sexta-feira, 2 de outubro de 2015

As legislativas não foram ontem

VotarOntem à noite nas televisões fiquei atónito quando vi as pessoas, incluindo as que habitualmente defendem o PS, falar como se o resultado das sondagens fossem os resultados das eleições.

Parecia que, de repente, todos entendiam que as eleições tinham sido ontem e que não seria preciso votar no próximo Domingo.

A manipulação nunca foi tão longe mas é bom que ninguém se esqueça que só a contagem dos votos é que determina a vontade de um povo.

Escapou Pacheco Pereira que começou logo por esclarecer que as sondagens não lhe interessavam para coisa alguma, mas que, se tivessem algum interesse e substituíssem a votação, ainda assim confirmavam que mais de 60% dos eleitores portugueses (sondados) estavam contra este Governo.

No próximo Domingo todos teremos oportunidade de confirmar, de forma determinante, esta repulsa pela política do actual Governo e, agora que sabemos que Cavaco assumiu o facto de já ter as malas aviadas para o seu destino do esquecimento e deixou de entender ser necessário dissimular aquilo que é (já nem presidirá ao aniversário da República de que é Presidente), precisa que os resultados eleitorais não só derrotem claramente o neoliberalismo, como lhe é necessário que o PS ganhe as eleições à coligação (onde os Partidos deste Governo se escondem) para não vir, de novo, a empossar Passos Coelho.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.267/2015]

1 comentário:

Jaime Santos disse...

Julgo, Luís Tito, que há um problema profundo na estratégia do PS para estas eleições. Costa ganhou as Primárias com um programa muito claro de rejeição de acordos com esta Direita (programa em que eu votei, note-se). A sua postura de não-viabilização de um Governo Minoritário PaF é apenas coerente com isso. António José Seguro tinha uma postura mais ambígua nesta matéria, ou se quiser, mais flexível, tendo chegado (erradamente, na minha opinião, que mantenho) a negociar em 2013 com o PSD+CDS, aquando da demissão 'irrevogável' de Portas. O problema é que Costa ficou a falar sozinho para a Esquerda, que só aceitaria apoiar um Governo PS se este passasse todas as linhas vermelhas que agora se recusa a pisar. Ou seja, o PS é tão incoligável agora como antes das Europeias de 2014. As recorrentes contradições da Esquerda darão (provavelmente) uma Vitória à Direita. Mas nada é inelutável até à hora do voto e por isso vamos todos votar e esperar serenamente o que virá depois das 20:00 de Domingo...