Na comunicação social e redes sociais
faz-se constar que o nosso Supremo Comentador da Nação, alegou a urgente
necessidade de ter um OE aprovado para decidir a dissolução da Assembleia da
República, o que agora, altura em que se prevê termos duodécimos em mais de
meio ano, deita por terra a razão aduzida.
O barbeiro foi “checar” e o que
encontrou no site da Presidência foi o Supremo Comentador – na pele de Presidente
da República – ter fundamentado para a dissolução:
“… A
rejeição deixou sozinho a votar o Orçamento o partido do Governo.
A rejeição dividiu, por completo, a base de apoio do Governo,
mantida desde 2015.
A rejeição ocorreu logo na primeira votação – não esperou pelo
debate e discussão na especialidade e, menos ainda, pela avaliação da votação
final global.
Não foi uma rejeição pontual, de circunstância, por desencontros
menores, foi de fundo, de substância, por divergências maiores. Em áreas
sociais relevantes, no Orçamento ou para além dele, como a segurança social ou
a legislação do trabalho.
Divergências tão maiores que se tornaram inultrapassáveis e que
pesaram mais do que o percurso feito em conjunto até aqui e, sobretudo, pesaram
mais do que a especial importância do momento vivido, à saída da pandemia e da
crise económica e social e do que o Orçamento a votar nesse momento.
Nada de menos compreensível, penso eu, para o cidadão comum, que
desejava que o Orçamento passasse, que esperava mesmo que passasse, que
entendia que já bastava uma crise na saúde, mais outra na economia, mais outra
na sociedade. E que por isso, dispensava – estou certo – ainda mais uma crise
política a somar a todas elas… “
Como diria aquele programazito que a SIC apresenta
de vez em quando nos seus Jornais da Noite sem alguma vez ter explicado quais
os critérios de selecção dos factos “checados”:
Pimenta na língua.
O PR dissolveu a AR, não pela urgência de ter um OE aprovado,
mas sim devido às divergências existentes entre o Partido do Governo e todos os
outros, o que exigia um esclarecimento popular.
Não têm nada que agradecer. Basta serem sérios.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.029/2022]