotoFaltam 37 dias, uma hora, oito minutos e cinco segundos (à hora a que escrevo isto) para ficar a saber que nos vimos livres desta gente que, em nosso nome, decide o mal que nos há-de fazer.

No dia quatro de Outubro (primeiro e depois lá para Janeiro) teremos a oportunidade de, em vez de nos lamuriarmos com o destino que Deus nos deu, escolhermos o melhor para Portugal e, mesmo que esse melhor não seja o “MELHOR” que Portugal possa ter, que seja pelo menos melhor do que aquilo que temos agora.

Sou dos que, sem medo, prefere o menos mau ao pior.

C’ést ça!
LNT
[0.252/2015]

domingo, 25 de maio de 2014

Resultados on-line

Europeias 2014Os resultados eleitorais podem ser acompanhados on-line em:

http://www.europeias2014.mai.gov.pt

Neste momento (ainda decorrem as eleições) só é possível acompanhar a abstenção (neste momento - 19:00 horas - anda pelos 70%) e está previsto que os resultados oficiais só comessem a ser divulgados pelas 22:00 horas.
LNT
[0.179/2014]

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O inacreditável preto e branco

SócratesParece que Sócrates estará presente na habitual descida do Chiado com que o PS conclui as suas campanhas eleitorais.

Isto, segundo o Público (e outros, alguns que até habitualmente primam pelo bom senso e que no geral se recusam a ver tudo a preto e branco), deveria provocar espanto. Leio que há quem entenda que as críticas anteriormente dirigidas a algumas acções promovidas pela direcção Sócrates eram um combate a TODAS as acções da direcção Sócrates. Até há quem queira fazer passar que essas críticas culpabilizavam a direcção Sócrates por todos os males do Mundo, incluindo os que advieram da actual crise especulativa mundial.

Nada mais falso, nada mais preto e branco. Sempre houve quem, assumindo a sua condição de homem livre mesmo estando filiado num Partido, nunca tivesse deixado de criticar aquilo com que não concordava mas sempre se colocou na defesa do Partido por entender que sem o PS, mesmo apesar de alguns erros históricos aqui e ali cometidos, Portugal nunca teria chegado ao desenvolvimento social a que chegou, estado que agora está a ser desbaratado pela direita radical instalada na Europa e em particular, em Portugal.

A crítica dentro do PS nunca fez com que, em alturas de defesa do Partido, os socialistas deixassem de agir a favor do seu Partido. Nunca baralharam o Partido que construíram, com as suas direcções. O Partido é aquilo que a sua Declaração de Princípios anuncia e é o conjunto dos seus militantes.

Se é verdade que algumas das acções do anterior Governo foram criticáveis, muitas outras foram de grande valor e umas e outras são inegavelmente melhores do que o terrorismo social provocado pelo ultrarradicalismo instalado no poder.

O Partido Socialista não tem no ADN o apagamento da sua História e os seus líderes terão sempre lugar no corredor da memória do Rato que liga a sala da direcção do Partido ao salão nobre onde se reúnem os militantes para trabalhar a favor de Portugal e do bem estar dos portugueses.

Estranho seria se um anterior Secretário-geral se recusasse ou fosse impedido de participar em defesa desses princípios.
LNT
[0.166/2014]

terça-feira, 9 de julho de 2013

Governo Portas referendado por Schäuble

BugCom 653.888 votos (11.74%) O Partido Portas conseguiu formar governo. Para tal teve a anuência do PSD que, para evitar eleições, se prontificou a ceder-lhe o total apoio em troca do cargo representativo de Primeiro-ministro.

Está por saber o que fará Portas com tanto poder, mas isso também interessa pouco para o assunto. Não temos pressa nem urgência, o Presidente da República ainda tem muito tempo para namoriscar todos (desde que seja nas horas normais do expediente) até porque o ministro das finanças alemão já referendou o acordo e deu posse ao novo Governo português.

Entretanto, a Ministra das Finanças de Portugal andou pela Europa a beijocar tudo quanto é salta-pocinhas e explicou que está na disposição de encostar a sua cabecinha à do todo-poderoso Vice-Portas porque acredita na osmose dos neurónios. Ela não sabe nem sonha, mas possivelmente não tem de saber e tem outros sonhos mais interessantes, que Ortros – filho de Equidna e de Tifão – é hoje uma estrela brilhante depois de Héracles lhe ter limpado o sebo.
Coisas da vida, como diria o meu estimado Guterres.

Voltemos ao que interessa e deixemo-nos de antiguidades. Saudemos Paulo Portas pelo milagre da multiplicação dos votos. Sintamo-nos todos representados na sua liderança e felizes por finalmente vermos a finança (que colecta) coordenada pela economia (que gasta).

Afinal estamos no Verão e este é o tempo dos festivais de música e dos ministros promovidos pelas marcas de cerveja.
LNT
[0.221/2013]

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Validar alternativas

EleiçõesNão deixa de ser interessante ouvirem-se vozes, algumas vindas do próprio interior do PS, a reclamar de que ainda não é tempo do Partido Socialista exigir eleições antecipadas. Dizem-nos que o PS deveria apresentar-se activo no debate sobre as reformas do Estado e só quando as suas teses fossem viáveis e suportadas por forças que garantissem a sua implementação, se deveria avançar.

