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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A culpa do canalizador

Se os Senhores Deputados, em vez de andarem a fazer politiquice, a engendrar tramóias para provocar quedas de Governos e a fazer Comissões Parlamentares para elaborarem sobre o sexo das larvas quando se encontram nos casulos de seda pura, fizessem aquilo para que são eleitos e pagos evitavam os arranjinhos à margem da Lei, ainda por cima cogitados em acordos de cavalheiros e cavalheiras que não o são, e não provocavam que a vontade expressa dos eleitores se transformasse em lixo.

As Leis eleitorais estão sinalizadas, há muito, como uma mistela explosiva que resulta da incompetência com que foram redigidas e do habitual desleixo provocado por não haver na Assembleia da República quem consiga adaptar metodologias ancestrais à realidade tecnológica desenvolvida nos últimos trinta anos.

Ficaram todos mal nesta foto de descredibilização e desrespeito da nossa democracia e dos cidadãos, desde os primeiros responsáveis – os Deputados –, aos serviços estatais e tutelas ministeriais – Comissão Nacional de Eleições e MAI -, aos que furaram a Lei - Partidos políticos – (que já a tinham furado anteriormente para evitarem situações como a que estamos a viver agora) e até ao incontido supremo comentador da Nação – o Presidente da República – que, por ter feito afirmações que não lhe competiam, acabou por ser desautorizado pelo Tribunal Constitucional.  

Quanto ao Partido que agora rasga as vestes fugindo às responsabilidades que teve em tudo isto e que não hesitou em remeter as culpas para os “canalizadores de serviço” – Os Presidentes das Mesas Eleitorais – a quem agora quer assacar o dolo de toda esta trapalhada, era bem melhor que tratasse de substituir rapidamente o morto-vivo feito virgem que o lidera e acabar com a aparição pública dum zombie inimputável.

Toda esta salganhada resulta, para além da descredibilização do processo eleitoral democrático, em encargos imensos para os contribuintes e para os cofres do Estado e em atrasos irremediáveis na restauração do regular funcionamento das Instituições.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.028/2022]

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Libertários

Papoila

Ironizava Raúl Solnado: "O meu pai fugiu da prisão e foi para a rua gritar - estou livre, estou LIVRE. Um homem saltou-lhe para as costas e pediu-lhe: "leve-me ao Estádio da Luz".
Possivelmente, hoje, esse homem pediria que o levasse ao Parlamento Europeu.

A introdução deste texto foi mesmo só para picar a vossa atenção e introduzir o link, dando as boas-vindas a quem ingressa autonomamente na disputa democrática após o grito do Ipiranga do libertarismo de esquerda, do ecologismo político, do socialismo democrático e do projeto democrático europeu, desta feita lançado a partir das margens (ou sobre elas) do encanado Senne.

Não parece tratar-se de um sobressalto, mas será certamente um desassossego para agitar os instalados e, se por mais não fosse, isso já era bastante para fazer a saudação.

A acompanhar com interesse, principalmente após o fecho das urnas do próximo acto eleitoral para Estrasburgo.
LNT
[0.448/2013]

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A golpada de Marcelo

CorrenteAquilo a que Marcelo ontem chamou de golpada no PS é uma aflição que consegue pôr quase todos os poderes instituídos em sobressalto. A grande golpada de Seguro, como disse Marcelo, é atribuir o poder de escolha dos representantes do PS – Assembleia da República e órgãos autárquicos – aos militantes do Partido Socialista.

Seguro vai assim cumprindo o seu caminho sem fraquejar. Comprometeu-se a rever os estatutos do mais democrático de todos os Partidos portugueses, tornando-o ainda mais democrático e transparente, e isso fez-se nos prazos estabelecidos na moção aprovada no último Congresso Nacional. Como retirou a arbitrariedade às cúpulas partidárias e atribuiu a faculdade de concurso e selecção dos candidatos do Partido Político por método eleitoral (universal e secreto) vai por aí um “aqui d’el rei” que só visto e aqueles que hoje ocupam esses lugares sem nunca se terem sujeitado ao sufrágio dos seus pares, muitos deles nem sequer estão no PS há meia dúzia de anos e outros nunca se fizeram votar nas Secções, sentem-se incomodados.

A lição é para toda a cadeia política, seja ela a que se baseia na perpetuação das lideranças, seja a dos comités centrais, ou seja a dos baronatos. O PS dá, uma vez mais, o mote da democracia.

Obrigado António José.
LNT
[0.188/2012]

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Caluda

FantásticoUm Partido político não é uma pessoa, nem um grupo de pessoas. É uma organização onde as pessoas se filiam à volta de uma declaração de princípios para debaterem e apresentarem soluções que conduzam à execução dos princípios contidos na sua declaração.

Assim sendo, e porque estamos a falar de organizações de pessoas e porque as pessoas não são autómatos, os Partidos políticos usam a inteligência e o saber dos seus membros, sendo certo que, para cada questão, haverá sempre mais do que uma solução.

Como estou a falar de Partidos políticos democráticos essas diversas visões e soluções deverão ser debatidas e sujeitas a votação sempre que não seja possível o consenso.

Quer isto dizer que os membros dos Partidos (no PS chamam-se militantes) não estão obrigados a concordar com a direcção dos Partidos, embora estejam sujeitos à sua decisão.

É por isso mesmo que o argumento usado para fazer calar a opinião e que se baseia na frase “o Partido tal e tal não tem autoridade para dizer isto ou aquilo porque também já fez aquilo ou aqueloutro” não tem qualquer validade, principalmente se o directório tiver sido substituído por sufrágio. Os Partidos democráticos são mutáveis e o poder não é eterno.

Ouvi ontem, vezes sem conta, críticas ao PS por este ter vindo a terreno repudiar a política de cunha e do favor que está a ser exercida pelo actual poder nacional. Essas críticas iniciam-se sempre com o argumento já referido anteriormente que, para além de ser parcialmente falso uma vez que o PS tem o hábito de, quando está no poder, repartir os cargos executivos, nunca contribuirão para corrigir o que se reconhece estar mal.

O poder político, em democracia, segue o princípio do sancionamento nas urnas e ele já foi feito.

Não é lícito mandar calar a oposição por ela já ter sido poder e por o ter perdido também por erros que agora voltam a ser cometetidos.
LNT
[0.024/2012]