Parecem essas vozes esquecer-se de que “as forças” de suporte só são reais após a contagem dos votos e de que, contra um bloco de surdos como o que agora dirige a nossa Nação, só há essa forma de se fazer ouvir.

António José Seguro fez tudo o que era exigível a um líder político fazer para que não tivéssemos chegado ao estado de ruptura em que nos encontramos. Muito do que fez até lhe custou fortes antipatias por parte daqueles que se dão mal com as ideias dos outros e que julgam não dever dar oportunidades para testar ideias diferentes.

Perante os maus resultados conseguidos por aqueles a quem foi concedida a dúvida, Seguro apresentou alternativas e não negou colaboração. Perante a recusa de todas as alternativas e perante os insucessos patentes, Seguro acabou por romper e demarcar-se.

Querem debate sobre a reforma de Estado? Neste momento só há maneira de o fazer através de um programa eleitoral.

Querem suporte por parte de forças que viabilizem uma alternativa? Neste momento só o é possível alcançar nas urnas, dado o radicalismo instalado no terreno.

Sei que o apoio a eleições antecipadas vindo de quem sempre defendeu os prazos democráticos pode chocar algumas susceptibilidades mas os prazos nunca serão mais importantes do que a vida das pessoas e o sufrágio será sempre a melhor forma, em democracia, para validar alternativas.
LNT
[0.040/2013]

quinta-feira, 21 de março de 2013

O eixo Sintra-Lisboa

Fernando SearaGosto do Seara. É um tipo porreiro, bem-humorado e tem a grande vantagem de ser benfiquista, logo, é bom português.

Conheci-o quando ele era chefe do gabinete do Grupo Parlamentar do CDS e eu adjunto do Presidente da Assembleia da República. Fartámo-nos de almoçar embora, tal como então, eu continue a pagar as minhas quotas no PS e o Fernando Seara tenha passado a pagá-las no PSD (um downgrade). Coisas da vida, coisas sem a mesma importância que levam profissionais da política a colocarem a sua profissão (de políticos) acima da própria política.

Pouco importa também que eu goste de Seara, porque isso só pessoalmente pode ter alguma importância uma vez que o meu voto em Lisboa sempre esteve garantido em Costa. Pouco importa, repito, porque hei-de continuar a gostar de Seara, embora agora, mais do que nunca, sem qualquer intenção de lhe entregar o meu voto (nem sequer no Benfica). Não votaria em quem se esconde atrás de vogais para se disfarçar de consoante.

Tenho pena. Os patos também as têm mas não é por isso que deixam de ser servidos com arroz.
LNT
[0.019/2013]

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Não são uns que ganham, são os outros que perdem

SarkozyAo contrário da maior parte dos analistas, talvez por não ser um, não me traz especial preocupação que Marine Le Pen tenha conseguido quase 19% nas eleições presidenciais. Antes pelo contrário, prefiro ter um Partido de extrema-direita onde estão todos os seus defensores e que aí se fazem contar do que ter os agentes da direita mais ou menos infiltrados nos Partidos democráticos escudando-se dessa forma e agindo pela calada.

Aliás, sendo claro e mantendo as necessárias distâncias entre o que move a extrema-direita e os democratas portugueses: Os extremistas Le Pen estão para Sarkosy como muitos socialistas e elementos de outras esquerdas portugueses estiveram para Alegre. Lá, haverão muitos que não votarão em Sarkosy como cá muitos fizeram saber (e outros disseram-no à boca pequena) que nunca votariam em Alegre.

Para já, os que perderam por não terem ganho, como diriam a maior parte dos analistas políticos portugueses de direita, são os que estão em pior posição e se as esquerdas francesas não forem tão infiltradas nem tão adeptas da terra queimada como são as portuguesas e se conseguirem perceber, sem terem de passar por aquilo que nós estamos a passar, que mais vale um pássaro na mão do que dois a voar, Sarkosy poderá estar de malas aviadas para bem dos franceses e da ideia de União Europeia que a dupla Sarkosy-Merkel tudo tem feito para aniquilar.
LNT
[0.230/2012]

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sistema eleitoral e qualidade da democracia

Revista EleiçõesCom artigos de Manuel Meirinho, André Freire, Vitalino Canas, António José Seguro, Miguel Relvas, António Filipe, Pedro Pestana Bastos, Pedro Soares, Conceição Pequito Teixeira e Paulo Morais está disponível em http://inet.sitepac.pt/RevistaEleicoes12.pdf a edição especial da Revista de Assuntos Eleitorais “Sistema eleitoral e qualidade da democracia” organizada por André Freire e Manuel Meirinho.

Trata-se de um interessante trabalho de Novembro de 2009, que mantém a actualidade, e que tem por objectivo:
"Dar a conhecer uma parte do debate que se gerou em torno do estudo Para uma melhoria da representação política – a reforma do sistema eleitoral (Lisboa, Sextante, 2008), realizado por André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira, a solicitação do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, nomeadamente através do seu líder, Dr. Alberto Martins, e conduzido sob a coordenação do primeiro dos três autores."
A Barbearia do Senhor Luís, na vertente de serviço público, ao dispor da sua excelentíssima clientela.
LNT
[0.197/2011]